Sabe-se lá porquê. Não os conhecemos de lado algum. Na Internet, no que a escrever concerne, há sempre quem queira emporcalhar e rebaixar as páginas de outrem.
Desta feita, publico um trabalho sobre Fernando Pessoa, e vem um tal Fernando Cunha Lima, armado em conselheiro-mor, chamar-me "iniciado". Para não dar azo a trapalhadas, silenciei-me e respondi-lhe com um correcto poemeto-quadreto: "A razão e a razão".
Logo adiante insiro um decentíssimo erótico com efeitos movimentados e de novo o "poeta excepcional" (lá no site há muitos "excepcionais") volta à carga, mas desta vez, para ver se as coisas acalmam com prudente inteligência, sobre um texto dele com o título "A bailarina e o palhaço", apresentei a seguinte réplica (os versos a azul são do excepcional). Como ele queria algo profundo, dei-lhe pois com mais profundo ainda. Pode ser que a excepcionalidade sinta o alcance no céu da boca.
Visitando um excepcional poeta...
DEVOLUÇÃO AO DOMÍCILIO
Mais Profundo Ainda
Pró Palhaço
"000099>Mas se é sobre o poeta Fernando.
Que o iniciante está falando.
É bom se esforçar, ser mais profundo..."
Mas não será nunca a imposto mando
que me deixo ir na onda mergulhando
ou que qualquer me mete ao fundo.
Prá bailarina
Como sou pessoa e não sou bicho,
adoro tudo-tudo a lume brando
e se o inopinado me surge errando
Como só deito ao lixo o que é lixo
o que não gosto devolvido mando:
"000099>Que nome tenha manda para cá, fernando."...
Sob os ditâmes da genuína elegância portuguesa
António Torre da Guia
Porto - Portugal
PS = Esta é uma das tais graças que eu considero engraçadíssima. Até pareçe que nasceu em graça produzida por progenitores engraçados...