Em 02 de outubro de 1992, após violenta rebelião no complexo presidiário do Carandiru, foi chamada a tropa de choque da Polícia Militar para conter os amotinados. Armados de armas improvisadas, os detentos ameaçam atingir os policiais com sangue contaminado por AIDS. Resultado do confronto: 111 marginais mortos.
Imediatamente, foi formada uma comissão dos “direitos humanos”, liderada pelo senador Eduardo Suplicy, que solicita urgente punição do coronel Ubiratan Guimarães, comandante da tropa de choque, faz visitas ao presídio e às famílias dos presos mortos, manda rezar missa etc.
A comissão então foi formada pelos seguintes cidadãos:
Parlamentares:
Eduardo Suplicy
Marcos Rolim
Nelson Pelegrino
Luiz Eduardo Greenhalgh
Renato Simões
Olando Fantazini
Lucila Pizani
Ítalo Cardoso
Artistas:
Sérgio Mamberti
Letícia Sabatella
Paulo Betti
Ester Góes
Chico César
Mano Brown
Ângelo Antonio
Jornalistas:
Caco Barcelos (O Globo)
Gilberto Dimenstein (Folha de S. Paulo)
José Arbex
Marina Amaral (Caros Amigos)
Administração Pública:
Helio Bicudo
Benedito Mariano
Elói Pietá
Religiosos:
D. Paulo Evaristo Arns
D. Cláudio Hummes
Frei Betto
Pe. Júlio Lancelloti
Frei João Xerri
Sob “pressão da sociedade”, vale dizer, de meia dúzia de esquerdosos envolvidos com os direitos humanos dos bandidos, em junho de 2001 o coronel Ubiratan é condenado a mais de 600 anos de prisão, conforme processo nº 223-A/96, da 2ª Vara do Júri: “... Ante o exposto julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão punitiva do Estado a fim de CONDENAR o acusado UBIRATAN GUIMARÃES, como incurso no artigo 121, "caput" (cento e duas vezes) combinado com o artigo 23, inciso III, e artigo 121, "caput", combinado com o artigo 14, inciso II, por cinco vezes, todos do Código Penal, a cumprir pena de SEISCENTOS E TRINTA E DOIS (632) ANOS DE RECLUSÃO. ABSOLVO-O pela infração ao artigo 121, parágrafo 2º, inciso IV, do Código Penal, por nove vezes, com fundamento no artigo 386, inciso IV, do Código de Processo Penal”.
O coronel Ubiratan recorreu da decisão e aguardou em liberdade outro julgamento, enquanto se elegeu deputado estadual por São Paulo. Em fevereiro de 2006, o Tribunal de Justiça de São Paulo inocenta o coronel Ubiratan, por ampla maioria (20 votos a favor, 2 contra). Os defensores dos bandidos prometeram recorrer à OEA. A verdade é que se fez justiça com o coronel, da mesma forma que se fez justiça com o comandante do “massacre” de Eldorado do Carajás, também inocentado. Em ambos os casos, não houve massacres. O que houve, antes de tudo, foi uma luta pela preservação da vida dos policiais, que enfrentaram turbas enfurecidas dispostas a matar e a morrer. O resto é resmungo de defensor, não de direitos humanos, mas de bandidos.
Em outubro/novembro de 2003, marginais do PCC metralham bases da PM porque querem banho de sol, protetor solar, anti-séptico bucal, encontros íntimos. Resultado: diversos mortos e feridos, entre PMs e civis. E a Comissão de Direitos Humanos? NÃO solicita urgente punição dos comandantes do PCC. NÃO faz visitas aos postos baleados. NÃO faz visitas às famílias dos policiais mortos e feridos. NÃO manda rezar missa pelos mortos, ou seja, não fizeram NADA! Como se pode comprovar, no Brasil os “direitos humanos” são prerrogativas apenas de marginais, não do cidadão comum. Dos policiais, jamais! Eles existem apenas para serem metralhados pelos bandidos e enterrados por seus familiares. Não merecem sequer o velório e a reza de missas.
Maio de 2006. Em pleno Dia das Mães continuam os ataques do PCC contra policiais, iniciados no dia 12. Até o dia 16, a cidade de São Paulo vira Bagdá, atentados terroristas ocorrem em vários pontos: ataques a bancos, postos da PM, delegacias policiais, veículos militares, quartéis, fóruns, agências bancárias e estações de metrô. Policiais de serviço ou de folga são caçados a tiros pelos marginais, inclusive em suas residências, e até um bombeiro é morto pelos bandidos. Ao mesmo tempo, ocorrem rebeliões simultâneas em várias penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias do Estado de São Paulo. No dia 18, 46 unidades permaneciam rebeladas, com 237 reféns. Em Jaboticabal, o delegado Adelson Taroco foi incendiado por presos rebelados na cadeia. Saldo da tragédia: mais de uma centena de mortos e 63 ônibus incendiados em todo o Estado.
