A reflexão lúcida das coisas faz chegar sempre a um concenso real das "coisas".
Não conseguimos "ver" sob o efeito do êxtase, em que nos colocamos, às vezes, pela simples razão de querermos nos iludir.
Interessante a ilusão "consentida".
Que carência oculta nos enreda para fantasiarmos cegamente as coisas que gostaríamos de viver?
Há na vida um paralelo para todas as situações:
Se as coisas são lineares, tratamos de bagunçá-las, não aceitando que tudo seja "reto"... não há graça. E, se tudo está em desordem, almejamos que esteja em paz.
É isto que dá um certo sabor à nossa existência: a procura de angústias, quando elas não se afiguram e a ânsia do bem-viver quando em conflito.
Tenho a sorte rara de me enfadar das coisas. Detesto rotinas.
É como forte enxaqueca, na sua fase mais aguda: dá uma vontade incinerante de perder os sentidos para fugir da dor. Mas, quando ela se vai, todo esse sentimento é substituído por um alívio grato.
Fico, então, feliz e me lembro sempre da frase dita pelo personagem de um filme: