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Artigos-->Adulteração de leite: Indecência generalizada -- 25/10/2007 - 10:14 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Indecência generalizada



Paulo Saab



O Brasil parece ter perdido de vez qualquer limite à ação predatória dos que buscam lucro fácil no menor custo, mesmo que para conseguir isso seja necessário colocar em risco a saúde das pessoas e, sem nenhum constrangimento, a formação de nossas crianças e a já tênue qualidade de vida dos idosos. Não há um dia sequer que termine sem que seja noticiada uma "novidade" no campo da ousadia criminosa, que não revele a total falta de compostura que assola a vida nacional. Sem reação alguma da sociedade pasma e, na maior parte das vezes, conivente, a omissão, a ignorância ou mesmo sob o comando de uma autoridade pública.

O recente escândalo de lesa-pátria (e nesse momento, certamente, já superado por outros escândalos semelhantes ou piores) diz respeito à adulteração do leite integral longavida vendido à população. Quem mais bebe leite são as crianças e os idosos, embora seja ele um alimento universal.



Descobriu-se que usineiros desprovidos de qualquer tipo de pensamento e bom senso, quadrilheiros, em busca do lucro fácil (o exemplo vem de cima), simplesmente adicionam água, soro ou soda cáustica no leite cru, para aumentar seu volume e lucrar mais.



O que há com o Brasil, afinal, onde não existe mais constrangimento, pudor ou ética, produzindo-se uma indecência generalizada que deseduca, num circulo vicioso capaz de comprometer a formação moral de nossa juventude? Tem total razão o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) ao dizer esta semana em São Paulo que "os níveis de corrupção e criminalidade registrados na sociedade brasileira têm a mesma e principal causa comum: a total impunidade ou - quando muito - a aplicação, pela Justiça, de penas brandas demais em relação aos delitos cometidos."



Outro sujeito criminoso, que matou covardemente um ser humano, teve "direito" a novo julgamento porque sua pena (é réu confesso ) foi superior a 20 anos de prisão. E quem recebe pena superior a 20 anos tem "direito" a novo julgamento! E ai de quem falar mal da lei! (Foi condenado novamente; pelo menos isso...) Fica evidente que a legislação brasileira foi feita para proteger apenas quem a formulou, como auto-defesa antecipada, ou como uma espécie de habeas corpus preventivo, em caso de futuro pobrema com a mesma Lei...



Há uma inversão total na ordem das coisas! Membros de um "movimento" - com importação da denominação "campesina" -, assim como outros símbolos manipulados com interesses escusos, invadem propriedade privada e depois se apresentam como vítimas da reação de defesa dos invadidos. Está tudo errado na ordem e na moral pública brasileira! Com um agravante , repita-se também : o exemplo de improbidade, de infração, de falta de vergonha , de falta de pudor, de nenhum comprometimento com o respeito ao País e às pessoas, vem dos dirigentes públicos, dos políticos que representam a população e das leis formuladas brandamente para favorecer criminosos.



Nos Estados Unidos, a Constituição reza : "O Presidente, o Vice-Presidente e todos os funcionários civis dos Estados Unidos serão afastados de suas funções quando indiciados e condenados por traição, suborno ou outros delitos ou crimes graves." No Brasil, à la Calheiros , "eles" morrem de rir da Constituição e do povo brasileiro. Em qualquer república que faça jus a esse nome, o ato de invadir propriedade alheia gera o direito de legítima defesa incontinenti. Na República Federativa do Brasil, criminoso é quem reage à invasão e destruição de seu patrimônio. Roubar relógio caro é ato de heroísmo em favor da pobreza!



A indecência generalizou-se, tanto que até escrever sobre isso, sobre o direito constitucional de cada cidadão, sofre patrulhamento pelos que se beneficiam do estado geral de impunidade e desvirtuamento dos valores. Até quando você, cidadão brasileiro, vai permitir em silêncio condescendido que tudo isso continue acontecendo? Até ser alcançado pela ação criminosa de quem deveria ser guardião da Lei e dos bons costumes em nosso país? Já não o é suficiente no achaque da carga tributária em favor da má destinação do dinheiro arrecadado?







***



Quem é Paulo Saab?



Entrevista



PAULO SAAB: ÉTICA, EDUCAÇÃO E PROFISSIONALISMO



*Thiago Costa



http://www.catho.com.br/jcs/inputer_view.phtml?id=6652



Paulo Saab é, como ele próprio diz, um “Ph.D em assuntos gerais”. Presidente da Eletros, a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, este paulistano de 53 anos é um exemplo de como o trabalho e, especialmente, a educação são o combustível ideal para a arrancada na vida profissional e pessoal.

Saab é advogado, empresário, professor universitário, executivo e jornalista. Já foi juiz e recebeu inúmeros prêmios, além de ter escrito quatro livros. De opiniões fortes e muito articulado, comanda também o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania, uma Organização Não-Governamental voltada para a educação.



