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Artigos-->Amigo de Lula e a Telecom Italia -- 19/11/2007 - 14:02 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Telecom Italia 1 - Italiano preso acusa homem de confiança de Lula na Abin



Reinaldo Azevedo



A Itália tem muitos bandidos. Como o Brasil. Mas há uma diferença importante: ela persegue e pune os seus. Os nossos viram autoridades. Em outubro do ano passado, Diogo Mainardi trouxe à baila o caso da Telecom Italia. Há mais de um ano. A Polícia, como se sabe, não se interessou. O Ministério Público também não. Uma parte da imprensa fez de conta que não tinha nada com isso. Agora o jornal italiano Corriere della Sera noticia: “O ex-chefe de segurança da Telecom Italia, Giuliano Tavaroli, admitiu à polícia italiana que Marcelo [Mauro Marcelo, ex-chefe da Abin e homem de confiança de Lula, era um aliado institucional de peso na guerra de espionagem das teles”. Segundo o jornal, Tavaroli foi mais específico: “Sendo homem do presidente Lula, Marcelo nos garantiu seu apoio institucional, visto que Dantas era um inimigo do presidente”.



Isso é o que está na Itália. A grande imprensa brasileira, por enquanto, faz de conta que não está acontecendo nada. Convenham: Maluf é quem é, mas as suas estripulias na Suíça sempre mereceram mais atenção não é mesmo? Começo reproduzindo a coluna de Diogo Mainardi de outubro do ano passado e depois a reportagem que está no site Consultor Jurídico de hoje:





***



A COLUNA DE DIOGO



O lulismo está indo para a cadeia. Na Itália.



O caso estourou duas semanas atrás. Os promotores públicos milaneses descobriram que a Telecom Italia tinha um esquema de pagamentos ilegais a autoridades brasileiras. O esquema era simples. A Telecom Italia do Brasil remetia dinheiro a empresas de fachada sediadas nos Estados Unidos e na Inglaterra. A dos Estados Unidos era a Global Security Services. A da Inglaterra era a Business Security Agency. O dinheiro depositado nas contas dessas duas empresas era imediatamente repassado a intermediários brasileiros, que o distribuíam a terceiros.



A Business Security Agency era administrada por Marco Bernardini, consultor da Pirelli e da Telecom Italia. Ele entregou todos os seus documentos bancários à magistratura italiana. Há uma série de pagamentos em favor do advogado Marcelo Ellias: 50.000 dólares em 13 de julho de 2005, 200.000 em 5 de janeiro de 2006, 50.000 em 2 de fevereiro de 2006. De acordo com Angelo Jannone, outro funcionário da Telecom Italia, Marcelo Ellias era o canal usado pela empresa para pagar Luiz Roberto Demarco, aliado da Telecom Italia na batalha contra Daniel Dantas, e parceiro dos petistas que controlavam os fundos de pensão estatais.



Entre 11 de julho de 2005 e 6 de janeiro de 2006, Marco Bernardini deu dinheiro também à J.R. Assessoria e Análise. Em seu depoimento aos promotores públicos, Marco Bernardini disse que esses pagamentos eram redirecionados à cúpula da Polícia Federal. Paulo Lacerda e Zulmar Pimentel, números 1 e 2 da Polícia Federal, devem estar muito atarefados no momento, investigando a origem do dinheiro usado para comprar os Vedoin. Mas quando sobrar um tempinho na agenda eles podem procurar seus colegas italianos.



Outro nome que está sendo investigado pela Justiça milanesa é Alexandre Paes dos Santos. Conhecido como APS, ele é um dos maiores lobistas de Brasília. Foi contratado pela Telecom Italia para prestar assessoria política. Segundo uma fonte citada pela revista Panorama, APS tinha de ser pago clandestinamente porque é cunhado de Eunício Oliveira. Na época dos pagamentos, Eunício Oliveira era o ministro das Comunicações de Lula, responsável direto pela área de interesse da Telecom Italia. Eunício Oliveira acaba de ser eleito deputado federal com mais de 200.000 votos. Lula já espalhou que, em caso de segundo mandato, ele é um forte candidato para presidir a Câmara. É bom saber o que nos espera.



A revista Panorama reconstruiu também um caso denunciado por VEJA: aqueles 3,2 milhões de reais em dinheiro vivo retirados da Telecom Italia em nome de Naji Nahas. Um dos encarregados pelo pagamento conta agora que o dinheiro foi entregue a deputados da base do governo, do PL, membros da Comissão de Ciência e Tecnologia.



