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Artigos-->As valises como política de Estado -- 22/08/2007 - 08:31 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As valises como política de Estado



por Alejandro Peña Esclusa (*) em 20 de agosto de 2007



Resumo: O relevante no caso da valise com 800 mil dólares apreendida em Buenos Aires é que ela indica provas sobre um modus operandi do chavismo em toda a região.



© 2007 MidiaSemMascara.org





O confisco de uma valise com 800.000 petrodólares em Buenos Aires não é um fato isolado, nem um crime cometido por funcionários de terceira categoria, como pretendem fazer ver os governos da Argentina e da Venezuela. Trata-se de uma política sistemática de Chávez para exportar seu modelo a todos os países da região, utilizando como alavanca os recursos que pertencem ao povo venezuelano.





A ingerência indevida do regime venezuelano em outras nações tem três modalidades: a primeira é o apoio político aberto e descarado, como as recentes declarações de Chávez a favor da candidata Cristina Kirchner; a segunda, é o respaldo financeiro através de acordos discriminatórios, como o fornecimento de petróleo subsidiado às prefeituras salvadorenhas controladas pela Frente Farabundo Martí; e a terceira, é o envio ilegal e secreto de malas repletas de dólares aos aliados internacionais do chavismo.





Sem dúvida, a Venezuela é o país com mais denúncias sobre intromissão nos assuntos internos de outras nações, como se evidencia nos seguintes casos, escolhidos dentre muitos outros que existem:





- Em março de 2006, o Partido de Acción Nacional acusou Chávez de apoiar a campanha do candidato mexicano, Andrés Manuel López Obrador. Em maio de 2006, o presidente da Guatemala, Óscar Berger, denunciou a interferência de Chávez na América Central. Por sua parte, o mandatário nicaragüense, Enrique Bolaños, acusou Chávez de violar as leis eleitorais de seu país e apoiar os sandinistas; nesse mesmo mês, o ex-presidente boliviano, Jorge Quiroga, acusou Chávez ante a OEA de intervir nos assuntos internos de seu país, enquanto que as câmaras de produção do Equador rechaçaram a ingerência de Chávez nessa nação.





- Em junho de 2006, o presidente de El Salvador, Elías Antonio Saca, reclamou o apoio ilegal da PDVSA à Frente Farabundo Martí. Em julho de 2006, o candidato presidencial Eduardo Montealegre denunciou o apoio financeiro de Chávez a Daniel Ortega para comprar votos na Nicarágua; nesse mesmo mês, na XXX Cúpula do Mercosul, Chávez apoiou publicamente a reeleição de Lula.





- Em julho deste ano, o primeiro-ministro do Peru, Jorge del Castillo, denunciou a ingerência de seguidores de Hugo Chávez na região do Puno, com o fim de desestabilizar seu país. Por sua parte, o terceiro vice-presidente do Congresso, Carlos Torres Caro, reclamou a intromissão do governo venezuelano através de Ollanta Humala e da ALBA.





- Vários embaixadores e cônsules venezuelanos foram admoestados e obrigados a deixar os países por apoiar grupos radicais em outras nações, como por exemplo, Vladimir Villegas (Brasil 2002 e México 2005), Cruz Martínez (Peru 2006), Roger Capella (Argentina 2006) e Víctor Delgado (Chile 2006). A Colômbia merece um estudo à parte, pela magnitude da intervenção do regime venezuelano.





Apenas esta semana, o líder dos piqueteros argentinos, Luis D’Elía, negou que a valise apreendida estivesse destinada à sua organização, porém reconheceu publicamente haver recebido apoio financeiro do governo venezuelano em oportunidades anteriores.





O relevante no caso da valise apreendida é que ela indica provas sobre um modus operandi do chavismo em toda a região e que, por tratar-se de dinheiro em espécie, até agora não tinha sido possível ser demonstrado, daí a importância de continuar as investigações até o final, apesar de que Kirchner tentará atrapalhá-las.





Tradução: Graça Salgueiro





(*) O autor é engenheiro mecânico, formado pelo Instituto de Altos Estudos da Defesa Nacional. Atualmente é Presidente da associação civil Fuerza Solidaria – www.fuerzasolidaria.org.







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