Em seu escritório, na sede da Eletros na zona sul de São Paulo, o executivo recebeu a reportagem de Carreira & Sucesso de forma muito simpática, para uma conversa descontraída e marcada por sua maneira franca de transmitir idéias.

Confira e aproveite!



Carreira & Sucesso - Você tem uma formação que podemos chamar de clássica, tendo cursado Direito no Largo São Francisco. O que o levou para lá? Quando foi isso?



Paulo Saab - Sim, me formei em Direito na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, com especialização em Direito Político, Administrativo e Financeiro. Fiz também Jornalismo, na atual Unip, antigas Faculdades Objetivo. Eu tinha acabado de entrar na Jovem Pan como repórter, fiz um exame de bolsas e ganhei uma bolsa de estudos para estudar Jornalismo, pois naquele momento surgiu a lei que exigia o diploma. Fui o fundador e primeiro presidente do Diretório Acadêmico das Faculdades Objetivo. Isso foi por volta de 1972 e 73.



C&S – Como você foi parar na Jovem Pan?



PS – Sempre tive muita vontade de trabalhar em rádio e, na época, eu estudava com o Jorge Lau, que foi convidado para fazer o “Show da Manhã” na Jovem Pan, com a morte do Calil Filho. Como nós éramos muito amigos, falei pra ele que queria trabalhar em rádio. Tinham dois redatores no programa “A Hora da Verdade”: o Fausto Silva e o Ernani Coelho. O Ernani passou num concurso do Banco do Brasil e então surgiu uma vaga. Eu fiz um teste e comecei a trabalhar no mesmo dia.

Naquela oportunidade eu trouxe para o rádio muitos profissionais que brilham hoje, porque eu já era profissional e eles estavam começando a estudar jornalismo e querendo vir para o rádio. Posso citar o Bira Valdez, o Milton Neves, a Sandra Guerra... muitos profissionais foram para o rádio pelas minhas mãos.



C&S – Quanto tempo você ficou na Jovem Pan, trabalhando como repórter?



PS – Fiquei cinco anos. O tempo da minha formatura: de 71 a 75.



C&S – E a faculdade de Direito, como você foi parar lá?



PS – Eu, na verdade, entrei num curso da época, chamado Comunicação Publicitária. E, no dia da matrícula, indo para a faculdade, um caminhão pegou meu carro e por causa do acidente fiquei seis meses parado. Perdi a matrícula e, quando eu voltei, o único cursinho que estava aberto era um preparatório exclusivo para a São Francisco. Minha irmã já estudava nesta faculdade. Eu pensei: “Já perdi a matrícula, não vou ficar parado o resto do ano”. Acabei entrando em décimo ou décimo primeiro lugar, não me lembro bem. Fui em frente, fiz o curso e me formei.

Depois eu fiz algumas especializações na área administrativa e na de marketing.



C&S – Devia ser uma loucura: trabalhando como repórter, fazendo duas faculdades...



PS – Eu fazia o seguinte nessa época: de manhã eu a faculdade de jornalismo, na hora do almoço tinha um programa na rádio chamado “Roleta Jovem”, à tarde ia para o Palácio do Governo fazer a cobertura das atividades para a Jovem Pan e à noite eu seguia para a faculdade de Direito. E duas vezes por semana eu dava aula de Literatura Brasileira no cursinho preparatório da Faculdade. Eu era muito magro, pesava 60 quilos e me alimentava basicamente de pastel (risos).



C&S – Seu primeiro trabalho foi esse, na Jovem Pan?



PS – Que eu posso considerar em termos de carreira sim. Mas eu trabalhei dois anos no Banco de Crédito Real de Minas Gerais, onde eu aprendi a ser um dos digitadores mais rápidos que existem! Naquele tempo a função era chamada de datilógrafo. Foi uma experiência muito boa aqueles dois anos no banco. Eu só saí para entrar na Jovem Pan.



C&S – E daí pra frente, o que aconteceu?



PS – Da Pan, eu fui pra Folha, depois TV Tupi e TV Record. Em paralelo, comecei a trabalhar em assessoria de imprensa e, por conta disso, comecei a me virar para o lado das empresas. Comecei a sentir necessidade de me aperfeiçoar em algumas coisas. Fiz curso de administração de agência de propaganda, curso de marketing. E, dentro da empresa para qual eu fazia assessoria de imprensa, a Ceagesp, eu entrei como redator, passei a chefe da assessoria e depois me tornei chefe da assessoria da presidência. Abaixo de mim ficaram subordinadas todas as áreas da empresa. Precisei estudar um bocado para poder responder às demandas.



C&S – Da Ceagesp em diante, qual seu caminho?



