Comissão quer saber sobre vendas de armas para a Venezuela em 2007
Agência Brasil
BRASÍLIA - O presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), pediu nesta terça-feira ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, que encaminhe ao colegiado informações sobre as vendas de armamentos brasileiros, em 2007, para a Venezuela.
Jobim compareceu ao Senado para prestar esclarecimentos sobre as denúncias do líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM), de que 34,5 toneladas de armamentos seriam enviados secretamente para a Venezuela.
Heráclito Fortes elogiou a “presteza” com que o ministro compareceu ao Senado para desmentir, com documentos, as denúncias que tiveram como fonte a entidade internacional World Check.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores disse que Nelson Jobim comprometeu-se a enviar as informações solicitas “dando detalhes das compras”.
- Eu não quero saber do que foi autorizado em vendas, quantidades e datas. Quero saber o que foi efetivamente entregue aos venezuelanos - afirmou Heráclito Fortes.
Jobim vai ao Senado desmentir envio de armas para a Venezuela
REUTERS
RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, vai ao Senado nesta terça-feira para afirmar que não tem fundamento a denúncia de entidade internacional de que o Brasil estaria exportando armas secretamente para a Venezuela.
Mais cedo, o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) citou denúncia do World-Check -- Financial Crime Consultant, que monitora ações bélicas no mundo de que "quatro vôos secretos estão programados para irem à Venezuela, através da TAM, transportando 31,5 toneladas de armas de fogo fabricadas no Brasil".
Ainda segundo o documento do World-Check, lido por Virgílio, "o primeiro vôo já partiu, carregando 1,5 tonelada de armamentos, e cada vôo adicional está programado para carregar 10 toneladas."
Diante do que classificou de, a ser verdade, um fato desestabilizador e da maior gravidade, Virgílio sugeriu a convocação do ministro da Defesa para prestar esclarecimentos. Nelson Jobim preferiu nem esperar a convocação e decidiu comparecer imediatamente ao Senado para esclarecer a questão.
- Não tem fundamento - disse Jobim em nota divulgada pela assessoria do Ministério da Defesa.