16/ago/07 (AER) – Com uma penada, o ministro da Justiça Tarso Genro deu posse permanente de 400 mil hectares a indígenas do Acre, Amazonas e Mato Grosso.
As novas 7 Terras Indígenas são: Rio Gregório (AC, 187,4 mil ha), Cacique Fontoura (MT, 32 mil ha), Barro Alto (AM, 1,9 mil ha), Prosperidade (AM, 4,8 mil ha), Santa Aliança da Cruz (AM, 5,7 mil ha), Mapari (AM, 157,4 mil ha) e Lago do Correio (AM, 12,3 mil ha).
Com essa nova incorporação, o Brasil tem agora 109,5 milhões de hectares em 596 Terras Indígenas, o que representa 13% do território nacional. A maioria esmagadora dessas reservas (98%) se localiza na chamada Amazônia Legal, ocupando 20,67% do seu território. Os dados são do Instituto Socioambiental (ISA), que recebe generosas quantias do exterior para manter os dados indígenas mais apurados do País. [1]
Como já reportamos à exaustão, os argumentos falaciosos de que tais concessões representariam um ato de justiça histórica para com os habitantes originários do território, levando em conta o seu modo de vida tradicional, não conseguem ocultar as evidências de que a criação de grandes reservas indígenas, com áreas muito superiores às recomendadas pelos interesses nacionais, é parte de um jogo geopolítico internacional. Os seus objetivos principais são a obstaculização do povoamento e de projetos de desenvolvimento nas regiões Centro-Oeste e Norte e a consolidação de territórios indígenas autônomos, para introduzir estruturas de um "Estado plurinacional", em oposição ao conceito e às instituições do Estado nacional soberano.
Notas:
[1]Novas terras indígenas são declaradas na Amazônia, ISA, 15/08/07
Obs.: Acesse http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=5996&language=pt e leia, de minha autoria, "Brasilistão: Os bantustões dos índios, quilombolas e MST" (F. Maier).