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Artigos-->Verdade Absoluta... E doída... -- 12/08/2007 - 20:58 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) |
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Pais Maus
Dr. Carlos Hecktheuer
Médico Psiquiatra
Um dia quando meus filhos
forem crescidos
o suficiente para entender
a lógica que motiva os pais e as mães,
eu hei de dizer-lhes:
- Eu os amei o suficiente para ter
perguntado aonde vão,
com quem vão e a que horas regressarão.
Eu os amei o suficiente para não ter
ficado em silêncio e fazer com que
vocês soubessem que aquele novo
amigo não era boa companhia.
Eu os amei o suficiente para os fazer
pagar as balas que tiraram do
supermercado ou revistas do jornaleiro,
e os fazer dizer ao dono:
"Nós pegamos isto ontem e queríamos pagar".
Eu os amei o suficiente para ter ficado
em pé junto de vocês, duas horas,
enquanto limpavam o seu quarto,
tarefa que eu teria feito em 15 minutos.
Eu os amei o suficiente
para os deixar ver
além do amor que eu sentia por
vocês, o desapontamento e também
as lágrimas nos meus olhos.
Eu os amei o suficiente para os deixar
assumir a responsabilidade das suas
ações, mesmo quando as penalidades
eram tão duras que me partiam o coração.
Mais do que tudo, eu os amei o suficiente
para dizer-lhes não,
quando eu sabia que vocês poderiam
me odiar por isso
(e em momentos até odiaram).
Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.
Estou contente, venci...
Porque no final vocês venceram também!
E em qualquer dia, quando meus netos
forem crescidos o suficiente
para entender a lógica que motiva
os pais e as mães,
quando eles lhes perguntarem
se seus pais eram maus,
meus filhos vão lhes dizer:
"Sim, eles eram maus.
Os mais maus do mundo...".
- As outras crianças comiam doces
no café e nós tínhamos que comer
cereais, ovos e torradas.
- As outras crianças bebiam refrigerante
e comiam batatas fritas e sorvete
no almoço e nós tínhamos que comer arroz,
feijão, carne, legumes e frutas.
- E eles nos obrigavam a jantar à mesa,
bem diferente dos outros pais que
deixavam seus filhos comerem vendo televisão.
- Eles insistiam em saber onde estávamos
a toda hora (tocavam nosso celular
de madrugada e "fuçavam" nos nossos e-mails).
Era quase uma prisão.
Eles tinham que saber quem eram
nossos amigos e o que nós fazíamos com eles.
Insistiam que lhes dissemos com quem íamos sair,
mesmo que demorássemos
apenas uma hora ou menos.
Nós tínhamos vergonha de admitir, mas eles
"violavam as leis do trabalho infantil".
Nós tínhamos que tirar a louça da mesa,
arrumar nossas bagunças, esvaziar o
lixo e fazer todo esse tipo de trabalho
que achávamos cruéis.
Eu acho que eles nem dormiam à noite,
pensando em coisas para nos mandar fazer.
Eles insistiam sempre conosco para
que lhes disséssemos sempre a verdade
e apenas a verdade.
E quando éramos adolescentes,
eles conseguiam até ler os nossos pensamentos.
A nossa vida era mesmo chata.
Eles não deixavam os nossos amigos tocarem a
buzina para que saíssemos,
tinham que subir, bater à porta,
para eles os conhecerem.
Enquanto todos podiam voltar tarde à noite,
com 12 anos, tivemos que esperar
pelos 16 para chegar um pouco mais tarde,
e aqueles chatos levantavam para saber
se a festa foi boa
(só para ver como estávamos ao voltar).
Por causa deles, nós perdemos imensas
experiências na adolescência:
Nenhum de nós esteve envolvido com drogas,
em roubo, em atos de vandalismo,
em violação de propriedade,
nem fomos presos por nenhum crime.
FOI TUDO POR CAUSA DELES.
Agora que já somos adultos, honestos e educados,
estamos a fazer o nosso
melhor para sermos "PAIS MAUS",
como nossos pais foram.

EU ACHO
QUE ESTE É UM DOS MALES
DO MUNDO DE HOJE:
NÃO HÁ SUFICIENTES PAIS MAUS
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