Copio abaixo o que o valente Paraense Alamar Régis Carvalho escreveu, independente de Religião, sobre a legalização do aborto no Brasil . . Antes quero contar uma estória:
Um Brasileiro morreu e foi pro Inferno. Uma vez lá o Lucifer mostrou as dependências (todas horrorosas) mas uma delas, dirigidas por Brasileiros era uma enorme piscina de esgôto (seria um mar de lâma?) onde os recêm chegados eram jogados.
Aí o cara escolheu aquela dependência. O Lucifer, muito curioso pergunta por quê. E o cara diz:
No primeiro dia falta esgoto.
No dia seguinte o caminhão trazendo esgoto quebra.
No terceiro dia os encarregados do esgoto entram em greve.
E o Lucifer todo irritado grita: Chega!. . .
Vamos a leitura do que o Alamar escreveu que é muito boa:
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Argumentos insensatos a favor do aborto
Não estou fazendo jogo da Igreja Católica, não sou submisso a ela, apesar de respeitá-la como a todas as religiões, porque a questão do aborto não se restringe a interesses religiosos. É uma questão de vida, e a vida está muito além das conveniências religiosas. Portanto, peço aos aborteiros que não confundam os meus argumentos com discurso religioso.
As pessoas que são a favor do assassinato de crianças no ventre da mãe, utilizam-se de um argumento que, na ótica delas, é muito forte, para justificar a legalização desse hediondo crime no Brasil.
“Temos que legalizar o aborto no Brasil, para evitar que muitas mulheres continuem morrendo nas clínicas clandestinas, nas mãos de aborteiros desqualificados e despreparados que procedem a operação em ambientes anti-higiênicos, sem assepsia e sem os cuidados médicos elementares”.
Imaginando que essas pessoas sejam inteligentes, raciocinam e estão prontas e preparadas para o debate, eu gostaria de contra argumentar com elas, fazendo a primeira pergunta:
Quando uma determinada coisa é legalizada no Brasil, implica em que, necessariamente, nada seja praticado ilegal e criminosamente em relação àquela coisa.
A minha pergunta é pertinente porque, pela lógica delas, dá-se a impressão de que ao ser legalizado o aborto no Brasil todas as mulheres brasileiras que desejarem abortar, inclusive as pobres, terão tratamento digno, em clínicas muito bem equipadas, limpas, com médicos sempre a disposição e corpo de enfermagem a postos, sem problema nenhum.
É muito engraçada essa suposição delas, porque o Brasil inteiro sabe que os brasileiros pobres quando necessitam de atendimento médico travam lutas terríveis para conseguirem assistência, milhares de pessoas ficam, diariamente, madrugadas inteiras nas filas do SUS, muitas vezes em baixo de frio, a fim de conseguirem marcar consultas.
Será que as mulheres que desejarão abortar, depois da tal legalização, não enfrentarão fila nenhuma e terão tratamento em nível 5 estrelas?
Até mesmo as classes sociais que podem pagar um plano de saúde enfrentam problemas, pelas dificuldades de marcarem consultas, serem obrigadas a tirarem autorizações para fazerem determinados exames e outros processos burocráticos terríveis.
Mas para a mulher que desejar fazer aborto, depois de legalizado, obviamente, nada disto acontecerá?
Quer dizer então que quem precisar de uma operação de catarata, extração de pedras nos rins ou na vesícula, apendicite, ortopédicas e de qualquer outra especialidade médica vai continuar enfrentando as mesmas deficiências visíveis do sistema público de saúde brasileiro, precário e até desumano, mas mulher que precisará de aborto não, elas terão prioridade, só porque a coisa estará legalizada no País?
A fabricação de medicamentos é legal no Brasil, no entanto o fato desta legalização não impediu que os criminosos continuassem a agir e a indústria clandestina continua a fabricar remédios falsificados, que matam milhares de brasileiros.
Mas os aborteiros continuam a querer iludir o Brasil, achando que o fato de legalizar este crime, vai impedir que mulheres morram nas mãos de clandestinos.
Analisemos outros aspectos, meus amigos a minhas amigas:
No Brasil é legal a fabricação de cigarros, no entanto continua a circular pelo país o cigarro falsificado que faz mais mal que o “legítimo”.
É legal a fabricação de wisky, no entanto continua a existir wisky falsificado que faz mais mal que o “legítimo”.
É legal a fabricação de CDs e DVDs, no entanto existe uma máfia enorme de falsificação de CDs e DVDs, que prolifera no País inteiro, de Norte a Sul, e consta até que alimenta o crime organizado.
Emissoras de rádio e televisões são legais no Brasil, no entanto existem inúmeras rádios e televisões piratas.
Outro fato incontestável:
Um determinado tênis legítimo custa 300 reais, por exemplo. Mas a clandestinidade continua falsificando e cobrando apenas 50 reais por um que também calça o pé.
