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Artigos-->A única chance de derrotar Lula -- 06/09/2006 - 14:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A ÚNICA CHANCE DE DERROTAR LULA



por Augusto de Franco, analista político



Respeitados intelectuais e políticos experimentados da oposição já pararam de querer intervir no processo eleitoral. E começaram a tentar analisar o fenômeno que faz Lula escapar (meio milagrosamente, dizem alguns) das conseqüências dos crimes cometidos por seu governo e por seu partido. Quando as coisas começam a ficar desse jeito é sinal de que a derrota já foi admitida, quer dizer, introjetada pelo competidor.



Na verdade não há milagre algum. As oposições simplesmente confundiram os canais. Imaginaram que o processo eleitoral poderia distribuir algum tipo de justiça e esqueceram o direito, a lei e as instituições.



Agora é tarde? Ninguém quer declarar, mas o fato é que todos dão a entender – no mínimo para não passarem por tolos ou ingênuos – que agora, sim, já é muito tarde.



Talvez não seja (ou não fosse, caso o PSDB resolvesse fazer o que deve ser feito, mesmo que com atraso imperdoável). Em primeiro lugar, reconhecer que errou – e errou feio – ao poupar o chefe do governo corrupto, estendendo-lhe o palanque de 2006 como tábua de salvação.



Feito esse reconhecimento, sem o qual ninguém entenderia o que vem a seguir, é necessário dar o segundo passo. Dizer, com todas as letras, que Lula não é um candidato legítimo. E explicar por que ele não pode ser reeleito, mostrando as conseqüências de se manter na presidência o líder de uma quadrilha que foi denunciada pelo Procurador Geral da República, sob cuja inconteste responsabilidade levas de malfeitores aparelharam a administração, instauraram a corrupção em larga escala para alimentar um projeto privado de poder e erigir uma estrutura paralela ao Estado, indo muito além do chamado caixa 2, inaugurando um permanente e inédito caixa 3, desviando recursos públicos para falsificar o processo democrático. Explicar por que alguém que (tendo ordenado ou não) foi o responsável pela vi olação de direitos constitucionais, não pode continuar à frente do governo. Explicar por que alguém que perdoou criminosos sob sua autoridade e não deu qualquer satisfação à nação, não pode continuar na chefia do Estado. E explicar, dia-após-dia, por que isso é incomparavelmente mais grave do que fizeram Collor, aqui, ou Nixon, nos EUA.



É óbvio que tudo isso, num primeiro momento, poderá tirar mais votos ainda de Alckmin. E não é certo se ele subirá depois. Mas é também a única chance de impedir a vitória de Lula, seja no primeiro ou no segundo turno. Com a vantagem adicional de – caso Lula, a despeito de tudo, sair vitorioso – armar a resistência democrática para um segundo mandato e continuar exigindo a punição dos culpados.



Sim, caiam na real: não há solução para a crise atual sem um movimento pela punição do governo corrupto. É a única maneira de despertar a opinião pública da letargia ético-política em que foi jogada, por um lado, pela manipulação lulista e, por outro, pela leniência e pela conivência oposicionista. É também a única maneira de as oposições se refundarem, até para escapar do aniquilamento branco que virá, com o desgaste continuado do fazer político numa Era Lula estendida. E é, enfim, a única maneira de derrotar Lula politicamente, sem o que não será possível derrotá-lo eleitoralmente. (Esse é o ponto!)



Estará a oposição tucana disposta a assumir a responsabilidade de derrotar Lula politicamente, já não direi em nome da coerência, mas da sua própria sobrevivência como força democrática? Não creio. Nas circunstâncias atuais, entretanto, é a única coisa certa a ser feita. Mais do que isso: é a saída menos traumática possível para proteger a democracia brasileira. Todas as alternativas com Lula e o PT no poder serão piores.



Não vamos nos enganar. Lula não é anódino. É claro que ele não praticará, por ora, nenhum tipo de chavismo explícito. Mas isso não significa que não continuará esvaziando por dentro as instituições e pervertendo a política democrática.



Avaliem, senhores e senhoras. Ponham os pesos na balança. Fazer uma campanha comportadinha, emprestando legitimidade a quem não tem, para tentar sair bem na foto de 2010 ou recolocar o país no rumo da seriedade, da decência e do respeito aos valores democráticos e aos costumes republicanos?



No primeiro caso, não será a eleição de um tucano mais palatável ao lulismo em 2010 que terá o condão de regenerar – num passe de mágica – um tecido sócio-político que já foi rasgado e ainda será estraçalhado por gente que não dá a mínima para coisas como instituições e democracia. No segundo caso, cria-se – agora ou um pouco mais adiante – condições políticas para dar um basta em tudo isso.





Obs.: Texto retirado do blog do Diego Casagrande.



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