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Artigos-->Diferenças ou diferentes? -- 28/07/2006 - 19:38 (Isabela Fani Dias) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tento sempre escrever em meus artigos como nosso relacionamento com as outras pessoas é, na realidade, um tipo de monólogo de nossas vidas, em que esperamos sempre encontrar no outro uma espécie de espelho de nós mesmos, um reflexo agradável, uma fotocópia de nosso comportamento e atitudes.



Mas por que isso ocorre? Por que tentamos manipular as pessoas e moldá-las da maneira como nós gostaríamos que elas fossem? Por que não aceitamos as diferenças no outro?



Insegurança e intolerância com os que possuem opinião diferente das nossas. Pessoas que nos deixam em dúvida sobre nossas próprias posições, pessoas que modificam nossos castelos de areia e nos lembram da condição de solidão humana, o vazio da existência do qual sempre tentamos fugir.



Não há, em lugar algum na Terra, seres totalmente iguais, deveríamos a cada vez que conhecêssemos uma pessoa tentar desvendar o mistério de saber quem ela é, o que ela pensa. Mas na verdade não queremos ouvir, queremos apenas ser ouvidos. Importa o que eu falo e penso, o outro é mero personagem secundário ou pode ainda não passar de um espectador.



Deveríamos nos lembrar que todos temos pontos em comum mesmo que pequenos; contudo, o importante é encontrar o que nos difere. É a condição indispensável para podermos fazer previsões sobre os possíveis tipos de comportamentos que essa pessoa possa vir a ter. Só assim podemos iniciar o processo de vivência de sua alma, descobrir como ela funciona, ainda que por pouco tempo. A capacidade de enxergar as coisas no ponto de vista do outro é o que entendemos por empatia.



Não se trata de se colocar no lugar do outro levando nossa experiência e nosso pensamento. Trata-se de algo bem mais difícil, invadir o sistema de pensamento do outro ser e pensar segundo as regras dele. E não podemos nos esquecer que o modo de ser e de pensar de cada um é gravemente influenciado por aquilo que passamos ao longo dos anos. Nós nos moldamos e reagimos de acordo com nossas experiências. É uma tarefa árdua conseguirmos nos intrometer na subjetividade de outra pessoa sem que cometamos erros e julgamentos preconceituosos.



Quem realmente quiser compreender as pessoas terá de se conscientizar de que não é sendo “moralista” a respeito da forma de pensar do semelhante é que realmente significa conhecer o diferente. Estar “dentro do outro” é como fazer uma visita a um novo planeta, totalmente diferente daquele que habitamos. O que importa é conseguir sentir como o outro sente, pensar como o outro pensa, julgar como o outro julga. Só assim, poderemos nos sentir próximos dessa pessoa por um certo tempo, compreendê-la, admirá-la e até mesmo sermos capazes de ajudá-la. Não estou dizendo que devemos aceitar todo tipo de comportamento das pessoas ou, ainda, nos livrarmos de nossa ética. Mas é enxergar o outro sobre novos aspectos, entender sua maneira de viver, seu comportamento, tentar entender o que o levou a ser daquela forma.



É fácil conviver com quem tem pontos de vista parecidos com os nossos, entretanto, devemos tentar compreender aqueles que são bastante diferentes de nós, aqueles que nos incomodam e chegam até a nos irritar. Porque só assim enriqueceremos nosso interior, nossa mente, nosso espírito. Deixaremos de ser ridículos, pobres e preconceituosos quando olharmos para o outro, porque por essa experiência podemos vivenciar outros modos de existir e de pensar. Podemos deixar nascer o amor universal ou não. Podemos ter uma bela história de vida ou não. Cabe a nós decidirmos.



Conviver, entender e manter contato com todos os tipos de pessoas será sempre uma experiência enriquecedora, ter amigos ou não, ajudar ou não, ..., sem contar que podemos acumular um conhecimento de vida muito mais rico do que com uma atitude crítica e mesquinha que, exclui e despreza tudo e todos que não forem como nós somos.



Homens são livros por escrever, e você como está escrevendo seu livro da vida? Como será o final de sua história?



Comentários e sugestões: ifanni@ig.com.br.



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