Um programa de computador legal, como o Windows, custa mais de 400 reais. No entanto, o fato de ter legalizado, não impede que exista o falsificado que é vendido em CD por apenas 10 reais.
Enfim, existem incontáveis coisas legalizadas no Brasil, mas todo mundo sabe que existem também essas mesmas coisas que são feitas na clandestinidade, sem qualidade, nas mãos de bandidos e sonegadores.
Agora, utilizemos a nossa inteligência e questionemos:
Por que somente o aborto, ao ser legalizado no Brasil, deixará de ter a sua prática feita por clandestinos, por despreparados e por ilegais?
Com ele legalizado os médicos vão cobrar, obviamente, pelas operações, do mesmo jeito que cobram por vários outros procedimentos cirúrgicos, como lipoaspiração, plásticas para aumentar seios, bundas, correções estéticas etc., em valores que não saem por menos de 3.000 reais.
Será que eles, os médicos, farão abortos de graça, só porque a prática estará legalizada no Brasil, para que não morra mais mulher nenhuma nas mãos de clandestinos?
Você acredita que, depois da tal legalização, toda mulher, principalmente as pobres terão três mil, quatro mil, cinco mil reais para pagar um médico e uma clínica segura?
Será que aquela senhora aborteira, que cobra cem reais, vai deixar de existir, só porque a coisa estará legalizada?
Ainda tem outro aspecto que eu gostaria de argumentar com esses defensores do assassinato das crianças no ventre das mães:
Será que deveríamos tornar legal, também, a venda da cocaína, da maconha e de todas as drogas por crianças em nosso país, sob a argumentação de que essa legalização tem que ser feita, pelo fato dos traficantes utilizarem crianças para passarem as drogas para as pessoas? Muitas dessas crianças são mortas, por diversos motivos: Quando dizem que não querem mais fazer aquele tipo de serviço, quando não prestam conta de todo o dinheiro, mesmo perdendo o dinheiro ou sendo assaltadas, quando dizem para alguém pra quem elas trabalham, etc...
Tem a solução para isto: basta legalizar a venda de drogas pelas crianças!
Tem sentido isto?????????
Existe outro problema no Brasil!
Alguns brasileiros que se servem para traficar drogas, engolindo a cocaína em saquinhos plásticos, conduzindo-os no estômago e nos intestinos, pra não serem pegos pela Polícia Federal. Acontece que vários deles morrem intoxicados quando um desses saquinhos rasgam.
Que pena destes pobres brasileiros. Tá vendo? Eles estão morrendo porque não legalizaram o tráfico de drogas. Temos que legalizar a droga para evitar essas mortes!!!
O governo poderia muito bem legalizar uma determinada quota de cocaína, para que brasileiros pudessem viajar legalmente, sem serem incomodados pela polícia federal nos aeroportos, conduzindo uma determinada quota, em quilos, para o exterior, não é verdade?
Isto evitaria muitas mortes.
Teria sentido?
Enfim, gente, este argumento aborteiro que diz que a legalização desse assassinato no Brasil vai impedir que mulheres morram na mão da ilegalidade é frágil, inconsistente, idiota e irracional.
Não tem o menor sentido porque as clínicas clandestinas continuarão a existir do mesmo jeito e, muito pelo contrário, vão surgir muito mais aborteiros desqualificados, porque aí muitas pessoas que gostariam de fazer esse servicinho pra ganhar 100 reais, mas não fazem hoje, com medo da polícia, vão querer entrar no negócio, porque não vão precisar mais de ter o medo, já que a coisa deixará de ser ilegal no Brasil.
Morrerão muito mais mulheres.
Peço que vocês raciocinem, tenham bom senso e libertem-se de sentimentos tão cruéis, senhores aborteiros.
Sei que existe muita ignorância na maioria das criaturas, sobretudo em relação ao micro e ao macro, porque está fora da capacidade de raciocinar de muita gente.
Por incrível que pareça, vivemos em um mundo onde ainda há quem acredite que a Terra é o centro do Universo, que as estrelas são simplesmente luzinhas para iluminar as noites do nosso insignificante Planetinha, conforme ensinam as religiões tradicionais, desconhecendo totalmente o que vem a significar as palavras “galáxias”, “anos luz”, “macro cosmo” etc...
Esta mesma ignorância, que desconhece o macro, desconhece também o micro, sem a menor condição de dimensionar nada.
É aquela história do “só acredito naquilo que eu posso ver e pegar”.
Daí muita gente ainda afirmar que uma criança em dimensão micro não é gente, não tem sentimentos, não tem vida e, enfim, não significa nada, portanto, pode ser assassinada, do mesmo jeito que matamos uma pequenina pulga ou um mosquitinho.
Essa cegueira cultural e carência de conhecimentos gera uma incapacidade de saber que um feto com quatro semanas de vida já tem DNA com tudo registrado, cor de olhos definida, cor de cabelos, coração pulsando, cor da pele e toda a programação de um ser humano.
