Para escrever este pedacinho de texto coloco estreitamente de parte a minha moral e as minhas convicções, a fim de que não afecte a justiça do desiderato que entre nós está doravante a tomar seu curso.
A Ana, é uma jovem estudante que, tarimbada na agridoce vida londrina, decidiu investigar e defender tese sobre a eventual sindicalização da mais velha profissão do mundo.
Vai daí, unindo-se a prostitutas e a adjacentes com interesse na legalização profissional, encabeça um movimento que luta por dar efeito ao futuro Sindicato dos Trabalhadores do Sexo em Portugal.
Ora, perante assunto de levantar gigantesca polémica, a Ana, esbelta jovem que se ufana de mostrar descontraidamente o seu bem feito reguinho ao fundo das costas, naturalmente que conhece em teoria a enorme barreira social que terá de enfrentar.
Assim, para que a recente emenda não saia pior do que o milenar soneto, não se esqueça a Ana de considerar os inevitáveis proxenetas, elementos essenciais no bem estar sexual das trabalhadoras e dos trabalhadores do sexo, embora esses indivíduos até ao diabo repugnem.