Usina de Letras
Usina de Letras
15 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63211 )
Cartas ( 21349)
Contos (13300)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3248)
Ensaios - (10671)
Erótico (13591)
Frases (51729)
Humor (20173)
Infantil (5600)
Infanto Juvenil (4942)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141302)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1966)
Textos Religiosos/Sermões (6355)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Banco do Brasil ou Banco do Berzoini? -- 31/07/2007 - 11:37 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tentáculos no BB



Vicente Nunes e Ugo Braga

Correio Braziliense

15/7/2007



Dez funcionários do Banco do Brasil que foram promovidos contribuíram para eleição de Ricardo Berzoini à Câmara dos Deputados, conforme mostra cruzamento de dados do TSE com a folha da instituição



Presidente nacional do PT, o deputado Ricardo Berzoini (SP) está se fortalecendo no Banco do Brasil (BB), do qual é funcionário. Desde que seu partido chegou ao poder com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003, ele vem se esmerando para alavancar a carreira de vários companheiros-bancários como ele. Um grupo seleto (10 pessoas) conseguiu, com o prestígio do colega, subir de cargos pouco glamorosos para outros bem melhores. E devolveu a gentileza com doações à campanha que garantiu mais quatro anos a Berzoini na Câmara dos Deputados.



Os registros mandados pelo parlamentar à Justiça Eleitoral revelam que os amigos abriram a carteira e destinaram quase 10% de todo o salário do ano passado para financiar sua campanha política. É muita amizade. Curiosamente, conforme mostram dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cruzados com registros da folha de pessoal do Banco do Brasil, a maior parcela dos funcionários que doaram dinheiro ao comitê eleitoral do presidente do PT está lotada numa área estratégica: a assessoria jurídica do banco em São Paulo (Ajure), cuja responsabilidade é cobrar, na Justiça, dívidas de grandes empresas inadimplentes.



Nesse lugar, trabalham Edison Magnani, promovido da função de advogado para chefe-adjunto da assessoria. Ele contribuiu com R$ 9 mil à campanha de Berzoini em 2006. A também advogada Márcia Rocco de Castilho teve a mesma trajetória e hoje responde por uma chefia-adjunta da Ajure. Sua contribuição ao parlamentar: exatos R$ 9 mil. José Augusto Moreira de Carvalho, cuja doação também foi de R$ 9 mil, passou de advogado a supervisor jurídico do BB.



Dois outros funcionários da Ajure preferiram alçar outros vôos. Foram chefiar importantes postos do banco no interior paulista. Antonio Carlos Faustino foi alçado a gerente-geral do Núcleo Jurídico de Bauru — doou R$ 9 mil a Berzoini. Paulo César Guerche optou pela gerência-geral do Núcleo Jurídico de Ribeirão Preto, maior pólo produtor de álcool e açúcar do Brasil. Doação de Guerche a Berzoini: R$ 9 mil. O responsável por toda essa turma é Joaquim Portes de Cerqueira César, que saiu de chefe-adjunto para a chefia-geral da Ajure e aguarda, ansioso, com o apoio do amigo deputado, ser nomeado diretor jurídico do BB.



Tal promoção, ressalte-se, Cerqueira César aguarda há anos. No primeiro mandato de Lula, ele acabou preterido em favor do sobrinho, José Luís de Cerqueira César, escolhido por Berzoini para a vice-presidência de Tecnologia e Logística do BB, dona de um orçamento anual de R$ 1,2 bilhão. José Luís, conhecido por “Mexirica”, acabou deixando o cargo no ano passado, quando o então presidente do BB, Rossano Maranhão, afastou uma leva de petistas de postos estratégicos do BB.



Dois assessores de “Mexirica” acabaram entrando na onda de promoções. Éder Magnani saiu da área de tecnologia do BB para a gerência de Recursos Humanos da Cobra, empresa de informática controlada pelo banco. E só não ocupou o cargo de diretor por causa de uma ampla auditoria realizada na companhia, cujos resultados são mantidos em segredo até hoje e que resultou em seu afastamento. Mais modesto, Éder contribuiu com R$ 5 mil na campanha do ano passado. Roberto Luiz Berzoini, irmão do deputado e doador de R$ 5 mil, passou de técnico para gerente-executivo da área de logística, um cargo disputadíssimo, e sonha em se tornar diretor do setor.



A vice-presidência de Tecnologia e Logística, por sinal, tornou-se um alvo de Berzoini. Depois de brigar nos bastidores do governo, ele conseguiu emplacar, na última sexta-feira, José Luís Prola Salinas, para o cargo. Salinas era auditor-chefe do BB. Berzoini também não esqueceu Paulo Assunção de Souza, companheiro de longa data das brigas sindicais e colega de banco — o deputado é funcionário de carreira da instituição. Até o início deste ano, Souza foi o presidente da Brasilcap, subsidiária do BB para a área de capitalização, e doou R$ 10 mil ao amigo. O parlamentar recebeu ainda ajuda de R$ 9 mil de José Luiz Guimarães Júnior, que de advogado do BB passou a ser consultor jurídico da Previ, o poderoso fundo de pensão dos empregados do banco, e outros R$ 9 mil de Carlos Alberto Siciliano, que até junho deste ano atuava no departamento de recuperação de crédito de Brasília.



Quem analisa a lista de doadores de Berzoini espanta-se com o fato de sete dos 10 amigos ligados ao BB terem contribuído com a mesma quantia, R$ 9 mil, à campanha do deputado. Há duas explicações para isso. Em média, eles recebem R$ 120 mil por ano de salário. Como a lei prevê que pessoas físicas podem doar, no máximo, 10% da renda anual a campanhas eleitorais, eles ficaram próximo desse limite. Pura coincidência: qualquer contribuição acima de R$ 10 mil deve ser comunicada ao Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), órgão que combate a lavagem de dinheiro no Brasil.



Apesar de todas as doações à campanha de Berzoini serem públicas e legítimas — principalmente, pela proximidade dele com os doadores — o deputado se recusou a comentar o assunto. Nenhum dos doadores respondeu aos pedidos de entrevista feitos pelo Correio. Como os demais, o Banco do Brasil optou pelo silêncio.





***



Obs.: Apesar da denúncia, veja a "moral" (de cueca cagada) de Ricardo Berzoini, lendo o texto abaixo (F. Maier):





Berzoini: "Movimento ‘Cansei’ tem interesses políticos e é dissimulado"



Blog do Diego Casagrande - 30.07, 15h18



O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou nesta segunda-feira que a legenda não é obrigada a dar satisfações ao movimento ‘Cansei’, liderado por entidades como OAB e Lide (Grupo de Líderes Empresariais). Ele ainda fez acusações aos organizadores.



"Temos que ter tranqüilidade para não aceitar esse tipo de provocação e nem alavancar esse tipo de movimento cujo patrono deve ser ou Haddock Lobo ou Oscar Freire. Sabemos que a sociedade tem outras opiniões e não aceita esse tipo de movimento que é dissimulado e não assume sua característica partidária", declarou o dirigente petista. Berzoini avaliou que a tentativa do movimento é atingir Lula com o acidente da TAM.



Sobre os protestos "Fora Lula" que ocorreram em São Paulo, o deputado disse que foram injustos. "É direito das pessoas politicamente assumir opiniões. Eu acho as opiniões injustas, mas só a investigação profunda do acidente vai mostrar de fato o que aconteceu", concluiu o petista.







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui