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Artigos-->O Purgatório -- 12/12/2006 - 09:15 (anderson jose de aguilar) |
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Purgatório
A noite revela o véu do negrume
e a luz do sol tosta o corpo nu e sujo.
Com olhos esbugalhados e sem ver,
tropeça e cai pelo peso do pecado.
A chama do fogo eterno e amaldiçoado
dilacera as entranhas da carne imunda,
apodrecendo o sangue nos rios do corpo,
ao som do lamento sombrio e doloroso.
O pensamento, como flecha de aço quente,
penetra com dor alucinante, disparada pelo
remorso tardio. A mente corroída pela dor,
esfacela o coração que sangra na ferida.
Arrependido desde então o miserável,
e preso na masmorra da alma putrefata,
graça do pacto feito no reino das trevas,
vive a vida não prometida mas escolhida.
Desse modo, o que se chamou homem,
e trocou o paraíso herdado do criador,
por juras de recompensa nunca cumprida,
pena no purgatório pelo erro que encantou.
20/09/2005 Anderson Aguilar
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