PS – Bom, isso me levou a vir para a área empresarial. Fui depois da Ceagesp para a Associação Comercial de São Paulo, como gerente de marketing, na gestão do Afif Domingos em 1982. Fui para o Diário do Comércio, onde a minha coluna faz agora em junho 22 anos de publicação diária. E, ao longo desse período, me especializei em gestão de entidades. Na Associação Comercial fiz carreira executiva, pois como gerente de marketing criei o conceito de produto dentro da entidade. Transformei os serviços em produtos. Foi a época em que se desenvolveram o TeleCheque, o SPC, o DIC e diversos outros produtos. Da gerência, subi a chefe de gabinete da presidência, algo que corresponderia hoje à vice-presidente executivo e, dali, fui convidado – por meio de headhunters – a assumir uma entidade que procurava um diretor-superintendente.



C&S – Que entidade era essa?



PS – Era a Abradif – Associação Brasileira dos Distribuidores Ford, onde fiquei nove anos. De lá eu saí como vice-presidente executivo, num organograma em que não havia presidente. Fui sondado novamente por outro headhunter, para assumir a presidência da Eletros, onde já estou no sexto ano de mandato.

E, em paralelo, eu desenvolvi minha carreira com essa especialização na gestão de entidades, criei minha própria empresa – onde tenho uma carteira de alguns clientes, que são entidades para as quais eu presto consultoria. E me envolvi na história do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania, que é uma organização voltada para o desenvolvimento da educação, como um meio de melhorar nosso país.



C&S - Fale de sua experiência como juiz do Tribunal de Taxas do Estado de São Paulo.



PS – Fui juiz do Tribunal de Impostos e Taxas durante seis anos. É uma corte administrativa, que julga processos de imposição de multa no âmbito do ICMS estadual. Eu tenho uma dificuldade muito grande para preencher ficha em hotel para identificar minha profissão: eu sou jornalista, radialista, advogado, professor universitário, executivo, empresário (risos). Mas no fim eu acabo me identificando sempre como jornalista, que é minha função de origem.



C&S – Você estudou muito e passou por várias áreas diferentes (direito, jornalismo, marketing, administração). Por que motivo? Necessidade ou Interesse? Ou as duas coisas?



PS – Eu diria a você que foi a necessidade somada ao interesse. E, além disso, as coisas foram acontecendo. Eu fui indicado para ser juiz pela Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, por representar a Abradif naquela instituição. A lei exige que o governo consulte as entidades e que elas indiquem profissionais para serem juízes contribuintes. Eu acabei sendo indicado e o governo do estado, pela minha formação de advogado, pela minha experiência na área administrativa e empresarial, acabou me nomeando. Fiquei lá por seis anos e pedi para sair. Não agüentava mais. Meu volume de trabalho havia crescido muito e eu não tinha capacidade de julgar os processos com a presteza que gostaria e sempre fiz. Dei minha contribuição da maneira que eu gosto de ser como profissional: bastante dedicado, isento, sério, tendo sempre como princípio as normas éticas e morais. Quando vi que ia começar a fazer as coisas de uma maneira que não gostaria, pedi minha demissão.



C&S – Percebo na sua forma de falar e nos fatos que está contando que você é uma pessoa bastante envolvida e interessada. A que você atribuí esse envolvimento todo, essa vontade?



PS – Eu acho que o jornalismo é uma escola fascinante e a escola de Direito também. Eu tive uma formação social e humanística muito forte. E tem um lado pessoal que é o de acreditar muito na educação. Porque para mim, ela reflete o espaço que as pessoas podem ter para crescer. É o meu próprio exemplo. Eu sou neto de imigrantes, meu pai era mineiro e minha mãe paulista. Nasci em São Paulo, capital, e estudei no Liceu Pasteur e no Brasílio Machado, que são colégios públicos. Fiz uma faculdade particular e uma pública. Desde cedo percebi essa questão: o Brasil é um país que precisa amadurecer muito. Eu pesquisei muito sobre a História Colonial brasileira, tenho livros publicados sobre isso e acabei me apaixonando pelo tema, para tentar entender o que nós somos, por quê somos e para onde podemos ir. Descobri que o caminho para nós nos resgatarmos como país e construirmos uma verdadeira nação brasileira é o da educação. Por isso que eu me envolvi, acabei virando professor universitário. Embora eu atue como empresário e na área política como jornalista, a educação é o leito motivo em tudo.



C&S – E como você chegou a lecionar?



PS – Foi um convite, pelo meu envolvimento e minha especialização em Direito Político. Recebi um convite da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) para dar aula de Ciências Políticas. Fiz isso durante oito anos, regularmente. Depois fui convidado para dar aula de marketing aplicado ao município no curso de pós-graduação em formação de city managers. Fiz isso com bastante sucesso, gosto muito dessa atividade. Mas precisei dar uma segurada, pela carga de trabalho que estava demandando. Hoje a minha contribuição nesse campo não é no sentido da regularidade, mas sempre que necessário eu estou à disposição.



