Os 120 anos de História do Clube Militar marcaram a vida dessa entidade como guardiã da Pátria com corpo, alma e composição poética, romântica e épica do brasileiro fardado, gerada por longo período de maturação dos ideais de liberdade, independência e nacionalismo, defendidos nos campos de batalha com a força das armas e sangue dos heróis, bravos, homens e mulheres, e nas tribunas com as palavras, seguidas de ações, objetivos e conquistas.
No topo da colina está a Bandeira, como símbolo a ser defendido como sempre foi pela união fervorosa de civis e militares que nos momentos difíceis se deram as mãos e marcharam contra quem pretendia manchá-la ou alterar as suas cores, tisnando o verde-amarelo ou ameaçando a liberdade.
Liberdade! Liberdade!
É a nossa voz, foi, é e será o nosso grito de repúdio a todo aquele que a ofende, ameaça, cava e pretende sepultá-la como se matá-la fosse tão fácil como ditar palavras de ordem em palanques, portar faixas, bandeiras e vestir camisetas vermelhas. Servos internacionalistas que estão dividindo o Brasil em reservas indígenas contínuas, forjando nações e sulcando outras dissensões.
Atenção, pois. Brasil acima de tudo! É o lema.
Não será com apoio em chaves michas nas mãos de espertos ladrões de casaca vermelha, apátridas por ideais, ou de casaca laranja dos vendidos, ou em chaves de porte, porretes e foices nas mãos de vadios invasores que vão arrombar as portas da legitimidade da Constituição do Estado e da magnitude da Nação brasileira, com vistas à perpetuação no poder de oportunistas, demagogos e políticos ladravazes, compradores da consciência e do voto.
A República baniu o cetro como símbolo do eterno e da herança por vontade divina.
Paralelamente à vocação original de defesa das Instituições, uma razão da sua criação, o Clube Militar zela pelas aspirações e necessidades da Família Militar.
Assim, o próprio Estatuto da agremiação tem sido atualizado diante da evolução da legislação e do contexto em que se insere, para bem servir ao seu quadro social e ombrear-se a outras entidades também preocupadas com os destinos do País.
Na administração anterior sofreu modificações e a atual apresenta proposta de novas alterações através correspondência anexa à Revista do Clube Militar de outubro de 23007, particularmente para ser abrangente no nível nacional e ter amplitude para representar os sócios em todas as esferas judiciais e administrativas.
Naquela oportunidade, em atenção ao pedido de colaborações transmitimos uma mensagem em 17 de abril de 2003, com algumas sugestões.
Desta feita, encontramos uma semelhança do que propusemos e o que se espera aprimorar.
Escrevemos, então: “1. Art. 1º - Acrescentar a palavra em itálico: “..........cultural, recreativo e representativo. Possui...” E “Acrescentar o seguinte parágrafo: §... - Promover a representação e a defesa dos militares sócios do Clube, ....”
O ideal é que o Clube Militar tenha o poder de ajuizar a ação direta de inconstitucionalidade, por seu estatuto, assegurado pelos incisos I a IX do artigo 103 da Constituição Federal, como ao presidente da República; Procurador Geral da República; Governadores dos Estados e o Governador do Distrito Federal; as mesas da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, da Câmara Legislativa do Distrito Federal; Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; Entidades de Classe de Âmbito Nacional e Confederações Sindicais, com a vantagem de que as decisões atendem a todos militares e não somente aos sócios, nos parece.
Dentre aquelas sugestões, extraímos: “Outro aspecto a ser avaliado diz respeito ao poder de comunicação que precisa ser ampliado. O Clube detém uma experiência muito grande na edição da sua Revista. Hoje, com uma tiragem de 17.500 exemplares. Distribuição gratuita. Por que não se caminhar para a publicação de uma revista que divulgue o pensamento militar independente, o momento político e as questões que afligem a população, onde estamos inseridos. Profissional. Vendida nas bancas e por assinatura. Mas, com um suplemento social exclusivamente para os sócios.
A propaganda da revista já seria um meio de expor e defender princípios. Contribuir na formação de uma opinião pública aglutinadora, democrática e essencialmente brasileira. Um nome: Libertas, Militaria, Defesa, Brasilis, Caserna, Fortim, Razão...., respeitadas as marcas registradas. Outras tantas designações dos especialistas surgiriam para sintetizar melhor a intenção.” Este é um tópico que poderia estar no Estatuto: “Art. ... O Clube Militar poderá editar uma revista a ser vendida em estabelecimentos comerciais correlatos ou por assinatura, assegurada aos sócios a distribuição gratuita (???) acompanhada de um suplemento social.” Por derradeiro, julgamos importante que o Clube Militar adote em sua estrutura organizacional um compartimento (seção, departamento ou diretoria) que possa analisar o poder aquisitivo do militar em face da conjuntura econômico-financeira e acompanhar os índices de reajustes concedidos a outros servidores, seus vencimentos, legislação, benefícios, indenizações, etc comparando-os com os dos militares. Mais ou menos o que o Gen Synésio S. Fernandes devia gerenciar no MD, que abordou na palestra apresentada no Clube Militar, alguns anos atrás e hoje publica em artigos, com uma desenvoltura que o exercício do cargo não lhe permitia. Não tem por objetivo confrontar com os Comandantes de Força, mas para auxiliá-los nas negociações, esclarecer o sócio do Clube Militar e incentivar a que os novos cadetes sintam que o Clube briga por eles não somente no que se refere a vencimentos mas ao conjunto de necessidades próprios da vida, como saúde, educação, moradia, lazer, etc.
Pressionar sem criar ruptura na cadeia hierárquica ou administrativa.
No assessoramento jurídico deu um passo adiante quando estabeleceu convênio com escritórios de advocacia com possibilidade de promover ações contra a União, cujo anterior, apresentado pelo EB, não permite.
Falta completar o trabalho do nosso saudoso Gen Plínio Pitaluga no que se relaciona à construção do MEMORIAL AO MARECHAL CASTELO BRANCO, uma promessa de campanha. Que um dia possa sair do papel.