Palestra do Comandante do Exército em Porto Alegre
O General Albuquerque fez uma longa e abrangente palestra no auditório do CPORPA para uma platéia de oficiais da ativa e da reserva. Apesar classificar o encontro como uma "troca de idéias" a palestra se resumiu a uma explanação do Comandante do Exército e explicações sobre os casos Dilma e TAM. Abaixo seguem se alguns aspectos abordados no evento:
PARIDADE
Salientou repetidas vezes que a anunciada falência da Previdência Pública vai acabar com a paridade entre Ativa e Reserva. É, segundo deu a entender, uma questão de tempo, mas pela ênfase dada, acho que é coisa para logo depois da eleição de outubro, tanto que alertou que "Devemos nos antecipar e apresentar uma solução".
REAJUSTE
Tive a nítida impressão de que, se continuar como está, sem um movimento de pressão, ficaremos sem o tal reajuste esperado para agosto. Deixou claro, em um "en passant" que ainda faltava ser acertados detalhes e, depois, repetindo o cacoete petista de comparar o governo Lula como de FHC, mostrou que as perdas que sofremos com FHC (aprox 11%) já foram recuperadas em partes pelo Lula (aprox 4,5%). Alerta: sem mobilização ficaremos sem reajuste.
DILMA
Disse o general Albuquerque que a ministra Dilma é a segunda pessoa na linha de poder e que tudo que tem feito para se aproximar dela é para o bem do Exército. Entendi que ela tem muito colaborado nas questões do orçamento e dos arquivos da área de informações. Fez questão de salientar que está convicto dessa linha adotada e que não admite discussões.
SUPORTE AO MST
Uma das missões que mostrou que o Exército está cumprindo é o apoio aos assentamentos do INCRA, como o de Hulha Negra, aqui em Bagé que é uma das bases do MST para atormentar os produtores da região com invasões e agitações. Só se explicaria tal apoio se o Exército implantasse tais assentamentos e ali permanecesse para garantir que seria um assentamento e não uma base de treinamento de guerrilheiros.
VIOLÊNCIA – MISÉRIA
Parece que o discurso surrado da Esquerda que quer associar a violência com a miséria está contaminando os quartéis. Nesta área, as FFAA têm muito que fazer antes de passar essa missão para o Terceiro Setor, como sugere o comandante do Exército.
MISSÕES NO EXTERIOR
Justificou a participação do Brasil nas missões tipo Haiti como uma das conseqüências da globalização e da necessidade do Brasil se promover no mundo e deu como resultado já sentido o fato de que "estamos vendendo mais no mundo". Ora, esse "vendendo mais no mundo" é papo surrado do Lula que quer faturar em cima do esforço e sacrifício do setor produtivo para ser competitivo, mesmo com o governo Lula causando grandes transtornos com juros altos e dólar baixo. A causa dos superávits na balança comercial é fruto da competitividade da nossa produção e da alta demanda externa por commodities. Nada a ver com o Haiti.
CONCILIAÇÃO
Concordo com ele quando prega a conciliação como única saída para o caminho que nos levará a um grande acordo nacional. Sempre achei que não é possível conduzir um país imenso como o nosso com o olhar no retrovisor, o que já nos levou a muitos fracassos.
Acho que a saída é pelo caminho traçado por São Paulo, que na carta aos Gálatas nos aconselha: "Irmãos, não penso que eu mesmo já tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus" (Gálatas 3, 13-14).
Péricles
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