C&S – Dar aulas parece ser algo que te dá muito prazer...



PS – Sim, mas a área associativa também, porque envolve os mesmos conceitos. Juntar, no caso da Eletros por exemplo, empresas de diferentes culturas, de diferentes interesses, mas com o mesmo core business é complicado. A conciliação dos interesses, a apuração do que são os fatores convergentes e o trabalhar das divergências são todos processos educativos. São processos culturais, de amadurecimento do empresariado brasileiro: a contribuição que ele tem dado de forma crescente para o desenvolvimento do país, a participação mais efetiva nos mecanismos de um sistema democrático. Tudo isso faz parte de um processo empresarial de evolução em que a base também é a educação.



C&S – Você tem quatro livros publicados. Como a literatura apareceu na sua vida?



PS – Tenho quatro e mais dois estão em gestação. Mas demoram ainda um pouco até saírem. Dos publicados, dois deles são compilações da minha coluna no Diário do Comércio. Fiz isso porque comecei a escrever a coluna em 1982 e foi o ano da primeira eleição para governador depois dos vinte anos de ditadura. Aquelas colunas diárias acabaram contando a forma como chegamos ao pleito de 82. Até por isso o livro se chama “Contagem Regressiva”. Eu fiz a mesma coisa com outro livro, que se chama “A Eleição do Cruzado”, em que eu retratei historicamente, acompanhando o dia-a-dia.

Para a capa deste livro, eu queria dar um ar histórico e queria um pergaminho para ilustrar. Então, para ajudar a editora, comecei a pesquisar e encontrei um livro chamado “A Carta de Caminha”, que era exatamente o pergaminho que eu queria na capa do meu livro. Acabei lendo a carta de Pero Vaz de Caminha no português da época, no português atual e também comentado. Achei fascinante.

Porque, quando aprendemos a História na escola, a atenção e a maturidade que temos é outra. Você quer tirar nota e se livrar daquilo (risos). Eu li como se estivesse vendo um filme. Era uma aventura. Decidi pesquisar mais e passei quatro anos nisso. Na época ainda não tinha a rapidez da Internet, pois foi de 86 a 90. Fui a Portugal, a Buenos Aires. Levantei uma extensa bibliografia e acabei escrevendo a aventura da viagem de Cabral, da qual o descobrimento do Brasil é apenas uma parte. O livro chama-se “1500 – A Grande Viagem”. Eu saio com Cabral do Tejo, no dia 9 de março de 1500 e volto com ele em junho de 1501. Fiz isso na forma de um romance de ficção histórica. 70% do que está ali é resultado da minha pesquisa. O resto é para dar a sensação de romance.

Gostei tanto que comecei a pesquisar as invasões e gostei muito da segunda invasão holandesa, no Recife. Aí já estava mais fácil, foi mais rápido. O que demorou 4 anos no primeiro livro, levou apenas quatro meses neste segundo. “Moura Louca” é meu segundo romance de ficção histórica, que fala sobre a invasão holandesa e conta a história de uma escrava. Outros dois livros estão com a bibliografia completa, mas confesso que não consigo me imaginar fazendo isso nesse momento.



C&S – Imagino que era preciso uma dedicação muito grande.



PS – Quando eu escrevi os livros, criei uma disciplina muito forte. Eram quatro horas diárias de trabalho, das dez da noite às duas da manhã, todos os dias, fechado em casa. Eu me programei pra isso, tanto que os dois livros eu escrevi em quatro meses. Não estou em condições no momento, em função das minhas atividades. Mas a hora que eu tiver condições de parar para fazer só isso, vou fazer. Porque é o que eu gosto. É o que eu mais gosto.



C&S – Falando agora da Eletros. Quando você chegou para dirigir a entidade, quais os desafios encontrados?



PS – Um desafio brutal. Primeiro porque eu vinha da indústria automotiva. Fiquei no ramo de distribuição de automóveis durante nove anos. Eu chegava para suceder um grande nome, que é Roberto Macedo. Era uma responsabilidade muito grande. Vim para trazer um outro foco. A Eletros teve durante a gestão dele sua fase de nascimento. E, a partir do instante em que ela ganhou vida e personalidade, precisava ganhar uma personalidade própria, se organizar profissionalmente e se transformar numa entidade para cumprimento de suas finalidades no médio e no longo prazo. Isso, dentro de uma estruturação que desse a ela a capacidade de ser forte, de agregar seus associados de maneira que eles todos passassem a confiar igualmente nela, tornando-se absolutamente empresarial e profissional.



C&S – Foi preciso aí estabelecer um plano de metas muito bem focado.



