Em audiência na Câmara dos Deputados, ontem, dia 11/04, o ministro da Defesa, Waldir Pires, acolitado pelo comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, afirmou que o atual caos aéreo provocado pelos controladores de vôo "é comum em países em desenvolvimento", pois "há falta de recursos humanos e equipamentos".
Numa tautologia típica do mundo petista, em rodeios sem fim e paparicação do presidente Lula, Pires falou muita coisa, só não disse o que todo o Brasil queria ouvir: o que o governo está fazendo, no momento, para resolver de vez o problema de pessoal e de equipamentos no setor aéreo.
O mais grave, porém, foi o buldogue de Lula defender o presidente, no episódio em que este desautorizou o comando da Aeronáutica de cumprir a lei, ou seja, de colocar os militares amotinados na cadeia. Segundo Pires, o presidente pode fazer isso porque "é a voz mais importante do país". Como os índios, os loucos e as crianças, mais uma vez o País chegou à conclusão de que Lula é inimputável.
Com esse puxa-saquismo - palavra chula utilizada por Lula para dizer a Franklin Martins, futuro diretor da "TV Lula", que "não gosta de puxa-sacos", quando na verdade os adora, pois Boris Casoy está aí para provar -, com esse puxa-saquismo descarado, o ministro do Apagão Aéreo está confirmado no posto, apesar da situação infernal que continua nos aeroportos do País. Prova de que a "rotina" do caos aéreo, julgada "normal" por Pires, ainda vai durar muitos anos.