Comemora-se hoje o aniversário da cidade de Salvador, completando 459 anos de existência, uma metrópole antiga que não foi projetada para ser a terceira maior cidade do país em população.
Diante de alguma festividade, vemos que o seus moradores sofrem por falta de água, luz, violência crescente e desemprego. Como dizem que em festa não devemos “lavar roupa suja” a imprensa somente falou das belezas naturais e do potencial turístico.
Infelizmente não podemos ficar nessa de colocar “panos quentes” diante de tamanha “ferida” temos que mostrar as celeumas do imbróglio chamado SALVADOR, onde todos pedem socorro, clamando por ajuda dos poderes públicos.
Temos realmente um diamante bruto na mão que precisa ser lapidado, pois a nossa velha aniversariante, fica sempre na promessa, imitando seu grande padrasto o senhor BRASIL, cujos governantes comemoram o aniversário da “causa própria” e o resto que se dane.
A promessa do metrô não está demorando “apenas” nove anos, essa agonia perdura desde o tal de Mário.
O nosso tão propalado potencial turístico, precisa ser alimentado e exaltado, criando condições para que possa se desenvolver Essa gigantesca metrópole da desigualdade, não possui atrativos que outras cidades de menor tamanho e igual potencial turístico possui, a nossa orla é abandonada de estrutura e povoada de vândalos, as pessoas estão com receio de sair durante a noite, a violência foi democratizada; os postos de saúde são ineficientes, as pessoas sofrem...
Os turistas somem, os impostos aumentam, as promessas de campanha ficam pelo caminho, o tal Parque Solar Boa Vista, em Brotas, ficou no esquecimento e ainda colocam uma faixa onde ‘O povo agradece” a reforma (fictícia); o transporte coletivo aumenta anualmente sua tarifa, a estação da Lapa é uma grande sepultura, só está faltando cair, o respeito aos usuários diminui cada vez mais; o desrespeito entre os cidadãos não pode deixar de ser mencionado, assim como a tradicional “hospitalidade” dos soteropolitanos, que é uma lenda, até as baianas do abandonado Pelourinho cobram por filmagens e fotografias, se não tiver dinheiro aqui, a hospitalidade cai por terra.
Então velha amiga, precisamos de mais quinhentos anos para ter os nossos direitos respeitados, pois a nossa madrasta aniversaria e quem paga a conta diariamente em forma de muito suor e sofrimento somos todos nós!