LEGENDAS
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral )
(
! )-
Texto com Comentários
Artigos-->A Era das Incertezas -- 31/10/2006 - 00:18 (Sandra Freitas)
Um desabafo...A Era das IncertezasNas ruas tudo voltou ao normal. Onde antes se via grupos empunhando bandeiras e adesivos vê-se hoje apenas o mendigos de sempre... Acabado o fogo das campanhas as pessoas caminham com passos acelerados para o trabalho (ou à procura dele), os jovens para a escola. No coração a incerteza: O que será do Brasil? A fisionomia de muitos fez-me lembrar uma musica de Chico Buarque (uma das pouquíssimas que gosto):
A Banda Estava à toa na vida O meu amor me chamou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor A minha gente sofrida Despediu-se da dor Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor O homem sério que contava dinheiro parou O faroleiro que contava vantagem parou A namorada que contava as estrelas parou Para ver, ouvir e dar passagem A moça triste que vivia calada sorriu A rosa triste que vivia fechada se abriu E a meninada toda se assanhou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor Estava à toa na vida O meu amor me chamou Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor A minha gente sofrida Despediu-se da dor Pra ver a banda passar Cantando coisas de amor O velho fraco se esqueceu do cansaço e pensou Que ainda era moço pra sair no terraço e dançou A moça feia debruçou na janela Pensando que a banda tocava pra ela A marcha alegre se espalhou na avenida e insistiu A lua cheia que vivia escondida surgiu Minha cidade toda se enfeitou Pra ver a banda passar cantando coisas de amor Mas para meu desencanto O que era doce acabou Tudo tomou seu lugar Depois que a banda passou E cada qual no seu canto Em cada canto uma dor Depois da banda passar Cantando coisas de amor Depois da banda passar Cantando coisas de amor...Sandra L. Felix de Freitas Campo Grande, MS - 30/10/2006