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Artigos-->Atualizando notícia de jornal velho -- 10/08/2006 - 10:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Atualizando notícia de jornal velho



por Jorge Baptista Ribeiro (*) em 09 de agosto de 2006



Resumo: Não foi por obra e graça do Espírito Santo, nem de forças ocultas que nas últimas eleições e na próxima, o brasileiro não teve e não terá uma opção liberal democrática.



© 2006 MidiaSemMascara.org





"A guerra subversiva, um aspecto da Guerra Fria, visa a provocar uma ausência de disciplina na nação em que é travada; uma quebra da hierarquia, incitação à revolta e a rebelião. Usa a propaganda para incitar as massas. Visa sobretudo à desintegração da estrutura social existente, a enfraquecer o potencial nacional, a trazer descrédito às instituições e autoridades legalmente constituídas. Visa à aniquilação dos grupos produtores. Tudo isso visa a favorecer o estabelecimento do comunismo. Era isso que estava acontecendo no Brasil. O Brasil estava sendo atacado, embora as principais forças nessa agressão fossem de brasileiros. Na Noruega, quando Hitler ocupou aquele país, a quinta-coluna também era constituída de noruegueses. A guerra ideológica usa sempre o sistema de preparar os cidadãos de um país para traí-lo. O Brasil estava sendo traído por brasileiros. Havia também aqui chineses, cubanos, russos e húngaros, mas só para treinar, instruir, dirigir. Os executores da ação eram brasileiros - e, aliás, nem todos eram comunistas - conscientes do papel que estavam desempenhando. Alguns desejavam poder, outros dinheiro, ainda outros poder e dinheiro; alguns queriam dinheiro para obter poder e outros poder para obter dinheiro. É isso, que o mundo ainda não compreende. E eu acredito que muitos brasileiros, que sentem o enorme alívio das pressões dos últimos três anos, ainda não percebem a verdadeira natureza da crise que superamos há pouco".



As palavras acima fazem parte de um discurso de Carlos Lacerda, então, Governador do Estado da Guanabara. Filho e sobrinho de comunistas. Depois de longo tempo na militância, finalmente, acordou da hipnose a qual foi submetido na sua infância e juventude, renegando o comunismo e passando a combatê-lo. Sabia o que dizia: fora atuante agente da subversão.



Esse discurso foi transmitido pela Rádio Tupi, da cidade do Rio de Janeiro, em 19 de abril de 1964, isto é, pouco após o dia 31 de março, quando as Forças Armadas, atendendo aos candentes clamores da sociedade, valeram-se da autoridade de quem tem por ofício a salvaguarda dos valores essenciais da Pátria. Portanto, exercendo a função política subsidiária do poder militar, qual seja a de, nos momentos de crise, nos quais os demais poderes constituídos se mostram em flagrante decomposição orgânica, julgar da conveniência ou não de permitir a submissão de toda a Nação aos desmandos e interesses espúrios, em desacordo com os reclamos e os sentimentos de patriotismo da nacionalidade.



O cenário atual, em muito pouco difere daquele que precedeu o Movimento Cívico-Patriótico de 1964, no qual brasileiros foram cooptados e treinados para trair a nossa Pátria.



Somente os néscios ainda não perceberam que no Brasil, desde a Nova República e mesmo antes, vem ocorrendo o recrudescimento da guerra subversiva, com novas máscaras, mas com os mesmos propósitos pérfidos, da que foi sufocada em 1964 pelas Forças da Ordem, as quais, em nome da concórdia nacional, indispensável ao progresso da Nação, ingenuamente concederam a contumazes traidores, uma anistia que, deslealmente, foi manipulada, vindo a se tornar num vil instrumento de retaliações revanchistas, inclusive perpetradas contra todo o povo brasileiro, cuja passividade, grosso modo, indica ter sido domesticado, pois impassível, vem assistindo a dilapidação do Tesouro Nacional, nas mais variadas formas e sob os mais desavergonhados pretextos.



E justo neste momento acode-me perguntar aos meus leitores: relembrando os genocídios, ocorridos nos países em que os comunistas foram os vencedores, os vencidos foram perdoados ou cruelmente assassinados? Se não puderem me responder de pronto, consultem a extensa literatura a respeito e, pelo menos, pensem nisto.



Voltando à comparação entre os cenários de ontem e de hoje, cuja única diferença se resume na práxis adotada para a tomada do poder, para a implantação do comunismo no Brasil, prossigo.



