A avaliação das prioridades sociais, como se constata pelo exercício do actual governo, entre o anodinismo panaceante, resume-se a premissa de sentido único: os pobres têm de pagar tanto como os ricos e a crise prossegue engrossando cada vez mais.
Disco virado num ápice, ao cabo de um ano e pico de governação, a melodia clássica continua a deliciar os donos dos pianos e violinos. Da concertina, cavaquinho e bombo, a música sai com ruído e o disco está cronicamente arranhado.
Tenho-me ultimamente interrogado imenso sobre a espécie de socialismo que os principais mentores ideológicos, em Portugal, defendem, orientam e praticam: opíparas comezainas, farpela da melhor, potentes bombas, lautas vivendas, férias de sonho e óbvios privilégios adjacentes.
Objectivamente e há dias, um jovem disse-me que só os idiotas e imbecis acreditam que um simbólico punho fechado possa conter coisa alguma. Quiçá por isso e após ter reduzido o PS a 15%, Manuel Alegre tenha entristecido e desactivado de repente. Revirou o disco...