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Artigos-->A FARRA DOS IMPOSTOS E OS DANÇARINOS -- 09/08/2007 - 10:12 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A FARRA DOS IMPOSTOS E OS DANÇARINOS



Em cinco meses, ou quase seis meses por ano é o tempo em que pagamos impostos embutidos, ou “escondidos” em cada mercadoria adquirida a duras penas. E pior de tudo: pagamos impostos para nada, porque não vemos melhorias sociais e materiais ao nosso redor. Além dessa gigantesca espoliação do cidadão brasileiro ainda somos obrigados a declarar e pagar – quando se ganha um pouquinho melhor – o imposto de renda pessoa física e quando temos um “ganha pão” o imposto pessoa jurídica. Ou seja: se formos micro ou médio empresário o governo torna-se nosso sócio quase que majoritário. Arre diacho! (no dizer do nordestino) esta é uma “República” das mais cruéis existente no planeta Terra. Este é o nosso “querido” Brasil, o qual parece não apreciar o “seu povo”, uma vez que fazem desse povo gato e sapato.

O mais interessante nessa história é que nossa República parece que foi proclamada ontem. Apesar de ter passado cento e dezoito anos os políticos ainda não encontraram o caminho das pedras. São iguais aos primeiros políticos da nova república sul americanos: querem sempre renovar o país às custas do sacrifício agora de quase duas centenas de milhões de pessoas. Os problemas são os mesmos de 1889. Tomam de assalto os cofres públicos com a diferença de que os “empresários” da época eram os fazendeiros cafeicultores, os quais financiavam publicamente os deputados para que redigissem leis que favorecessem os produtores de café. A dor de cabeça deles naquela época foi o surgimento de “Belo Monte”, mais conhecida como “Canudos”, a primeira sociedade socialista do mundo inteiro. Daí o ódio desenfreado dos “republicanos” corruptos aos canudenses e a degola sumária de quase trinta mil pessoas, entre elas velhos, mulheres e crianças. Ainda hoje turistas bem situados vão a Canudos rever o lugar onde sobrepujou a coragem do sertanejo e levam para casa um crânio como lembrança.

Os gaúchos fizeram uma passeata no dia 25 de maio último, protestando contra os 146 dias em que dedicamos todo o nosso trabalho e esforço profissional para pagarmos impostos “escondidos” nos valores das mercadorias consumidas ao longo do ano. Assim sendo, não se concebe um governo lutar contra a informalidade, quando ele mesmo estimula o trabalho informal. Qualquer indivíduo em sã consciência identifica a informalidade como uma fuga para não se pagar uma carga de impostos mui dignos do antigo Império Romano. É pura ficção a luta contra a informalidade e, diga-se ficção hipócrita, uma vez que não se mexe uma vírgula para estimular a formalização de um negócio qualquer, concedendo descontos e vantagens nas obrigações para com o governo além de não facilitar a abertura de uma empresa tal o embaraço, a enorme voragem burocrática e um sem fim de papelada e obrigações custosas e demoradas, quando a rapidez nos negócios na maioria dos casos é o melhor expediente profissional e uma das armas do candidato à formalização de seus negócios. Qualquer empresário sabe que um bom negócio exige rapidez para executar após uma decisão final bem avaliada. Em nosso país muitos negócios malogram em seu nascedouro diante da enorme burocracia e exigências inoportunas e o cidadão parte para a informalidade porque enxerga neste método uma enorme liberdade para negociar. Aí vem os fiscais e até a polícia em busca de notas fiscais.

A coragem de protestar contra essa “farra” de impostos do governo republicano foi mais uma vez ditado pelos gaúchos. O resto da população brasileira continua em letargia, ou em outros casos se rebolando e achando engraçado tudo isso, principalmente quando estão diante das câmeras da “Globo” e infelizmente onde a fome mais grassa: o velho nordeste. Basta dizer que um nordestino passa metade do ano dançando. Dança 40 dias no carnaval; dança nos reisados, dança nas festas juninas, dança em “boites” espalhadas pelo sertão. Dança, dança e dança e depois reclama da vida com cara de choro.

Ué! Continue dançando! Mas, sem reclamar!



Jeovah de Moura Nunes







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