O sr. presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, presidiu na tarde de 29 de agosto p.p., no Palácio do Planalto, a cerimônia de lançamento do livro "Direito à memória e à verdade", organizado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Os fatos políticos gerados por tal atitude, previsíveis por quem tem a mínima sensibilidade política, estão aí à mostra de todos.
Sem necessidade, remexe na ferida que teima em não curar e reabre revoltas, indignações, desconfianças, preconceitos, revelando uma visão míope, distorcida da realidade, retrógrada, que possibilita o aparecimento de teses preocupantes e descabidas, que pretendem atentar até mesmo contra a Lei da Anistia, tudo concorrendo para a discórdia e impedindo que se olhe para a frente, que se construa um futuro livre de revanchismos recíprocos e que se busque a tão necessária e sonhada paz social que há muito perseguimos.
A presença do presidente da República a esse ato conferiu-lhe um preocupante vigor político, comprometeu o bom relacionamento até então conseguido com o segmento militar e deixou, bem claro, a sua parcialidade por reconhecer apenas os direitos daqueles que combateram os governos militares, desconsiderando os agentes do Estado, traçoeiramente, trucidados pelos subversivos de então.
A ausência, recomendável sob todos os aspectos, dos comandantes militares de forças, convidados a tão provocativa reunião, é também um fato político do qual se podem tirar as mais variadas ilações, entre elas, o desconforto, a discordância, e até mesmo o enfraquecimento da confiança no comandante das Forças Armadas. O ministro da Defesa, sr. Nelson Jobim, sentiu na pele esse constrangimento, comparecendo sozinho à cerimônia. Detectou, corretamente, que o descontentamento não afeta apenas aqueles que hoje estão na reserva, mas, também, os na ativa.
Daí a sua grosseira manifestação, despropositada, inoportuna, injusta, desleal, ameaçando dar uma resposta a quem se manifestasse, como se a tropa fosse uma criança necessitada de palmadas.
Gratuita agressão que o desgastou profundamente. Todo militar bem sabe, e muito antes do sr. Jobim, que aquele que se manifestar publicamente, se na ativa estiver, será passível de punição, que nem sempre é motivo de injúria e vergonha - muitas vezes, é galardão que ecoa profunda e positivamente no seio do segmento militar.
O sr. Jobim, mais do que o presidente da República, foi voz destoante, desagregadora, provocativa. Ele parece não saber que respeito se conquista, não se impõe. As Forças devem-lhe respeito, mas, em contrapartida, também exigem que sejam respeitadas e consideradas e não grosseiramente ameaçadas. Nunca é demais relembrar que o seu comandante supremo é o presidente da República, que traz junto a si a força da Nação pelo voto que o elegeu, e não o ministro da Defesa, o funcionário da hora, demissível "ad nutum".
Sem a compreensão deste papel, haveremos sempre de ter conflitos. Vai mal o sr. Jobim se assim continuar, pois desfizeram-se as esperanças ao vê-lo semear, tão grosseiramente, a discórdia e a desconfiança.
(*) Luiz Gonzaga Schroeder Lessa é general-de-exército e ex-presidente do Clube Militar.
Obs.: Jobim, do alto de seus 1,90 m, e debaixo de seus 110 kg de peso, que equivalem a 1 tonelada de truculência contra os militares, pode até pensar que é um gorila vociferando nas selvas africanas, porém não passa de um guaipeca sarnento, por apoiar o governo fascistóide de Lula. Os pigmeus Lula e Jobim serão esquecidos em breve, porém o Exército Brasileiro é eterno. Viva o Brasil! Fora Lula! Fora PT! Fora Foro de São Paulo! (F. Maier)