No Artigo do companheiro Tarciso Coelho, de hoje, ele inclui a opinião de uma amiga, que começa "por não assinar a carteira da empregada..."
A obrigação do empregador de assinar carteira de empregada, teve origem na Constituição Cidadã, do saudoso Dr. Ulisses Guimarães e concordamos com tal direito trabalhista!
Acontece que, até hoje, no Nordeste, só 22% dos empregados têm carteira assinada. E para isso concorre(pelo menos, em parte), o fato do(a) empregado(a) não apresentar carteira para o empregador assinar. E, às vezes, a empregada tem a mãe idosa e doente e precisa cuidar dela, só chegando no emprego às 10 h ou mais (não cumprindo as 8 h...), e, faltando, vez por outra, ao trabalho sem dar satisfação, etc.
É que tive uma empregada em tais circunstâncias e que, por ser devota do Padre Cícero Romão ("Padim Ciço"), foi - pelo menos - duas vezes - a Juazeiro do Norte-CE, passando cerca de 15 dias sem comparecer ao trabalho...
Essas viagens, ela fez sem me consultar e pode-se avaliar os problemas para cuidar da casa e de minha irmã enferma!
Já ultimamente, depois de uns trinta dias sem vir ao trabalho, mandou um sobrinho avisar que estava internada no Hospital Getúlio Vargas (no bairro do Cordeiro), com "hérnia de disco", doença que deve ter adquirido ao cuidar da própria mãe, senhora corpulenta, ao levá-la para dar banho...; ou, talvez, nas longas viagens em caminhão "pau-de-arara", até Juazeiro do Norte-CE(ida e volta).
Pois, essa criatura, provavelmente má aconselhada, colocou-me na Justiça do Trabalho "por falta de assinatura de carteira",
que, aliás não me foi apresentada e que ela nunca teve...
A propósito, quando certa vez, ela me falou no assunto, disse-lhe que para ter carteira assinada, precisava trabalhar 8 h e ter desconto correspondente à alimentação. Lembro-me que ela respondeu que "não comia quase nada", porovocando-me o riso e a resposta de que, para a Lei, não interessa se come ou não...
O fato é que estou passando por este constrangimento em minha vida, devido mais aos cuidados que tive com minha saudosa mãe - Cristina Mota Lyra - para quem quis sempre dar o melhor, como o famoso neurologista Dr. Luiz Ataíde e a enfermeira aposentada Severina Gomes de Souza, ambos no Hospital Maria Lucinda.
Acontece que Severina foi operada de apêndice, e, quando recuperada, disse-me não ter mais condição de cuidar de minha mãe, dado a idade dela (Severina) e "D. Cristina ser muito pesada..." Então, ela arrumou D. Dulcinéia, que se tornou minha algoz com a acusação de não assinatura de carteira, o que é verdade, mas, no caso de quem, como já foi dito, só chegava de 10 h em diante; de faltas, vez por outra e das viagens a Juazeiro do Norte-CE, significa, apenas, um pretexto para constranger e tirar dinheiro de ex-patrão bom demais...