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Artigos-->Ditadura e Censura, Nunca Mais! -- 09/11/2006 - 10:06 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Ditadura e Censura, Nunca Mais!



Edição de Artigos de Domingo do Alerta Total http://alertatotal.blogspot.com

Domingo, Novembro 05, 2006



Por Jorge Serrão (*)



O Partido dos Trabalhadores não tem um projeto para o Brasil – baseado na soberania, na autodeterminação e na paz social. Os demais partidos têm o mesmo defeito do PT. O negócio deles são os projetos de poder. Aliás, de negócios eles sabem tudo. Principalmente os petistas. O jeito billgateano do próspero empresário Lulinha é um belo exemplo de empreendedorismo político. O pai dele tem mais quatro anos de gestão (ou falta dela). É Lula de Novo, com a culpa do povo. Mas não da maioria, felizmente.



O nome dele rejeitado por exatos 67.617.893 cidadãos, que corresponde a 53,70% dos eleitores. Ele obteve 46,3% do total de votos das 125.913.479 pessoas aptas a votar. Politicamente, o País está dividido. Machado nele! “Ao vencedor, as batatas”. Podres e quentes. O primeiro governo Lula continuará sub judice (sofrendo julgamento por uma lista enorme de escândalos). O segundo mandato vai se ocupar de tentar consertar o muito que se fez de errado no primeiro. E quem administra problema vive condenado a nunca arranjar solução. É a praga da história.



Lula tem quatro prioridades imediatas. Primeiro, correr atrás de todas as forças políticas para barrar qualquer oposição mais radical ao seu governo. Cooptar é o verbo a ser conjugado por ele. Segundo, acelerar as negociações com os partidos aliados para desmontar o PT e iniciar a montagem do que seus ideólogos chamam de “reforma política”. Lula não vai reformar nada. Apenas promoverá um rearranjo das forças, em novos partidos, em torno do seu governo, de preferência.



Terceiro, negociar, nos bastidores, com o Judiciário, para evitar surpresas nos julgamentos de casos como o Mensalão e do dossiê dos Aloprados. Tantos casos poderiam lhe render um processo de impeachment. Quarto, blindar-se internacionalmente. Lula terá de negociar, depressa, um dificílimo pacto de não agressão e tolerância com os Estados Unidos. E terá de anular “aliados” latino-americanos como Hugo Chávez. Do contrário, o venezuelano ficará com o comando das forças políticas “de esquerda” na região.



Se sobrar um tempinho, depois de apagar tantos incêndios (sem ser bombeiro), Lula tentará governar. Aí retoma-se o dilema: Que representatividade moral pode ter Lula para se apresentar como presidente reeleito de todos os brasileiros? Na semana que passou, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), fez o comentário mais duro sobre a reeleição de Lula: “Respeito humildemente o resultado das urnas, mas não sou demagoga. Não vou dizer que respeito qualquer resultado eleitoral, porque não respeito. Respeito o resultado das urnas. Eu perdi, fui derrotada Não sou demagoga a ponto de dizer que qualquer decisão do povo é sábia e soberana. Conversa!”.



“Heloísa Helena pega ainda mais pesado com seu ex-companheiro: “Do mesmo modo como várias vezes fiz considerações em relação às outras candidaturas, cheguei à conclusão dolorosa – que não vai me tirar a esperança – e triste – que não vai tirar minha capacidade de luta – de que, seu eu tivesse passado oito anos roubando aqui no Congresso Nacional, sendo cúmplice da roubalheira do Presidente Lula, sendo base de bajulação do Governo passado ou chafurdando na pocilga com os porcos da política, teria tido mais chance de ser eleita. Realmente fico impressionada! Cheguei à conclusão de que se eu tivesse passado oito anos roubando no Congresso Nacional, como muitos roubam, como o Presidente da República rouba, com certeza a vida seria muito melhor”.



A geleira dos números eleitorais congela o forjado clima de consagração psicológica de poder dada ao presidente pelos seus marketeiros. A sorte de Lula é que, da classe política, ele não sofrerá oposição objetiva, programática, consistente ou sistemática. O petista poderá reinar. Mas sem os poderes absolutos que pensa que tem. Do contrário, sua monarquia pode redundar em anarquia. É tudo que alguns oportunistas e golpistas (dentro do próprio governo) querem – o que não é bom para o Brasil.



Ditadura, nunca mais! Muito menos a dita-dura de petistas que se arvoram no direito divino de atentar contra a imprensa e a liberdade de expressão. Lula montou um grupo de trabalho apenas para analisar o que é publicado a favor e contra Lula ou seu governo. O objetivo é dar prontas respostas, e anular quem faz críticas indevidas. Tal modalidade de “censura” é caracterizada por alguns pontos. É aplicada por agente da administração pública. Tem caráter incontrastável. Não admite recurso, defesa ou contraditório. É baseada em critérios vagos como a ordem moral e política. Ao usar o aparelho repressivo do Estado para praticar a censura, mesmo com as melhores das intenções, o governo implode a Constituição. E deve ser legalmente responsabilizado por tal crime.



A tentativa de implantar um controle da mídia, através da chamada e pretensa “Democratização dos Meios de Comunicação”, corre o risco de criar um monstro ainda maior e perigoso para a cidadania. Alguns ideólogos do PT acham que podem reeditar o modelo do ditador Getúlio Vargas, recriando um Departamento de Imprensa e Propaganda com cara de bonzinho e cheio de bilhões de reais das estatais para distribuir para a mídia amestrada e a que pretende criar e adestrar, conforme seus valores “revolucionários”. O nome disto é: Di-ta-du-ra! E sem militar. Neste caso, quem milita são militantes – ou meliantes, dependendo do caso e da ocasião. Quase todos armados, amados ou não.



Lula não foi reeleito para agir ditatorialmente. A maioria que não o elegeu vai exigir dele uma postura de respeito aos brasileiros. Lula deveria saber que a história é implacável com os títeres, sobretudo com aqueles que se tornam déspotas e inimigos da liberdade de expressão. A lição histórica é clara: Quem imprensa a imprensa um dia também acaba imprensado. Se Lula, que nunca sabe de nada, não sabe disto é bom começar a ir aprendendo.





(*) Jorge Serrão, jornalista radialista e publicitário, é Editor-chefe do blog e podcast Alerta Total. Especialista em Política, Economia, Administração Pública e Assuntos Estratégicos. http://alertatotal.blogspot.com e http://podcast.br.inter.net/podcast/alertatotal



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