E o fujão se ausenta de novo. Desta vez não foi por terçol.
Produzido pelo Ternuma Regional Brasília
Por Paulo Carvalho Espíndola, Cel Reformado.
Agora é o México o destino do “presidente” da República Federativa do Brasil. Refiro-me com desdouro ao título do maior mandatário do país, por vê-lo ter perdido a legitimidade de origem.
Afinal, ele foi eleito e reeleito com milhões de votos, mas, neste momento, parece ter perdido a legitimidade corrente, uma vez que não governa, omite-se em momentos cruciais da conjuntura nacional e trata de assuntos muito graves com uma retórica quase chula, de quem acha que a sociedade brasileira é composta de imbecis.
Lula, novamente, ausentou-se do Brasil, sob o pretexto de ir convidar os mexicanos a aderir ao Mercosul. Seria ele um estrategista, não fosse a total ignorância em Geopolítica demonstrada. O que tem o México a ver conosco, além de uma secular e serena coexistência diplomática, jamais ameaçada por fatores econômicos, políticos ou geográficos? Não me consta que México e Brasil têm grandes interesses comuns, a não ser o bolero que embala os casais de apaixonados dos dois países.
Lula, que não lidera nem os seus amigos e parentes - as denúncias de falcatruas de uns e outros estão aí, para não me desmentir -, continua a pretender ser um grande líder internacional, desta vez querendo ameaçar os laços amnióticos entre os Estados Unidos e a nação asteca. Pensa ele, “apedeuticamente”, que o Mercosul representa uma enorme intimidação ao “imperialismo ianque”. Para ele, o presidente mexicano iria impressionar-se com o “intelecto” de alguém que tem “menas” papas na língua e tino estratégico que mataria o grande Barão do Rio Branco de inveja. O venerável patrono da diplomacia brasileira morreria ainda mais de inveja se soubesse o que vai fazer Lula na próxima escala do avião “Air Force 51” na poderosa Honduras...
Enquanto isso, dois pobres cubanos, que fugiram durante o Pan Rio 2007 do “paraíso” fidelista, foram repatriados para a ditadura de Cuba em tempo recorde, o que contraria a própria lei brasileira, que lhes daria, não fosse a pressa do Ministério da Justiça e do chanceler Celso Amorim, trinta dias para os trâmites legais e para a defesa desses desafortunados.
Fidel Castro, segundo o “Diário Oficial” produzido pela Rede Globo, prontamente agradeceu pela lealdade do governo brasileiro e disse que iria dormir tranqüilo, “garantindo” que seus compatriotas teriam perdão. Quem viver contabilizará a quantidade de munição gasta no paredón desses homens, que, pelas palavras de Celso Amorim, “arrependeram-se” da deserção e “desejaram” ardentemente voltar para Cuba. Suicidas não são só eles. Infelizmente, somos todos nós que assistimos a tanta patifaria.
Em meio a tudo isso, o nosso novo eminente ministro da defesa apareceu fardado nos jornais televisivos. Grande lance publicitário!
Entretanto, no meu tempo de cadete, qualquer instrutor me daria pelo menos dois dias de punição, se eu me fardasse tão mal...
Espero que o desalinho desse fardamento não reflita o desempenho do ministro. Malgrado a desesperança, damos-lhe crédito.