(Solstício do Verão de 2005 - Pôr-do-Sol sobre Stonehenge)
SOLSTÍCIO
A partir do dia 21 de junho de 2007, por volta das15:00hs, o Sol entra no signo de câncer e, veste o céu com a cores frias.
O Inverno começa oficialmente nesta data para nós no Brasil e para todo hemisfério sul, conhecido como “inverno austral”.
Estaremos diante de mais um dia de um grande contraste, teremos no dia 21 a noite mais longa do ano e por conseqüência o dia mais curto do ano, e um novo ciclo solar vai iniciar-se.
A partir daí as noites longas começam a diminuir. Vagarosamente os dias começam a crescer até chegar o Equinócio de Primavera (equinócio vem do Latim e significa "noites iguais") em setembro, e continuam a crescer ainda mais até chegar ao seu ápice no dia mais longo do ano no Solstício de Verão.
Então a natureza continua seu ciclo e quem começa a crescer são as noites até que elas se igualam novamente no equinócio de outono. As noites começam a crescer até voltar novamente para o Solstício de inverno um ciclo perpétuo.
O dia do Solstício de inverno é quando a terra tem um de seus pólos mais afastados do Sol. Traduzindo: tem a máxima distância angular entre o Sol e o equador celeste da terra.
Como a terra está 23,5º os raios solares incidem mais obliquamente sobre a superfície terrestre, de forma que a incidência de calor é menor.
Essa é uma data mágica e sagrada porque envolve transformações do ciclo energético da natureza, que restabelecem a nossa ligação com os mistérios naturais e assim podermos utilizar o máximo da vida.
É quando compartilhamos a energia do Cosmos e reavivamos o nosso sentimento de unicidade com o Universo. Façamos como nossos ancestrais: vamos estreitar o contato com os ciclos da natureza e partilhar com ela essa força vital, manifestadas pela variação das estações. Vamos voltar a entender como elas influenciam as nossas vidas.
A morte e o renascimento do sol são os pontos chave mais importantes do ano cíclico. É hora de renovação e de dizer adeus ao que passou e dar boas vindas ao que vem, mesmo que nem saibamos o que é.
A luz do Sol se definha, devemos confiar em nossa própria luz interior e buscar nossas riquezas ocultas.
“Esqueça sua parte consciente e haja por instinto. Seus olhos podem enganá-lo, não confie neles. Explore suas sensações. Dê seu primeiro passo para um mundo mais amplo.” (Obi-Wan, filme Star Wars 1977, ensinando Luke Skywalker a manusear o sabre de luz com os olhos vendados).
O universo é perfeito, como está escrito no Cabalion (há mais de 4000 anos):
"Tudo que está em cima, está em baixo, o microcosmo é um reflexo do macrocosmo.“
E como tudo que há no macrocosmos tem seu correspondente no microcosmos, se abrir para compreender o Macro é muitas vezes o que você precisa para entender o micro, o seu mundo pessoal.
Assim como uma gota de água do mar não é o oceano, mas contém tudo o que forma oceano, em um grau infinitesimal, você também contém tudo que forma o Universo.
“Há 20 séculos, até ser destruído pelos romanos, o povo celta habitava a região compreendida pela Grã- Bretanha e a Gália. Entre as suas classes sociais, a de maior prestígio era a dos druidas, sacerdotes com elevados conhecimentos religiosos, astronômicos, jurídicos, médicos, alquímicos e astrológicos. Como autoridades máximas,eles presidiam várias celebrações, que eram efetuadas no campo, em altares circulares feitos de pedras. Stonehenge, na Inglaterra, é o exemplo que restou desse tipo de monumento.” (Sergio Mortari)
Imagina-se que ele foi projetado na idade do bronze para permitir a observação de fenômenos astronômicos como o Solstício de inverno.
Muitas pessoas vão até a Inglaterra visitar o monumento megalítico Stonehenge.
Na tradição druídica se comemorava inclusive, morte e renascimento, pois o Solstício representa o tempo em que podemos nos abrir para as forças de inspiração e concepção. Para eles, o ato simbólico do Sol estar abandonando a Terra enquanto a noite mais longa se aproxima, representa o auge da força Yin, com o máximo de seu potencial à ser explorado.
A vida é vasta e grandiosa, é impossível percebê-la apenas com os cinco sentidos.
Em Machu Picchu (Peru) existe uma pedra denominada Intihuatana, que marca um ponto de solstício. Esta palavra significa “o ponto de amarrar o Sol” para que ele não se afaste mais.