PS – Foi preciso traçar um perfil do setor, definir seus problemas, suas necessidades, suas carências e suas virtudes. E, em cima disso, fazer um plano de trabalho de consolidação e construção do nome da entidade por si só. Para ela se tornar uma entidade de respeito diante da opinião pública, perante aos associados, ao governo e à mídia. É esse trabalho que temos procurado construir. É uma entidade muito forte. Temos representado aqui 96% do mercado brasileiro, com marcas muito fortes no mercado mundial. Temos 26 associados. Qualquer marca que você pensar está conosco.



C&S – E conseguir conciliar tantos interesses, deve ser uma tarefa dificílima.



PS – Pois é. Ontem mesmo eu almoçava com um associado que me apresentou ao advogado dele dizendo “o Paulo é um algodão entre cristais” (risos). A missão interna é de impedir que os cristais trinquem e a externa é o desenvolvimento do trabalho. Eu achei que era uma definição que tinha pertinência.

Na verdade, é preciso fazer um trabalho interno de equilíbrio entre os diferentes interesses. Pois os associados são competitivos entre si.



C&S – E justamente aí devem surgir os maiores entraves.



PS – Mas aí só tem uma receita: a verdade. Trabalhar com a verdade e os fatos absolutamente transparentes. E nisso a minha formação de jornalista ajuda muito. Porque eu não perco o senso crítico em momento algum ao analisar um fato por todos os ângulos. Porque tenho um compromisso com a Eletros e com cada um dos associados de forma igualitária. Essa é a matéria-prima, esse é o capital. Cada associado da Eletros enxerga sua entidade de uma forma na qual ele é igual aos demais. E as coisas que estão sendo tratadas aqui dentro, o são de maneira tão transparente, que ele enxerga o que está acontecendo. O que acaba gerando a credibilidade e a confiabilidade. Porque senão nada faz sentido.



C&S – Nesse seu tempo aqui na Eletros, o que você considera como sua maior vitória?



PS – Eu não posso falar que é minha. A Eletros é uma entidade profissionalizada, com uma visão completamente diferente das entidades tradicionais. Ela tem essa percepção de querer ser uma empresa. Então ela é muito enxuta. A Eletros da janela pra dentro é completamente diferente do que se imagina pra fora. Nós somos muito poucos. Não temos nenhum sistema de lobby e trabalhamos com compromisso com a verdade e com os fatos.

Tenho uma equipe e, mais que isso, os representantes das empresas que estão na Eletros são os técnicos em cada uma de suas áreas. São pessoas de responsabilidade e de dedicação.

Nós temos uma estrutura de sustentação técnica do próprio setor. O meu papel é apenas de coordenar isso tudo. A expertise, a ciência, o conhecimento, está nas empresas associadas. A entidade apenas faz o papel de coordenação.

Esse é o grande feito: conseguir que isso aconteça, em setores tão diferentes. Eu poderia ter três associações: a da linha branca, a da linha de imagem e som e da linha de portáteis. Conciliar isso tudo e transformar numa máquina que funciona atendendo os interesses específicos de cada um desses setores é a vitória desse grupo. Mas é muito trabalhoso.

Mas tem uma vantagem aí. A indústria eletroeletrônica de bens de consumo é muito madura e consciente do papel de tentar representar o consumidor. Em cada reunião, todos nós sentamos ao lado do consumidor para pensar no que ele precisa. Até porque, sem o consumidor nós não existiríamos. Isso ajuda a manter um foco muito positivo de construção, embora o setor esteja recessivo há cinco anos. E com isso conseguimos dar a nossa contribuição.



C&S – Que não é pequena...



PS – E, às vezes, assusta. Perceber a importância e o respeito que a sociedade, o governo, a mídia e os associados dão à entidade. Porque ela está fazendo um trabalho sério, comprometido com os interesses do país. Se não for assim, não faz sentido. É onde as outras entidades têm que se espelhar para elas voltarem a ter o papel de importância que tinham, e ainda tem, mas que poderia ser maior no cenário da vida nacional. É adotarem uma visão absolutamente profissional, onde o interesse a ser defendido é o interesse médio do consumidor. Aliás, esse é o grande fator da vitória da profissionalização: o profissional que está sentado aqui representa a todos. E não a uma empresa. Não estou criticando quem ainda adota este modelo tradicional. Mas a tendência é de profissionalização. Funciona melhor. Porque você tem atrás de si todos. Ninguém fica olhando e pensando nas suas decisões. Porque a decisão final é de quem forma o conjunto da sociedade. Eu sou só o executivo que tem que transformar em energia e ação os interesses do setor, que está comprometido com os interesses do país.



C&S – Dadas estas características, como você definiria o seu estilo de liderança dentro da Eletros?



