Como são especiais os nossos democratas! Valorizam ao máximo, para si e os seus companheiros de viagem, a liberdade de expressão e o direito de defesa, mas se mostram intolerantes com os que pensam e agem por outra cartilha. Para esses a condenação é pronta e inapelável.
Um bom exemplo que me ocorre é o tratamento que a mídia tem dado ao falecimento recente de Alfredo Stroesner, ex-presidente do Paraguai, taxando-o sempre de ditador enquanto para Fidel Castro, vítima de misteriosa doença, há 47 anos no poder em Cuba cerceando toda e qualquer liberdade de expressão e suprimindo, implacavelmente, os seus opositores pelo fuzilamento sumário, as referências são respeitosas e dignas de um Chefe de Estado, não importando a curiosa e nada democrática sucessão de poderes que se processa na ilha caribenha. Até o nosso presidente Lula, em recente discurso de campanha, declarou, cinicamente, que “a história há de justificar o governo de Fidel Castro assim como absolverá (sic) o meu”!
Também o Brasil “democrático” mostra-se seletivo e magnânimo quando o assunto é terrorismo, mesmo se tratando de prática veementemente condenada pelo mundo afora. Aqui, as condenáveis ações dessa natureza tiveram início em 1.966 com os atentados perpetrados em Recife, dos quais o mais famoso foi o da bomba no aeroporto de Guararapes, vitimando inocentes e ceifando a vida do jornalista Edson Régis de Carvalho e do almirante Nelson Gomes Fernandes graças ao extremado radicalismo da Aliança Popular (AP), tendo à frente o ex-padre Alípio de Freitas. Não menos execrável foi uma outra ação, da autoria de outro grupo esquerdista, também adepto da luta armada para a conquista do poder, denominado Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), que planejou detalhadamente e arremessou, em 1.968, a exemplo do que fazem hoje no Líbano, na Palestina e no Iraque, um carro bomba contra as instalações do quartel-general do Exército, em São Paulo, matando a sentinela, um jovem soldado de 18 ou 19 anos de idade, que teve o seu corpo dilacerado e que apenas cumpria o seu dever militar.
Repugna-me constatar que a maioria dos autores desses covardes atentados e de outras nefastas ações, como roubos, seqüestros, assassinatos, justiçamentos e assaltos a bancos, têm merecido do Poder Executivo, nos dias atuais, milionárias indenizações e inimagináveis salários ou pensões vitalícias graças à generosidade, solidariedade e revanchismo de “companheiros” de malogradas tentativas de comunização do Brasil, embora alguns procurem fazer crer que os obtiveram por força de decisão judicial, que nunca houve! E a farsa continua mediante a engenhosidade de travesti-los em heróis e vítimas da “luta pela redemocratização do país”, fórmula encontrada pelos pseudos democratas para saudá-los e homenageá-los, além do enriquecimento vergonhoso, erigindo suas estátuas e dando seus nomes a logradouros públicos, certamente coerentes com um deles, Carlos Marighela, que afirmou sem pejo: “ser assaltante ou terrorista é uma condição que enobrece qualquer homem honrado...”.
De minha parte, prefiro recordar as palavras do ex-Ministro do Exército, Gen Ex Walter Pires, que proclamou: “Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia”.
Esses são fragmentos da história que a esquerda não quer que o Brasil conheça, mas que os brasileiros bem intencionados e os mais jovens poderão encontrar no livro “A VERDADE SUFOCADA”, da autoria do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, a ser lançado, no dia 14 de setembro, aqui em Natal, em uma livraria, já que pressões de incomodados impediram que esse evento se realizasse na Academia Norte-rio-grandense de Letras, local previamente cedido pelo seu ilustre presidente, com a expectativa de repetição do sucesso alcançado em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, apesar dos esforços em contrário que nunca faltam.
A minha preferência seria cumprir os ditames da Lei de Anistia em benefício da pacificação nacional, como sempre fez o Duque de Caxias, patrono do Exército, nas inúmeras campanhas de que participou, sempre vitorioso; contudo, os derrotados no propósito de fazer do Brasil um satélite da extinta URSS não me permitem o esquecimento, pois não cessam de querer escrever a nossa história negando a verdade e expondo os fatos a seu bel prazer.