Agência alemã diz que famílias de boxeadores cubanos foram ameaçadas
Blog do Diego Casagrande - 10.08, 15h33
A agência alemã Arena Box Promotion cobra explicações do governo brasileiro pela deportação dos boxeadores cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que desertaram da delegação de seu país durante os Jogos Pan-Americanos. O porta-voz do grupo, Malte Muller-Michaelis, acusou o governo de Fidel de ameaçar a família dos atletas enquanto eles estavam no Rio de Janeiro. Em Cuba, os pugilistas afirmaram que foram embriagados e forçados a assinar um acordo por representantes da agência.
"Os passaportes de alguns membros da família dos atletas foram levados, os carros foram tirados de seu poder e ainda alguns chegaram a ficar algumas horas detidos. Ao ouvirem isso, os atletas mudaram de idéia e decidiram voltar a Cuba. Mas sabiam que suas carreiras estavam acabadas. Nunca mais os dois serão boxeadores", disse o porta-voz.
O alemão ainda afirmou que o acordo com os cubanos já tinha sido firmado em 2004. "O público precisa saber o que ocorreu e que eles já haviam assinado um contrato em 2004, durante os Jogos Olímpicos de Atenas, de que usariam a primeira oportunidade que teriam para escapar. E isso finalmente surgiu no Rio. Os cubanos deixaram a Vila Olímpica e nos ligaram. Estávamos preparados a ajudá-los" disse.