A vida tem sido uma luta desde o seu início, desde o alvorecer dos tempos.
Lutamos pela sobrevivência, lutamos para encontrar “o caminho”, lutamos para aprender a viver.
As pessoas, individualmente ou em grupos, sempre lutaram. Várias foram e são as formas de enfrentarmos aquilo que parece nos ameaçar, ou para alcançar o que procuramos incessantemente: o nosso objetivo de viver.
A própria natureza faz a seleção em todas as suas espécies. E o ser humano é uma delas. Com um diferencial: pela capacidade intelectual do homem ele cria as suas armas de defesa, que também são as de ataque.
E com a necessidade de se defender criou-se a “desculpa” para se atacar, seja em benefício próprio ou não, a verdade é que, acompanhando a história da humanidade, o ser humano vive em constante peleja contra tudo aquilo que lhe pareça indesejável, perigoso, nocivo, ou o objeto de seu desejo.
Ainda contamos com a rivalidade pacífica ou não, o instinto de conservação ou de supremacia, qualquer delas é a razão para a disputa. Sintetizando, todos lutam para ter o PODER! Ter mais, ser mais, impor, dominar, e assim por diante.
As invenções, que a mente humana engendrou, são armas, e entre elas está aquela que coloca o homem em um degrau acima dos outros animais: a Palavra! Escrita, falada, ou insinuada, e muitas são as formas para que ela seja emitida: por fotos, desenhos, ou outro símbolo que a tecnologia criou para a intercomunicação entre os homens. A mensagem não precisa de palavras para ser enviada e reconhecida, recebida. Chegamos a tão alto grau de comunicação que uma cor, um traço, ou um som bastam para que até uma criança compreenda de que se trata. Esta é a linguagem da propaganda, que acompanha praticamente todos os produtos de consumo, incentivando, arregimentando o povo, adultos ou crianças, ricos ou pobres atraídos pela nova maneira de viver, desde a alimentação, a vestimenta, o corte de cabelo, e todo o seu comportamento. E isto deixa-nos temerosos pois, estamos vendo que as gerações estão ficando robotizadas, o mesmo que dizer: escravizadas, consciente ou inconscientemente.
Com relação à palavra, quer oral ou escrita, esta, se usada com bom senso, com os valores reais, com dignidade, como símbolo de verdadeiro pensamento ou sentimento, é como a gota d’água sobre a rocha. Sempre deixará sua marca, sua presença, sua utilidade.
Mas, pode ser um petardo se pronunciada por um alienador do que é direito, causar uma destruição, confundir os desprevenidos, convencer os mais puros ou inocentes, embaralhar as idéias, e, mesmo sendo enganosa, falsa, interesseira, distorcendo em favor dos seus interesses, mascarando a realidade, fazer coroar um rei de mentira, um tirano travestido de salvador. Assim tem sido o mundo em que vivemos, com as duas faces do homem.
E também tem sido a palavra esclarecedora dos grandes pensadores desde a antiguidade, pronunciada ou impressa, alertando sobre os abusos, mostrando, além dos deveres de cada um os direitos que pertence a todos igualmente.
A literatura está aí, vencendo os séculos, quer em versos ou em prosa, denunciando,
exemplificando, elucidando, fazendo o homem pensar mais por si próprio, ter consciência crítica com aquilo que lê, ouve, ou vê.
Quem sabe, amadurecendo com tantos desenganos, o ser humano procure a sua realidade dentro de suas possibilidades, acreditando nas suas capacidades, e tenha a coragem de se esquivar de buscar um mundo de ilusão, cheio de compromissos que vão lhe tirando a esperança, gerando a insatisfação, apagando a sua alegria, fazendo com que se esqueça de que está vivo, de que a vida é amor, e acima de tudo não esquecer de que “Tudo é força, só DEUS é Poder!"