PS – Eu sou um conciliador. Sou um profissional que olha as coisas com censo crítico e diz a verdade para as pessoas, no nível que deve ser dita. Mas eu procuro agregar, no sentido de ser construtivo. Meu estilo de trabalho é: muito trabalho! 95% é transpiração e 5% é inspiração. É dar o exemplo. Eu sou o primeiro a chegar aqui. O horário da Eletros é oito e meia. Quinze para as oito já estou aqui. É para motivar as pessoas e mostrar que você está acreditando naquilo que está fazendo. Como eu tenho um trabalho voluntário muito intenso, na defesa da moralidade, da ética, do trato da coisa pública, da ética no relacionamento entre governo e a sociedade, entre as pessoas entre si e entre as empresas, eu tento transformar isso em ação, em atitude no dia-a-dia. Levo as pessoas a sério. E harmonizar o máximo possível os interesses divergentes. Porque se houver forças contrárias, a inércia prevalece.



C&S – Você disse que o setor de eletroeletrônicos está recessivo há cinco anos. Qual a sua visão do mercado hoje?



PS – Ainda está muito ruim, porque nos últimos cinco anos nós caímos muito. O nível de produção e vendas do setor está com capacidade ociosa, porque não tem havido por parte das autoridades a compreensão de que o setor produtivo deve merecer a prioridade. E o governo insiste na mesma política. E quando eu digo governo estou falando da entidade, não importa quem.

O setor produtivo, que é o que gera receita, emprego e imposto tem sido penalizado porque os remédios adotados são para combater uma inflação de demanda. Quando a inflação do país é de custo. Quem gera inflação no país é o governo. São as taxas, as tarifas, os impostos. O gigantismo do aparelho estatal brasileiro, que consome quase tudo que arrecada.

O Estado brasileiro é um peso para o Brasil. Ele tira a prioridade que deveria dar ao setor produtivo, para dar ao setor estatal. Que não tem capacidade, não tem competência, não tem eficiência para atender aquilo que deveria estar atendendo. E não dá as prioridades e os mecanismos que o setor produtivo precisa. Mesmo assim nós estamos contribuindo, porque a gente continua vivo, trabalhando e investindo.

O setor eletroeletrônico de bens de consumo vendeu no Brasil em 1998 35 milhões de aparelhos. O ano passado vendeu 30 milhões. A população cresceu, o número de lares eletrificados cresceu. Então alguma coisa está errada. Para este ano, tivemos gente comemorando um crescimento de crescimento. Mas não é crescimento. É recuperação de perdas. Não quero dizer com isso que sou pessimista. Não, continuo sendo otimista. Mas para que as coisas se consolidem, é preciso a redução dos juros, a reforma tributária – que não signifique aumento de arrecadação para o governo, e sim desonerar a produção e os investimentos em bens de capital.

Quando se fala em de custo Brasil, é uma brutalidade a infra-estrutura de transportes, de armazenagem, alfandegária. A burocracia... nós temos que evoluir 50 anos em 5, se é que posso usar essa expressão sem parecer que estou copiando o JK. Porque assim poderá dar à indústria a capacidade de resposta que ela tem e pode dar, para colocar o Brasil num patamar de desenvolvimento muito mais acelerado.



C&S – Diante deste quadro, e você, como é um articulista que comenta diariamente sobre política, entre outros assuntos, qual a avaliação do governo Lula até aqui?



PS – Como cidadão brasileiro, eu ainda não perdi a esperança. Aquela esperança que venceu o medo, de que ela se transforme em realidade, em mudanças efetivas no sentido de melhorar o país. Se de um lado você cumprimenta o Palocci e o Governo Lula por não terem criado uma mudança brutal ou que gerasse um nível de desconfiança que jogasse o país numa situação muito ruim, de outro o governo ainda não saiu das promessas de campanha. Ele está mantendo o que havia sido perdido na campanha e que conseguiu reconquistar. Estamos ainda no patamar zero.

Tem muitos discursos feitos, mas na prática não acontece. Eu torço para que aconteça e dou minha contribuição. Espero que o governo tenha amadurecido o suficiente para entender que a contribuição da sociedade é importante. Quando eu vou até lá como presidente de uma entidade oferecer um estudo, aquilo é para ser levado a sério.

E a verdade não está com o governo, como também não está conosco. Ela está na conciliação de tudo isso. Tem dois terços do governo pela frente ainda e eu espero que nesse tempo ele amadureça para aprender a governar. Porque ele foi muito bom na oposição. Está sendo muito bom em conseguir controlar a economia do país de maneira que não desande. Mas está deixando que desande na área social, na área de obediência às leis, de imposição da autoridade.

Não estou frustrado ainda com o atual governo, só um pouquinho decepcionado. Mas acho que ele ainda pode, pela boa vontade, melhorar muito. No que depender de mim, a minha contribuição será dada. Eu estou absolutamente à disposição do país. E não é por demagogia não. É uma questão de inteligência egoísta.



C&S – Uma questão de sobrevivência...



PS – De sobrevivência para todo mundo. Vamos fazer o melhor que for possível. E aí eu falo da educação de novo. É preciso trazer o maior número possível de brasileiros para a educação e transformá-los em força útil para o país e não em dependentes do estado, que precisam de esmola. Eles precisam é estudar, trabalhar, para gerar sua própria renda.



