Na prática pedagógica rotineira, muito embora coexista uma posição cres-cente no sentido de ampliar a participação criativa dos alunos, o que mais se tem notado é um acúmulo de conhecimentos, muitas vezes estéreis, e pouca ou nenhuma ênfase à reflexão, ao espírito crítico e à capacidade de raciocínio.
Em todos os níveis escolares – do primário ao universitário -, os alunos são fustigados a “aprender” modelos e respostas pré-formulados pelas autoridades de ensino e a aprovação depende necessariamente da repetição mecânica e in-contestável de tais premissas.
Ao se “ensinar” de tudo (menos a pensar), não é raro que o melhor aluno seja aquele que possui uma excelente capacidade de memorização; pois, neste tipo de abordagem, prioriza-se a memória em detrimento da capacidade inte-lectual. E, assim, em situações completamente novas e/ou inusitadas, onde uma espécie de banco de dados cerebral tem pouco ou nenhum valor, o nosso bri-lhante aluno torna-se um profissional medíocre; principalmente, porque estas situações inovadoras fazem parte do dia-a-dia de qualquer profissão e exigem, acima de tudo, a capacidade de buscar novas soluções e de equacionamento dos problemas. Em uma palavra: pensar.
Adentrando ao terceiro milênio, aonde os desafios na física, na engenharia genética, nas comunicações e informações, além de outras, constroem um ar-cabouço inimaginável de novas situações, qual seria o tipo ideal de educação? Uma que ensine a pensar, refletir e criar; ou uma outra que se limite a ensinar a repetir?