Lula se orgulha de seu prestígio internacional. Orgulha-se a ponto de roubar aplausos dirigidos ao secretário-geral da ONU. O caso da Telecom Italia permite dizer que o lulismo realmente ganhou o mundo. Em sua forma mais autêntica: o dinheiro sujo.





***



A MATÉRIA DE HOJE NO SITE CONSULTOR JURÍDICO



O ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), delegado Mauro Marcelo, voltou a ser acusado de ter atuado em favor da Telecom Italia, em sua disputa com o Grupo Opportunity, do empresário Daniel Dantas, pelo controle da Brasil Telecom. Segundo o jornal Corriere della Sera, o ex-chefe de segurança da Telecom Italia, Giuliano Tavaroli, admitiu à polícia italiana que Marcelo era um aliado institucional de peso na guerra de espionagem das teles: “Sendo homem do presidente Lula, Marcelo nos garantiu seu apoio institucional, visto que Dantas era um inimigo do presidente”.



Ainda segundo o jornal, a empresa italiana recorreu ao chefe da Abin quando se tornou público que o Opportunity tinha contratado a empresa de investigação privada Kroll para espionar a Telecom Italia. Os dois grupos travavam então uma guerra de vida ou morte para assumir o controle da Brasil Telecom. Segundo Tavaroli, depois que estourou o esquema de espionagem da Kroll contra a Telecom Italia, foi Mauro Marcelo quem recomendou aos italianos a contratação do detetive particular Eloi Lacerda.



Ainda segundo Tavaroli, Lacerda exigiu da Telecom Italia um pagamento de US$ 300 mil, com a alegação de que fora ele com suas informações que possibilitara à policia descobrir o esquema da Kroll.



Tavaroli, que identifica Marcelo como chefe da “polícia postal” antes de assumir a Abin (na verdade o delegado da polícia civil de São Paulo Mauro Marcelo foi chefe da primeira delegacia especializada em crimes cibernéticos do país), relata ainda que o contato com Marcelo era feito através do gerente-geral do grupo italiano para a América Latina, Marco Bonera, “de maneira absolutamente correta”.



Palestras na Itália



Ouvido pela Consultor Jurídico, o delegado Mauro Marcelo, que foi diretor-geral da Abin entre junho de 2004 e julho de 2005, admitiu que teve um encontro com Bonera no escritório da Pirelli para tratar de palestras que ele daria na Telecom Itália sobre sua especialidade. “Lembro que fui apresentado a alguns italianos que estavam com ele. Como não falo italiano, conversamos em inglês. Pode ser que o Tavaroli seja um deles.”



Marcelo diz que não poderia ter dado “apoio institucional” à Telecom Italia porque este encontro aconteceu dois ou três anos antes de ele ir para a direção da Abin. “Nem o Lula havia sido eleito ainda. É muito exercício de futurologia.” Marcelo confirma que seu único contato com a Telecom Italia voltou a acontecer em 2004, quando o convite para dar um curso na empresa foi renovado e aceito, meses antes de ser designado para a Abin.

Tradutora ameaçada



A mesma reportagem do Corriere sustenta que Luciane Araújo, a brasileira que confirmou para a Justiça italiana o esquema de espionagem ilegal montado pelo Telecom Italia no Brasil, denunciou à polícia que depois de prestar depoimento foi seguida e ameaçada por um desconhecido. A informação foi dada pelo juiz Giuseppe Gennari.



Em depoimento á polícia italiana nos dias 4 e 24 de outubro, Luciane confirma sua entrevista à Consultor Jurídico de que foi contratada por Mario Bernardini (que é tratado como Marco Bernardini pelo Corriere), ex-chefe de segurança da Telecom Italia, para fazer traduções das conversas telefônicas interceptadas ilegalmente no esquema de espionagem montado pela empresa contra o Opportunity e Daniel Dantas.



“A minha missão era unicamente a de traduzir CDs de áudio contendo interceptações telefônicas em português entre altos dirigentes da Brasil Telecom e Telecom Italia a respeito de operações de balanço falsificadas, informações pessoais de caráter privado, movimentações financeiras sobre eventuais empreitadas, identificação de testas-de-ferro”, declarou Luciane à polícia.







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