Diversas tradições comemoram a passagem de uma estação para outra com ritos, porque quando se aproxima de uma característica Astral voluntariamente as coisas fluem melhor.
Alguns povos acreditavam que no dia do Solstício, quando a Dama da noite chegava ela varria as impurezas, limpando, purificando e renovando a terra, por isso ela ficava mais preta e fértil.
Há mais de um século cientistas estudam a Terra Preta Arqueológica (TPA) e constataram a elevada fertilidade desses solos. Os antigos atribuíam a deusa da escuridão, tal fenômeno.
Essa é uma também, uma data muito importante no calendário Chinês, conhecida como dong zhi (chegada do Inverno) muito festejada, não penas para agradecer o ano que passou, como para homenagear o período que chega.
Para os egípcios, o Solstício de Inverno era a data que se comemorava o nascimento de Horus, filho de Isis a rainha o céu, deusa-mãe do Egito, e sua imagem era retirada de um santuário e exposta, numa espécie de presépio à adoração do povo.
Na tradição Wicca e Neopagã, essa data é conhecida como Yule, um festival realizado para ajudar a reencontrarmos esperanças, pedindo para que os deuses alimentem nossos corações e nos dêem forças para nos libertarmos das coisas antigas e desgastadas. Yule celebra a promessa da natureza em devolver calor à Terra, garantindo o crescimento da vegetação e a fertilidade.
Em um misto de religião com paganismo, surgiram as festas populares, festa que louva tanto São João Baptista como a chegada do solstício, já que segundo a Igreja Católica, São João, teria nascido em 24 de junho, noite destinada à folia até ao nascer do dia.
Com rituais adaptados, a festa Junina possui, por exemplo, o casamento caipira que arquetípicamente reverencia o culto a fertilidade.
Muitas vezes a noiva é “barrigudinha”, reverenciando a mãe que traz Luz
ao mundo enquanto a quadrilha é realizada para agradecer a boa colheita da roça.
A comida à base de milho, presente em quase todas as culturas representa a fertilidade e prosperidade, considerando sua origem, a semente. Em algumas culturas, como por exemplo, a mexicana, ele é considerado a expressão do sol.
No passado, havia a crença de que durante o solstício de inverno, almas do outro mundo
estavam soltas na terra (idéia que continua viva, no folclore de pequenas cidades). Pensava-se que essas almas vinham ao mundo para fazer o mal, e só a luz seria capaz de espantá-las. Sinos e bandeiras eram pendurados nas extremidades para que soassem quando algum espírito se aproximasse.
Comida, docinhos e lanternas eram pendurados para que os espíritos que gostassem da luz se aproximasse e comessem, ajudando a proteger as pessoas. Tudo permanecia iluminado durante a noite mais longa do ano.
Nas comemorações, fogueiras eram acesas para livrar as plantações dos espíritos maus que podiam impedir a fertilidade.
Desde o primórdio da humanidade, o fogo foi usado para ajudar a combater as trevas.
As danças à volta da fogueira simbolizavam a luz e o calor necessários à vida e uma forma
de cultuar a árvore que representa a resistência à morte, ao se transformar em cinza
voltando à terra. A fogueira deveria permanecer acesa até o amanhecer. Um pedaço do tronco era guardado nas casas durante todo o ano como proteção. Os pedaços eram usados para acender o fogo no próximo ano. As cinzas da madeira utilizada na fogueira eram misturadas à ração, para auxiliar na reprodução dos animais, e eram espargidas sobre os campos para assegurar uma nova vida e uma PRIMAVERA fértil. Essa prática ainda é considerada em algumas culturas nos dias de hoje.
Através de festas a humanidade vivencia as mudanças: o fim de um período e o início do outro, com todas as suas expectativas, com todo o seu potencial mágico e divino.
Quando os deuses abrem as portas que nos introduz a um ciclo luminoso, nós como almas somos reflexos de Deus e precisamos vivenciar isso.
Ao nos conectarmos com determinadas freqüências temos condições de nos libertar de padrões que nos aprisionam.
Lembrem-se: somos os únicos responsáveis por nossas escolhas!
"Lá longe existe um mundo vastíssimo, independentemente de nós, seres humanos, e que se apresenta para nós como um grande, eterno enigma, pelo menos parcialmente acessível à nossa inspeção e pensamento. A contemplação deste mundo acena para uma libertação." (Albert Einstein)
"Os planetas não regem o destino. As pessoas regem seus próprios destinos, e o fazem de maneira muito mais eficaz quando estão cientes de um ritmo Cósmico e Universal."