A bem da verdade, a oposição se faz imprescindível em qualquer regime democrático. Uma das funções do Parlamento, aliás, é a de fiscalizar os atos do Executivo. Não tem sentido, portanto, solicitar apoio de partidos. Não me parece sensato. O apoio ao governante, no meu entendimento, é questão implícita, é voto de confiança. A oposição, no entanto, não deve, apenas por isso, calar-se diante de projetos ou ações de governo que entendam prejudicial ao bem-estar da população. Muito menos, afastar-se dos princípios éticos e morais que devem permear as ações dos agentes públicos, ocupante de cargos, funções ou mandatos eletivos.
Não se pode pretender que as forças políticas que compõem o Parlamento, declinem do dever de apresentar críticas e sugestões em relação aos rumos, diretrizes e projetos preconizados pelo governo Central. Não faz sentido, portanto, as manifestações ruidosas de presidentes e lideranças partidárias, ditas de oposição, visando aliar-se às pretensões do presidente, em nome de uma suposta agenda de desenvolvimento sustentado. Se assim vier a ser, estaremos praticando uma espécie de ditadura consentida. A troco de quê? Em favor de quem? Ao trabalho, Senhor Presidente. Bons projetos e honestidade de propósitos são mais do que suficientes para garantir a governabilidade e a verdadeira coalizão, que resulta, necessariamente, da aliança e da confiança do povo brasileiro.