000099>As autoridades policiais, os investigadores, os funcionários judiciais, os advogados, os juízes e a extemporânea comunicação social que intervieram ou se envolveram nos escândalos que rodearam os nomes de Fátima Felgueiras, Isaltino de Morais, Paulo Pedroso, Pinto da Costa e Valentim Loureiro - citando apenas alguns dos casos que mais brado deram - terão estado em muito péssimo ângulo de análise, de sensatez e de acção.
O exemplo que emanou, emana e emanará de toda a esconsa ambiência que decorreu e ainda decorre, implantou a dúvida e a desconfiança em toda a opinião pública, a ponto de assuntos gravíssimos e assaz sérios serem considerados sob a lupa do ridículo, do achincalho populista e do descrédito decepcionante. Hoje ninguém acredita, aplique-se a reabilitação que se aplicar a cada caso, que os arguídos de tanta coisa não sejam culpados de coisa alguma. A conspurcação despoletada atingiu tal desmesura que chegou mesmo à mais alta estância do Estado, colocando sob confusa suspeição o ex-Presidente da República Jorge Sampaio.
Dentre os mentores de tão sórdidos procedimentos e processos, inequívocas e sub reptícias alavancas de tamanha escandaleira, ainda sequer um só surgiu à luz do conhecimento. A nefasta táctica da calúnia - todos os arguídos a proclamam - continua imune e impune a gerar a suspeita e a dúvida sobre as mais lídimas instituíções do país. Chegou agora a vez de se estender o oleoso tapete ao Primeiro-Ministro, mais uma engenhoca-engenhoqueira que mexe e faz remexer em toneladas de papel e esbanja milhares de pipas de saliva.
Se com peremptório efeito não houver quem tenazmente se imponha e extinga de uma vez por todas semelhante lixo, nunca mais Portugal e os portugueses se libertarão da crise que já toda a gente conhece mas ninguém ousa colocar-lhe radical termo. A avestruz não tem mais pescoço para mais enterrar ainda a cabeça.
« - Pai perdoai-lhes: eles não sabem o que fazem...». E ressuscitou! |