Acabo de receber, através de uma amiga, esta sua mensagem em que o sr. se mostra "feliz como um pinto no lixo" e sua expressão não podia ser mais adequada, tendo em conta que é onde exatamente o sr. está se refestelando e sendo louvado: o lixo comunista.
Sua alegria com tal homenagem faz sentido, pois o sr. está entre "camaradas" e, certamente, também acredita que Wladimir Herzog foi "assassinado" pelos "membros da repressão", dentre os quais o seu pai serviu honrosamente.
Sr. Hugo, não nos conhecemos mas eu conheço o VERDADEIRO autor da obra que o sr. usurpou, refez a seu bel prazer, dando a ela um tom pastelão que agradasse aos comunistas hoje encastelados no Poder, inclusive oferecendo ao COMUNISTA Luis Mir o "privilégio" de escrever as "orelhas". O "Diário do velho Mário", da "sua" obra, não passa de um folhetim barato e mentiroso, maquiado para agradar os velhos quadros do PC do B onde o sr. deve gozar de excelente reputação.
O sr. SABE que todos esses louros que hoje vem recebendo NÃO LHE PERTECEM, SABE que o VERDADEIRO autor da obra é outra pessoa e SABE, muito bem, que seu livro é uma farsa, uma fraude, um embuste.
Receber um prêmio criado por COMUNISTAS e julgado por entidades COMUNISTAS como as abaixo listadas certamente é motivo de honra e glória para o sr. pois é um igual, um "companheiro de viagem", um reles cripto-comunista sanguessuga da obra alheia.
Eu sei quem é o VERDADEIRO autor da obra que o sr. maquiou para apôr seu nome e muita gente mais além de mim também sabe.
Não lhe peço que se retrate e fale a verdade sobre este fato vergonhoso porque é pedir demais para quem demonstrou não ter caráter mas digo-lhe apenas que estou dando divulgação desta mensagem a um incontável número de pessoas, dentre elas muitos jornalistas e militares, do Brasil e do exterior, porque esta farsa precisa ser desmascarada.
O sr. pode negar a acusação que faço, pode ignorar minha mensagem e pode até me rotular de louca mas, o que o sr. não poderá fazer jamais, é apagar da sua consciência, se é que a tem, a certeza de que agiu como um canalha com alguém que foi seu amigo e que lhe entregou de mão beijada a obra por ele escrita para que o sr. a publicasse. O verdadeiro autor não sabia que não lidava com homem mas com um rato.
A única coisa que posso lhe desejar diante deste sucesso é que, cada vez que o sr. receber um prêmio ou for contemplado com algum artigo louvando a "sua" obra, sua consciência lhe atormente com a certeza de que esses louros não lhe pertencem pois foram vilmente roubados do verdadeiro autor.
Refestele-se no lixo, sr. Studart! Lamba os pés imundos desta escória de assassinos e terroristas porque depois eles vão enforcá-lo com esta mesma corda que hoje o sr. lhes dá com "muita honra"!
Sem qualquer apreço e com muito asco,
Graça Salgueiro
***
Caros amigos,
Acabo de saber que meu livro "A Lei da Selva - Estratégias e Imaginário dos Militares na Guerrilha do Araguaia" ganhou a mensão honrosa do Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
Estou feliz como um pinto no lixo. Rindo de orelha a orelha. Primeiro porque se trata do principal prêmio do País na área de Direitos Humanos. Mas principalmente porque representa a quebra de um paradigma ideológico forte, a suposta dicotomia entre esquerda e direita, que a obra procura desconstruir.
O livro conta a versão dos militares sobre os horrores ocorridos no Araguaia. Ou seja, as fontes primárias são antigos membros da repressão. Ademais, o livro usa uma nova metodologia de análise da história, os estudos do Imaginário, que se contrapõe ao marxismo e às análises estruturalistas. Por fim, os fatos relatados desconstroem boa parte da versão heróica contada pelo PC do B sobre a guerrilha. Enfim, é um livro polêmico, que bate em militares e em guerrilheiros.
A primeira reação do PC do B foi me chamar de "reles abjeto provocador sem a mínima seriedade intelectual", além de cínico, pusilânime e sem caráter. Eles também boicotaram por completo o livro. Mais tarde, inseriram no site oficial do partido uma crítica amena, que me acusava de lançar "muita confusão", de usar metodologia equivocada, mas que, "seja como for, só o fato de ele criar uma oportunidade de debate sobre o assunto já é uma grande coisa".
O Prêmio Herzog, acredito, representa a palavra final das esquerdas. Ou seja, para os organizadores do prêmio --Comissão de Direitos Humanos da OAB, Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de S.Paulo, Associação Brasileira de Imprensa (ABI), Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Sindicato dos Jornalistas de S.Paulo -- "A Lei da Selva" traz à luz uma obra histórica importante, séria, digna se ser mencionada também entre os defensores dos direitos humanos.
Aproveito para agradecer a todos os professores, militares e ex-guerrilheiros que me ajudaram na pesquisa, aos jornalistas que fizeram resenhas, aos amigos que foram prestigiar os lançamentos, a todos aqueles que já leram o livro --e àqueles que ainda pretendem lê-lo nas próximas férias.