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Artigos-->Divagações sobre Segurança Pública -- 13/12/2005 - 09:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Divagações sobre Segurança Pública



por José Luis Sávio Costa (*) em 12 de dezembro de 2005



© 2005 MidiaSemMascara.org



As preocupações com a Segurança Pública sempre ganham destaque quando fatos dantescos ocupam as telas da TV ou preenchem espaços nas páginas dos jornais e revistas. Assim foi no caso da ação de marginais, narcotraficantes, no ataque com requintes de selvageria, ao ônibus da linha 350, Centro-Irajá, incendiado na noite de 30/nov/2005, com cerca de 30 passageiros a bordo, tendo morrido 5 passageiros, entre os quais uma menor. A reportagem, desdobrada em vários dias, envolveu em seu curso um quadro das usuais suposições que marcam as matérias que possuem aspectos dúbios a serem explorados, com emprego dos típicos “suposto”, “supostamente” e termos do gênero.



As ressalvas que faço aos trabalhos de sociólogos e estudiosos, praticamente sem experiência de trabalho de campo, reunidos em Centros de Estudos de Universidades, criados há apenas alguns poucos anos e dedicados à implantação de (teóricas) Políticas Públicas, é de natureza pessoal e prática na área de Segurança.



Donos de títulos pomposos e de acesso fácil à mídia, agentes de influência naturais, quase sempre com definidos traços de posicionamento ideológico, típicos dos “intelectuais orgânicos”, donos da inconteste “verdade social” de tom progressista e revanchista, costumam influenciar a massa, criando situações de acordo com seus interesses.



A forma de se expressar e o linguajar destes estudiosos, e da mídia que os apóia, têm aspectos característicos e tendem a transmitir para o imaginário dos leitores versões dos fatos, não raro tendenciosas e, com o tempo, perigosas. Exemplifiquemos. Considerando que:



- Estes Centros de Estudo ou órgãos semelhantes têm um estereótipo definido a respeito da Polícia e da ação policial, vista como violenta e arbitrária, o que pode até ter suas razões de ser, com raízes históricas que vão além de meados do século passado por erros que repousam muitíssimo mais nas esferas políticas civis, em seus vários níveis, do que nas esferas policiais estaduais e federais, estas sempre atadas aos interesses daquelas;



- Há uma vesga tendência em atribuir à estrutura policial um procedimento herdado no bojo do sistema coercitivo, nascido no combate ao terrorismo, hipótese ideológica formulada por acadêmicos civis, jamais embasada em debates francos com especialistas civis e militares, com vivência nas áreas de Inteligência, Contra-Inteligência e Segurança Interna, quer no âmbito do SISNI (Sistema Nacional de Inteligência), quer no âmbito do SISSEGIN (Sistema de Segurança Interna);



- Os confrontos violentos entre marginais, supostos ou não, e Policiais ocorrem, em sua quase totalidade, próximos ou em áreas de risco de possíveis confrontos, definidos ou suspeitos sendo, portanto, objeto de alguma vigilância pelas forças de Segurança Pública;



- Estas áreas de risco normalmente servem de abrigo a facções de marginais, supostos ou não, e não raro estão próximas de familiares ou pessoas relacionadas com os mesmos;



- É normal que estas áreas sejam dominadas por uma facção criminosa, ou sejam palco da disputa entre facções;



- A mídia tem apresentado, há muito tempo, fotografias e filmes de adolescentes ou não, portando armamento de grosso calibre (revólveres, pistolas, carabinas, metralhadoras de mão) em várias destas áreas;



- Tem sido quase norma as reportagens apresentarem, após a ação policial, havendo ou não vítimas, o testemunho de moradores locais sobre as ocorrências;



- Quando há vítimas é usual os conhecidos ou familiares de feridos ou mortos, acrescerem o rol de testemunhos, em princípio criticando a atuação da Polícia, e a expressão “a polícia chegou atirando para todo lado” já é clichê ;



- Certos jornalistas bem conhecidos por seus vieses revanchistas, ligados ou não às organizações marxistas, chancelam as reportagens ou matérias que difundem o pensamento destes Centros, tais como o Caco Barcelos, o Élio Gaspari e outros.



Do exposto, é natural que:



O repetido noticiar pela mídia e o tom de suposição criado nos confrontos entre policiais e prováveis meliantes, em áreas sujeitas à prática de ações ilícitas, quando a ação policial é tipificada e clara e as de seus oponentes é a de “supostos” agentes de atos ilícitos, tendem a criar no imaginário do leitor ou do ouvinte a dúvida a respeito da licitude da ação policial, gerando, em conseqüência, as mais variadas ilações exploradas pela mídia.



Assim, todo Sistema de Segurança Pública é atingido pela suposta aderência à prática de violência e todo policial é nivelado pelo mau uso da autoridade.



Ao mesmo tempo, cria-se a imagem de que o marginal é pobre e sempre ou quase sempre é pessoa de cor, desempregado, morador dos núcleos desassistidos, vítimas da sociedade burguesa.



Esquecem que a grande maioria destas áreas é composta de gente ordeira e que os governos dos partidos ideológicos (PT, PCB, PC do B e outros), os populistas e as ONGs de fachada social nada ou quase nada fizeram e fazem para apoiá-las de fato. Quando governo, só adotam medidas paliativas.



Na realidade a constatação da maioria ordeira existente nestas áreas e seus “porquês”, sempre foi menosprezada nos estudos e nas pesquisas de cunho sociológico, não merecendo a devida atenção dos exploradores ideológicos da miséria, marxistas e padrecos das CEBs.



As tais políticas públicas visam as conseqüências muito mais que as causas e só se reavivam nas épocas eleitorais.



Quem se lembra quando a Segurança Pública foi impedida de subir os morros no Rio? Quem se digna a afirmar que o PT implantou algo de bom na Segurança Pública aonde foi governo? Quem ousa afirmar que agora, envolvido como está com a corrupção e a malversação dos dinheiros públicos, fará algo? Quem ousa afiançar que o clima de violência pode diminuir ante a escalada da falta de autoridade moral congênita do chefóide do governículo federal, Luis Inácio Lula da Silva, seus ministrículos da Justiça e da Defesa, defensores do brasílico–cubano Zé Dirceu?



Não tem razão o brasileiro, ao pedir que o Presidente fale pelo menos uma vez a verdade? Se ele nunca falou a verdade, como irá falar sobre o que não sabe? E mesmo que falasse quem acreditaria? Eu? Nunca!





Observação – elementos que assessoraram ou participaram das Comissões de Direitos Humanos, a meu ver, não possuíam cabedal para os assuntos de Segurança aqui abordados.





(*) Coronel Reformado do Exército Brasileiro, dedicou-se às áreas de: Segurança Nacional e Segurança Interna; Inteligência, Contra Inteligência e Operações de Inteligência; Subversão e Contra-subversão.













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