Se naqueles sofridos idos tempos a subversão foi alimentada pelo "ouro de Moscou", da Internacional Socialista (IS), proveniente principalmente do Partido Social Democrático Alemão, etc., não é segredo, pois conforme a revista Veja não convincentemente desmentida, o "Ouro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia" (FARC) aqui chegou para nutrir a campanha eleitoral dos que, nos tristes momentos pelos quais ora passamos, intoxicam o caráter nacional, tentando servir ao povo brasileiro uma venenosa salada, cujos ingredientes são a subversão e a corrupção; além de ONGs e de organizações como, por exemplo, a alemã Fundação Friedrich Ebert (1), presente no 13º Encontro Nacional do PT: conjuntura, tática e política de alianças - 24/04/2006.



Se o líder comunista Luis Carlos Prestes, em Moscou, comprometeu-se a trair a sua Pátria, também o cubano-brasileiro José Dirceu e muitos outros da mesma laia, cujos nomes são de domínio público, foram treinados em Cuba, para assassinar, à traição, a democrática alma brasileira e submeter a nossa gente a um regime totalitário.



Não menos abjeta foi a traição do brasileiro Lula à sua Terra natal ao amancebar-se com Fidel Castro numa reunião realizada em Havana, em 1989, que teria como rebento bastardo, em 1990, o Foro de São Paulo, como nos conta Frei Betto no seu livro “O Paraíso Perdido” - Nos Bastidores do Socialismo". Foro criado para coordenar a subversão na América Latina e no qual o MST seria apontado como a ponta-de-lança da revolução socialista no continente, devendo ter a cooperação dos zapatistas e das FARC, admitindo a importância da colaboração de criminosos comuns e narcotraficantes. Traição, principalmente porque tudo isso vem sendo pactuado à socapa e causando sérios danos ao povo brasileiro, com o amparo de uma imprensa cúmplice, quando não, mercenária; se no pré-64 aqui tínhamos chineses, cubanos, russos e húngaros para subverter, agora aqui temos cubanos e agentes das FARC, dirigindo e instruindo vigaristas e idiotas brasileiros. Além disto, deitando falação para conspurcar as indefesas cabeças de crianças, jovens secundaristas e universitários, nas nossas escolas.



Plagiando a justeza da expressão usada pelo Bem-Amado prefeito de Sucupira, afirmo que, no atual panorama, característico da Guerra Revolucionária comunista, temos vagabundistas militantes sendo usados como massa de manobra para ensaios de técnicas e ações de guerrilha urbana, como, por exemplo, aqueles que recentemente, sob o comando de Bruno Maranhão, furiosamente invadiram e depredaram a Câmara dos Deputados. Sem esquecermos de incluir neste rol os bandidos das favelas cariocas ou da periferia e dos presídios paulistas que infernizam a vida cotidiana dos cidadãos indefesos, para intimidá-los e esmorecê-los. Faz parte da técnica comunista de amolecimento da vontade de resistir, de lutar da sociedade alvo. No âmbito do crime organizado está mais do que patenteado que os brasileiros Beira-Mar e Marcola são bandidos ligados as FARC.



Não foi por obra e graça do Espírito Santo, nem de forças ocultas que nas últimas eleições e na próxima, o brasileiro não teve e não terá uma opção liberal democrática, alternativa aos candidatos vermelhos e cor-de-rosa que não se pejarão em trair seus conterrâneos. Esse último matiz até pode abrigar um candidato intrinsecamente não-comunista, cujas estrelas guias do seu partido dizem ter abandonado as idéias marxistas. Contradizendo isto, fazem alianças com partidos e lideranças comunistas. Não merecem a minha confiança. Se preciso for, causando inveja aos camaleões e às borboletas adquirem, por cínicos malabarismos, a forma e a cor da conveniência. O que, aliás, faz parte da subversão; se alguma diferença entre eles havia ou há, restringe-se ao modelo da máscara com a qual procuravam e continuam a enganar e seduzir incautos.



Não foi à toa que, desde o governo Fernando Henrique Cardoso (FHC), os postos-chave de governo vêm sendo aparelhados por comunistas de passado sujo, com ênfase no ministério da Justiça. Iludem-se aqueles que julgam que a atual briga entre FHC e Lula é de cunho ideológico. Foi FHC mesmo quem disse que a disputa entre o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e o Partido dos Trabalhadores (PT) é de cunho político, jamais ideológico. Portanto, limita-se à retórica eleitoreira numa disputa para alcançar o poder político. Somente os desinformados é que acreditam que socialismo e social-democracia são farinhas oriundas de sacos diferentes, quando em verdade ambos são sistemas políticos que têm como idêntico pano de fundo o ranço marxista do Estado Dirigista, cujos desígnios são o sufocamento da liberdade e da individualidade, despersonalizando e nivelando as criaturas que o Criador, na sua grande sabedoria, fez diferentes.