C&S – Essa sua preocupação com a cidadania, como apareceu? Como surgiu a idéia do Instituto da Cidadania?



PS – Eu comecei a estimular meus leitores, quando o Brasil voltou a ter uma vida política mais aberta e democrática, a escreverem para seus deputados, a entenderem como funciona, a se motivarem a participar do processo. Percebi que todo mundo xinga, todo mundo reclama, mas ninguém quer participar. Começaram a escrever para mim! Então comecei a conversar com os amigos nos meus ambientes: no empresarial, pessoal, universitário. E a gente decidiu criar um mecanismo para contribuir um pouco a mais. Chegamos à conclusão que o que falta é educação em todos os sentidos. Comecei a dar umas palestras, perguntando em empresas, para presidentes, como funciona o Senado, para que serve um deputado federal. Eu percebi que isso estava muito solto... as empresas investem no treinamento de seus funcionários, mas está preparando eles para serem cidadãos? Havia então um espaço muito grande para oferecer algo.

Decidimos então criar o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Cidadania. Desenvolvimento e não defesa. Porque não tem o que defender. É preciso criar primeiro. O instituto é voltado para desenvolver a cidadania através da educação. Para dar às pessoas o conhecimento.

Tanto que temos projetos voltados para a educação em todos os níveis, mas o foco principal é o Ensino Médio. Estamos pegando estudantes que vão votar pela primeira vez e estamos ensinando para ele o que é o Brasil. A educação, para entender como funciona o país, é o melhor meio para as pessoas participarem no futuro. Quem participa deixa de reclamar porque passa a entender.

Sempre comparo o país a um condomínio. O sujeito não vai à reunião de condomínio, xinga o síndico e não quer pagar porque acha que está sendo roubado. Até o dia em que ele vai lá e descobre como funciona e vira o síndico. E vai aprender que não é bem aquilo que ele pensava.

Queremos preparar as novas gerações, que estão sendo fruto da miscigenação que vai gerar a nação brasileira, para terem valores comuns. Para desse meio saírem os governantes, os representantes – com os mesmos valores. É trabalho para duas, três gerações ou mais. Mas a gente começou.



C&S – Como é funcionamento do Instituto?



PS – O instituto funciona com projetos. Tem um quadro de mantenedores, um quadro de filiados. Fazemos muitas parcerias. Nós desenvolvemos um projeto educativo, vamos ao poder público, à iniciativa privada, à universidade, formamos uma parceria e desenvolvemos os projetos.

Convido os leitores a conhecerem o site do Instituto. É o www.institutocidadania.org.br. É suprapartidário, não temos vínculo com ninguém. E lá dentro cabe todo mundo que entenda que a educação é o caminho.

Para pessoas físicas que quiserem participar, a contribuição é de R$ 50 por ano. E para as empresas, temos uma faixa de contribuição de R$ 200 a R$ 500 por mês, para ajudar a manter nossos projetos.



C&S – Para você o que significa participar de algo da natureza do Instituto da Cidadania?



PS – Gostar do meu país. Se você pegar meus paletós, em todos eles eu carrego a bandeira do Brasil no peito. Não é por demagogia não. É por gostar, por acreditar. Quando você começa a estudar as origens, a História do país, fica apaixonado. Nós temos na mão muito mais do que imaginamos. A gente denigre o nosso passado como se não tivessem os negros, os portugueses e os índios construído, nas condições que foram permitidas, um grande país.

Vem vindo aí uma nova geração que vai se identificar muito mais com um novo país, que eles vão construir porque estão melhorando a qualidade da educação. Mas a porcentagem que tem acesso a isso ainda é pequena pela grandeza do país.



C&S – Com tantas atividades, como você consegue organizar seu tempo?



PS – Quanto mais coisas você tem para fazer, mais organizado acaba sendo. Quanto menos há para fazer, menos se dá importância e prioridade. Eu não sou super organizado. Sou razoavelmente organizado. Tenho uma disciplina que procuro obedecer. O grande segredo é a auto-organização, mesmo que seja precária. Eu carrego muito papel no bolso, com as coisas que não posso esquecer. Eu me cerco de condições para que não perca o foco das prioridades.

Além disso, fiquei trabalhando dez anos na Assembléia Legislativa, como repórter da Folha, da Jovem Pan e da Tupi e tinha que fazer dez coisas ao mesmo tempo. Eu aprendi e hoje consigo fazer duas ou três coisas ao mesmo tempo. Como eu sou um “Ph.D em assuntos gerais” (risos), isso me permitiu aprender muito. Às vezes eu consigo escrever, falar ao telefone e anotar uma ou outra coisa. É duro (risos), mas ajuda muito no dia-a-dia.



