Informo que acaba de ser atualizado no Mídia Sem Máscara a documentação oficial do Foro de São Paulo, a primeira entidade inexistente - segundo o Excelentíssimo sr Presidente Lula - a emitir resoluções e acordos.
Leia antes que a censura - que dizem que só existia nos tempos da ditadura - liquidar!
http://www.midiasemmascara.com.br/links.php?
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Heitor de Paola
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BREVE HISTÓRICO DO FORO DE SÃO PAULO
O Foro de São Paulo se constituiu em 1990 quando o Partido dos Trabalhadores (PT-Brasil) convocou outros partidos da América Latina e Caribe com o objetivo de debater a nova conjuntura internacional pós-queda do Muro de Berlim e as conseqüências da implantação de políticas neoliberais pela maioria dos governos da região. Nesse sentido, a proposta principal foi discutir uma alternativa popular e democrática ao neoliberalismo, que estava entrando na fase de ampla implementação mundial.
O primeiro encontro foi na cidade de São Paulo, em julho de 1990, e conseguiu reunir 48 partidos e organizações que representavam diversas experiências e matrizes político-ideológicas de todo o continente latino-americano e Caribe. Foi por isso que, no Encontro seguinte na Cidade do México (1991), consagrou-se o nome "Foro de São Paulo".
No II Encontro surgiu também a idéia de trabalhar por uma maior integração continental através do intercâmbio de experiências, discussão das diferenças e busca de consenso para as ações das esquerdas no continente. Os Encontros de Manágua (1992), Havana (1993), Montevidéu (1995), San Salvador (1996), Porto Alegre (Brasil - 1997), México (1998), Manágua (2000), Havana (2001) e Antigua (Guatemala - 2002) reafirmaram a vontade política de continuar esta trajetória de diálogo entre as diversas tradições de esquerda. Os balanços políticos, ano após ano, mostram a crescente influência dos partidos do Foro de São Paulo na América Latina.
Até agora, a trajetória do Foro de São Paulo mostrou que é possível construir novos caminhos internacionalistas. O objetivo principal - a busca de um modelo alternativo de desenvolvimento com justiça social - continua como centro das reuniões. Os esforços nessa direção já geraram uma trama de relações onde o intercâmbio entre pessoas e idéias se mostra cada vez mais rico e proveitoso.
O Foro de São Paulo mantém da mesma forma relações respeitosas com outras iniciativas que aglutinam partidos políticos latino-americanos e caribenhos, como é a Conferência Permanente de Partidos Políticos de América Latina (COPPPAL), a Coordenação Socialista Latino-americano (CSL) e o Comitê da Internacional Socialista para América Latina e Caribe (SICLAC).
Além disso, o Foro de São Paulo mantém uma forte interlocução com os representantes dos movimentos e organizações sociais do continente, que tem por objetivos a construção de agendas e ações comuns.
É um exemplo de diplomacia para a cidadania.
Obs.: Leia, também, de minha autoria, "Foro de São Paulo: um onagro que não ousa dizer seu nome" (http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=3925) (Félix Maier).