O diagnóstico de 19 de abril de 64, de Carlos Lacerda, enunciava que nem todos os traidores da Pátria eram comunistas e, muito menos, tinham consciência do papel que estavam desempenhando. Entretanto, ficou faltando dizer que esses pertenciam a famosos grupos que perseveram na natureza humana: dos ingênuos, alienados, ignorantes, idiotas e oportunistas vivandeiras que acompanham os detentores do poder, para obter vantagens. Em conseqüência do que todo mundo que sabe ler e interpretar o que lê, sabe, permito-me afirmar, sem medo de errar, que de lá para cá não houve mudanças neste aspecto. É lamentável.



A ascensão de um falsário ao governo da República, em prosa e verso foi cantada como danosa ao Brasil, por reduzido grupo de pessoas que antecipadamente provaram que ia dar no que deu. Como em 64, foi o resultado de muitos anos de um denodado trabalho-de-massa, sutil e bem urdido, para desintegrar a estrutura social existente e enfraquecer o potencial nacional. Por intermédio do engodo, de apelos emocionais, da desinformação e de palavras-de-ordem, minando cabeças fracas a braços com traumas, desajustes sociais e financeiros, invejas e problemas de sobrevivência.



As intermináveis bandalheiras, aliadas ao cinismo impudico, aos desafios ao Estado de Direito e o estímulo à impunidade, praticado pelos nossos tribunais àquela época, no atual cenário estão de modo idêntico presentes e da mesma maneira, escancaradamente, sendo práticas corriqueiras que visam o poder, seja pela ânsia de poder para ter dinheiro ou por querer ter dinheiro para obter o poder e surfar numa "dolce vita".



À imagem e semelhança dos idos da década de sessenta, em significativa quantidade, continuam existindo brasileiros que, apesar de tudo que os agride, ainda não perceberam para quê estão sendo conduzidos, de maneira semelhante ao gado que, sem mugir, é levado em bando para o matadouro. Bastam-lhes promessas. Nem apanhando aprendem. Preferem trocar a sua dignidade e seu patriotismo, por caraminguás insuficientes, pagos por quem produz.



Como acima aludi uma pequena diferença entre os antecedentes de 64 e os que atualmente afligem os homens de bem, aqui e agora mais justifico: o Movimento de 64 foi desencadeado porque existiam lideranças civis e militares que foram sufocadas, cooptadas ou acabaram se vergando, diante da antevisão de usufruir das benesses que todo fiel amigo do "REI" recebe. Além desses respeitáveis líderes, havia uma efetiva massa crítica patriótica, de gente que desejava legar aos seus descendentes um País livre de regime totalitário, indo às ruas clamar por uma intervenção em força. Foi atendida, porém, depois de devidamente trabalhada por traidores da pátria, tornou-se amorfa. Deixou-se atomizar e, por preguiça mental ou falta do espírito de educador, não se importou que a sua prole fosse desinformada. Não transmitindo aos seus descendentes as tormentosas incertezas que, precedendo o movimento de 64 ameaçavam a sua liberdade, em decorrência da ação subversiva de maus brasileiros. Assim, deixando espaço para que a verdade histórica sobre as verdadeiras causas que, àquela época, motivaram a reação da sociedade, fosse deturpada por ocupantes de púlpitos e cátedras em consonância com a mídia dominada por esquerdistas, além de escravizada pela enorme dinheirama da propaganda estatal. Se alguma dúvida há sobre a tal escravidão, sugiro aos leitores que perguntem ao Boris Casoy ou ao ex-trotskista Reinaldo Azevedo, a respeito. Se com estes não se satisfizerem, consultem Diogo Mainard ou Olavo de Carvalho.



Ardilosamente enganada, a sociedade herdeira daquela que viveu o prelúdio de 64 e sofreu com a desordem propiciada pela tentativa comunista de instalação de uma República Anarco-Sindicalista, passou a cuspir no "prato" que tornou realidade os anseios da ameaçada liberdade dos que lhes antecederam. Liberdade não logo completamente restabelecida, em conseqüência da continuidade subversiva de incorrigíveis traidores da Pátria que, se aproveitando da distensão pretendida e tentada pelos governos que se sucederam ao Movimento de 64, voltaram, de 1968 a 1974, ao terrorismo urbano e à guerrilha rural, de modelo maoísta.



Por oportuno, lembro palavras que, embora proferidas num discurso do presidente Emílio Garrastazu Médice, em 30/10/1969, bem se ajustam como lição que pode ser extraída no crucial momento brasileiro: "Creio que a grandeza do Brasil depende mais da família que do Estado, pois a consciência nacional é feita da alma de educador que existe em cada lar".



Se faltaram educadores, se permitiu-se a destruição da estrutura da família organizada, etc., "quem pariu Mateus que o embale".



Mesmo que, levando em conta a sintética precisão do que diz uma conceituada articulista, também educadora, "pague o justo pelo eleitor".





(*) O autor, Coronel R/1 do Exército é bacharel em Ciências Sociais, pela então Universidade do Estado da Guanabara e estudioso da Guerra Revolucionária.









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