O presidente venezuelano Hugo Chávez anunciou em janeiro que usaria a educação popular no seu país como um dos cinco motores da "revolução socialista". O projeto começa a ganhar força e preocupa educadores e pais venezuelanos.
“Desde o início do ano, Chávez ameaça usar as escolas e universidades para impor o ‘socialismo do século XXI’ e os venezuelanos estão se mobilizando para evitar isso”, disse o presidente da Federação de Professores venezuelanos, Orlando Alzuru, que está fazendo campanha contra o projeto de lei de Chávez que já está na Assembléia Nacional.
Além de pressionar os parlamentares venezuelanos para aprovação da lei, Chávez nomeou o irmão para a pasta de Educação e Esportes, criou um conselho presidencial para supervisionar a difusão da doutrina socialista no ensino e ameaçou estatizar a Universidade Fermín Toro, para calar os estudantes e professores que protestam. O coordenador da Associação de Educadores Bolivarianos,Orlando Pérez, é ex-embaixador de Cuba e sugeriu a proibição do ensino privado na Venezuela.
O governo venezuelano alega que já conseguiu recrutar e treinar 10.389 voluntários que deverão visitar instituições públicas, associações e escolas nos rincões mais distantes da Venezuela para difundir e zelar pelo “socialismo do século XXI”.
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Obs.: No Brasil, o ensino socialista está presente em todos os níves, da pré-escola à universidade. Há colégios que até inventaram o "porno-marxismo", como o Pentágono (Leia em Usina de Letras o contundente artigo "Colégio Pentágono: escola porno-marxista") - F. M.