C&S – Qual a importância da família na sua vida?



PS – Acho que a família ainda é a base de tudo. Minhas três filhas e minha mulher, que é minha sócia. A partir do instante que eu a conheci, no namoro, noivado e casamento – estou casado vai fazer 26 anos -, foi quando a minha carreira começou a acelerar. Porque na medida em que comecei a ter o compromisso e a responsabilidade de um lar, com as filhas chegando, tive motivação em dobro para trabalhar.

Não sou um falso moralista, sei como as coisas são. Felizmente no meu caso deu certo. Mas independentemente de ser solteiro, separado, um núcleo do lar para dar segurança, educação, um porto seguro, uma referência para as pessoas, é imprescindível.



C&S – E a paixão pelo futebol e o São Paulo Futebol Clube?



PS – Vem desde pequeno. Quando eu nasci meu pai colocou uma camisa do São Paulo e uma bola de futebol do meu lado. Eu joguei muito futebol. Cheguei a jogar no Juventus, mas como na época não tinha lente de contato e nem operação de miopia, não passei nos exames médicos. Mas sou são-paulino de parar tudo que estou fazendo para ver o jogo. Conheço a história do São Paulo, leio tudo sobre o time. Sou fã incondicional de um homem chamado Telê Santana. Em tudo. Tenho dois ídolos: meu pai, que infelizmente perdi muito cedo e Telê Santana. Um homem honesto, sério, profissional, competente, dedicado. E nos deu dois títulos mundiais (risos).

Eu era de ir ao estádio. Minhas filhas são são-paulinas e minha mulher também. Não tenho mais freqüentado o estádio pela questão da violência e a falta de educação e respeito entre as torcidas.



C&S – Você se acha um homem realizado?



PS – O chavão diz que quem se acha realizado já morreu e que sempre tem algo a conquistar. Mas posso dizer que se eu olhar meu ponto de partida até onde cheguei, só por conta de estudo e trabalho, acho que consegui fazer um bom trabalho. Que ainda precisa ser aprimorado e continuado. Tenho algumas frustrações. Eu queria ser locutor de futebol e não fui por absoluta incapacidade (risos). Mas ainda tenho muito a oferecer. Porque agora estou chegando num momento em que me sinto suficientemente maduro e experiente, frente ao ímpeto de antes. Então diria que sou parcialmente bem realizado.



C&S - O que falta para a realização completa?



PS – Ver esse trabalho do Instituto ganhar uma dimensão maior, do Brasil dar a prioridade para a educação que ela deve ter. E, na atividade profissional, conseguir desenvolver e aprimorar a profissionalização e aperfeiçoamento do papel que a empresa presta para o país.



C&S – Como você se define?



PS – Ansioso, nunca relaxo, nervoso, irritado.... É difícil olhar para dentro... fora isso eu sou os valores em que acredito: trabalho, estudo, dedicação, disciplina, organização. E só gostaria de ser um pouco menos tenso. Eu brinco que sou um produto típico de São Paulo, do asfalto e da poluição. Quando chego naquele período que não agüento mais e preciso tirar uns dias de descanso, no sexto dia já estou voltado correndo (risos). Tenho tentado me disciplinar para evitar problemas de saúde, para ser mais racional e tentar preservar mais a saúde física e mental.



C&S – Sendo um homem assim como você se definiu, quem faz parte da sua equipe?



PS – Na minha vida profissional toda eu trabalhei com dois C’s: caráter e competência. Se a pessoa tiver caráter e não tiver competência eu tento dar a chance dela se tornar competente. Agora se ela tiver competência mas não tiver caráter, se não for confiável, de valores, de princípios, séria, não trabalha comigo. Quem está ao meu lado é porque está dentro dos dois C’s.



C&S - Deixe uma mensagem para os leitores de Carreira & Sucesso.



PS - Caráter, competência, preparo. Não desestimular nunca, não deixar de acreditar no próprio potencial. E ser com as pessoas o que quer que sejam com elas, respeitar. Não há nada que resista a esse conjunto. O resto é circunstancial. Mas se você tiver referencial e se preparar, as coisas acontecem. As pessoas não podem acreditar que as coisas vão cair do céu. Elas têm que se preparar e trabalhar. E se demorar a acontecer, não perder a fé. Porque vai acontecer em algum momento, se ela está preparada para isso.





Ter a oportunidade de conversar com Paulo Saab foi um privilégio. Trata-se de uma figura ímpar no cenário nacional. Amálgama de várias formações e tendências, Saab representa, inegavelmente, a vanguarda do empresariado nacional. É consciente de seu papel perante o governo, o mercado e os consumidores. Como poucos, ele permanece firme na crença de um Brasil melhor para todos.



*Thiago Costa é jornalista do Grupo Catho e pode ser encontrado pelo e-mail tcosta@catho.com.br e pelo telefone (11) 3177-0739.





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