Grupo é uma mistura de gente. Gente que se agrega e se intermistura. Ninguém é igual a ninguém. Eu e você somos diferentes. Ele também.
A pluralidade, sua característica: estudantes, graduados, pós-graduados, pais, avós, tios, sobrinhos, filhos, pobres, ricos, etc. Grandes e gordas bocas, bocas miúdas, ‘engraçadinhos’, tímidos, submissos, dominadores, magros, gordinhos, alegres, tristonhos, impacientes, complacentes, etc.
Formas e cores que se entremeiam aleatoriamente como num jardim: nunca se sabe onde é o começo, o meio e o fim.
À moda do moinho, gira e gera movimentos. O cata-vento voluteia e indica a direção. A gente nem percebe. Vai rolando, mudando a vida de cada um.
O falante aprende a ficar mais quieto. O silencioso começa a se espalhar. O submisso e o tímido se desvelam. O impaciente se aquieta. O ‘engraçadinho’ deixa de fazer tanta graça. O tristonho dá indício de sorrir. O alegre, por vezes se recolhe. O dominador se controla. O complacente torna-se levemente intransigente. As bocas gordas mordem o beiço e a língua. As miúdas começam a rosnar.
A sincronicidade adentra de mansinho, toma posse de todos e de cada um.
Quando a gente entra nem percebe para onde vai e não raro aporta onde jamais imaginaria chegar.Um acrescenta ao outro. Todos amam, riem, sofrem, choram, aprendem e apreendem. Por vezes, não existe o outro. Todos são um.
Reflexão: “A vida social saudável só é encontrada quando no espelho de cada alma humana a sociedade como um todo se reflete e na comunidade vive a virtude de cada um.” (Rudolf Steiner)
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