Os ataques ocorreram depois que 765 presos ligados ao PCC foram transferidos para a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, na quinta-feira, dia 11 de maio, para evitar a articulação de ações dos criminosos. Na verdade, uma megarebelião já havia sido planejada pelo PCC para o Dia das Mães, que foi antecipada devido à transferência dos criminosos. No dia 12 de maio, 8 líderes do PCC foram levados para a sede do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (DEIC), em Santana. Entre eles estava “Marcola”, que no dia 13 foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes, considerada a mais segura do País.
Presos de penitenciárias do Mato Grosso do Sul e do Paraná também iniciaram rebeliões no domingo, Dia das Mães, possivelmente com envolvimento do PCC.
O fim das rebeliões ocorreu depois que Marcos Williams Herbas Camacho, o “Marcola”, líder do PCC, teve uma longa conversa com um coronel da PM, um delegado, um corregedor e uma advogada. Isso prova que vivemos, literalmente, em uma República dos Bandidos.
Depois de São Paulo ter um final de semana de Bagdá, com uma centena de mortos, o que têm a dizer nossos patéticos defensores dos direitos humanos? Não se viu o Cardeal Arns rezar missa pelos policiais defuntos. Não se viu o senador Suplicy, nem a “comissão de direitos humanos”, confortar famílias de policiais enlutadas. Nenhuma ONG apareceu para atenuar a dor dos órfãos. Não se viu nenhum patife fazer uma visita de solidariedade ao delegado incendiado. O que se viu, apenas, foi a lenga-lenga de sempre: o Ministério Público, junto com ONGs ditas de “direitos humanos” e petistas mensaleiros exigem que a Polícia explique em que circunstâncias morreram os coitadinhos dos bandidos envolvidos nos atentados.
Está na hora de o Brasil deixar de endeusar a vida de bandidos e dar mais valor ao policial, este sim, nosso verdadeiro herói. No entanto, a preferência brasileira é por bandidos, não por gente honesta, a exemplo do que se pode observar em filmes como “O Cangaceiro”, “Lampião e Maria Bonita”, “Corisco, o diabo louro”, “O Bandido da Luz Vermelha”, “Lúcio Flávio, o passageiro da agonia”, “Pixote, a lei do mais fraco”, “Lamarca”, “Olga”, “Cidade de Deus”, “Baile Perfumado”, “O que é isto Companheiro?”, “Ação entre Amigos”, “Os Matadores”, “Barra 68”, “A Bomba do Riocentro”.
Os acontecimentos de São Paulo são um reflexo do que ocorre no Brasil, especialmente no Governo Lula, quando as leis são pisoteadas, a ladroagem institucionalizada, o Congresso Nacional desmoralizado, a Suprema Corte humilhada, a bandidagem exaltada. Os atentados de São Paulo vieram em boa hora para Lula, servindo como uma cortina de fumaça para cobrir as últimas denúncias contra o presidente e seus asseclas, que teriam contas bancárias no exterior. Por incrível que pareça, quanto mais o governo Lula está envolvido em escândalos, mais ele sobe nas pesquisas eleitorais. E a OAB diz que não inicia processo de impeachment contra Lula porque “não há clamor popular nas ruas”. O que foram, afinal, os movimentos pela Dignidade Nacional deste fim de semana? O clamor popular, para ter legitimidade, deve balançar bandeiras vermelhas, preferencialmente com a foice e o martelo? Tanto a OAB quanto a ABI são organizações inúteis, que se aliam às falanges totalitárias petistas, de molde fascista (MST, CUT e UNE), para perpetuar a roubalheira e a desmoralização do Brasil, especialmente no exterior. A OAB e a ABI deveriam ser fechadas, assim como se fecha uma boca de fumo.
Se os eleitores conferirem outro mandato a Lula em outubro, não estarão dando outra coisa senão um cheque em branco, uma ordem para que o Supremo Apedeuta permita que o Partido dos Trabalhadores e seus aliados continuem a roubar, a roubar, a roubar. Com o infeliz aval dos eleitores, continuaremos a ser governados por uma autêntica República dos Bandidos, onde o chefe, segundo a deputada Zulaiê Cobra, é o “bandidão”.