E aí esses defensores do assassinato dos fetos são colocados em cheque-mate, a partir do momento em que, nos seus orgulhos, querem afirmar que não são ignorantes, não são analfabetos nestas questões que apontamos, que têm conhecimentos, culturas e até níveis superiores, implicitamente se auto denunciando, por conseqüência, como pessoas frias, cruéis, egoístas, covardes e assassinas mesmo.
Claro. Se tem conhecimento e fazem o mal, sabendo o que estão fazendo, são mais culpados ainda, mais criminosos e sem vergonha ainda.
Mas vamos considerar, também, outros argumentos utilizados pelos defensores do aborto:
Temos que lutar pelo “Direito que a mulher tem ao seu próprio corpo”.
Acontece que o corpo da criança não é o corpo da mãe. É preciso que todos atentemos para isto. Identifica-se aí, mais uma vez, o quanto algumas pessoas são ignorantes. É daí que vem a estúpida idéia de que retirar um feto é como se fosse retirar uma pelezinha, uma espinha, uma verruga ou algo estranho que surge em nosso corpo, como pedras dos rins ou da vesícula etc.
Portanto, ter direito ao seu corpo é uma coisa, ter direito ao corpo do filho é outra.
A inconseqüência de um deputado da Bahia
Consta que um deputado da Bahia, chamado Marcelino Galo, que é presidente do PT daquele Estado, move um processo para expulsar do partido o também Deputado Luiz Carlos Bassuma, também do PT, pelo fato deste estar lutando a favor da vida, ser contra o aborto, dar entrevistas em jornais contra a legalização do aborto e presidir uma comissão nacional em defesa da vida, sob a argumentação de que o Bassuma está contrariando a posição do partido o que, segundo o Marcelino Galo, deixa bem claro que o PT é a favor do aborto, ou seja, endossa a idéia de assassinar crianças no ventre da mãe.
Vejam bem: Não sou contra o PT nem contra partido nenhum, da mesma forma que não sou a favor de nenhum deles. Quem identifica esta posição do seu partido é um seu próprio presidente estadual, no caso o da Bahia, não eu.
Mas o que quero enfocar aqui é o rigor, a pressão e a prepotência desse deputado em relação ao seu colega Luiz Bassuma, que é um homem da mais alta dignidade, caráter, moral, decência, honestidade, bons princípios e valores espirituais não muito comuns no meio político, por uma “grave delito” que ele está cometendo: Lutar pela vida.
Desculpem-me, por favor, ter que usar o meu estilo: mas será que um sem vergonha de um deputado desse utilizou-se do mesmo rigor, da mesma prepotência e da mesma energia que está agora usando contra o Bassuma, em relação a outros elementos do mesmo PT, nos recentes escândalos mostrados no Brasil inteiro nos últimos tempos, como os Delúbios, os Silvinhos, os portadores dos dólares da cueca e vários outros que comprovadamente estiveram envolvidos nas mais sórdidas safadezas da política brasileira, junto com outros canalhas de outros partidos?
Será que esse deputado pensa que todo mundo é besta, neste País?
Esta atitude identifica o quanto audaciosos são aqueles que, por natureza, são frios e insensíveis em relação à vida. Quem não tem compromisso com a vida, implicitamente não tem também com a moralidade, decência, dignidade e amor, por isto que ele utiliza-se de tanto rigor contra o Luiz Bassuma que, em vez de se enriquecer com a política, levar vantagens com o mandato de deputado federal, envolver-se nas mais sórdidas estratégias de levar vantagem como muitos políticos fazem, prefere manter-se íntegro na decência e na coerência humana, lutando apenas para que não assassinem inocentes.
E, para concluir, quero sugerir ao defensor ou defensora do aborto, que veja este filme aqui que tenho no site do meu projeto, chamado “O Grito Silencioso”, bem como o outro filme que vem logo a seguir, quando, observamos a luta desesperada do bebê contra os ferros e os sugadores covardes dos aborteiros, pulando de um lado para outro no ventre materno, pedindo socorro sem que ninguém o escute: Clique aqui para ver o filme.
Depois de ver o filme, responda com toda sinceridade e honestidade:
Se fosse você, que estivesse no ventre da sua mãe, gostaria que alguém fizesse aquilo contigo, arrancando os seus braços, pernas, cabeça e estraçalhando todo o seu corpo, para depois jogar os seus restos mortais, friamente, numa lata de lixo?
Lutemos todos pela vida, sem demagogia, sem hipocrisia e sem falso moralismo. Repito que não estou fazendo nenhum discurso igrejeiro, porque a questão do aborto não se resume a interesses apenas da Igreja Católica e sim a direitos humanos.
Tomemos juízo, Brasil, e não deixemos que esta mancha moral marque com sangue a nossa história porque, certamente, as conseqüência espirituais para a nossa Nação serão terríveis.