O resultado desse julgamento é tão cínico e hipócrita que me deixa sem palavras. Condenar o Pe. Lodi por ter chamado a criminosa abortista de "abortista", deixou-a com danos "irreversíveis de abatimento psicológico e dor", mas não provoca nada disso em suas vítimas que têm de arrancar seus bebês aos pedaços, nem mesmo no Pe. Lodi que há anos luta pela VIDA desses seres indefesos.
É revoltante, mais que qualquer coisa, saber que as senhoras mães desta sonsa ladra e criminosa, e destes "juízes" não pensava do mesmo modo que eles e lhes permitiu virem ao mundo para tornarem-se esses monstros.
Ao Pe. Lodi, só posso depositar minha irrestrita e absoluta solidariedade e apoio nesta luta desigual. A estes crápulas criminosos, que Deus não tarde em lhes aplicar Seu justo julgamento.
Sds,
MG (Graça Salgueiro)
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PUBLICADO O ACÓRDÃO QUE PROÍBE A PALAVRA "ABORTISTA"
Só agora foi publicado o acórdão (decisão colegiada da 1ª Turma Recursal do DF) que condenou, em 16/08/2005, o Pró-Vida de Anápolis por ter usado o adjetivo "abortista".
Tal palavra foi usada unicamente na legenda de uma fotografia, já publicada pelo jornal Correio Braziliense, em que figuravam várias pessoas (inclusive o sacerdote presidente da entidade condenda) debatendo sobre o tema "aborto e moral", em um evento público no auditório do Ministério Público do Distrito Federal.
Publicado no Diário de Justiça de 1/12/2005 às folhas 311/325, o acórdão de 14 páginas (ver anexo) em momento algum diz qual outra palavra deveria ter sido usada para designar os defensores do direito de a gestante fazer aborto.
A condenação atendeu ao valor máximo pedido pela autora (R$ 4.250,00 mais juros moratórios).
Em momento algum a Turma Recursal mostrou-se sensibilizada pelo fato de o Pró-Vida de Anápolis ser uma entidade beneficente, sem fins lucrativos, que sobrevive à custa de doações, atendendo às gestantes e aos bebês.
Pelo contrário, o valor fixado para os honorários advocatícios a serem pagos à parte vencedora foi o maior possível: vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação.
Resta agora um Recurso Extraordinário para o Supremo Tribunal Federal.
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Alguns trechos do acórdão:
Voto do Relator:
[O Pró-Vida de Anápolis] ...deveria pautar sua atuação pelos princípios que permeiam a doutrina cristã, notadamente a tolerância, o respeito e amor ao próximo, denotando que deveria simplesmente apontá-la como antropóloga que não se afina inteiramente com o posicionamento da entidade na sua ferrenha oposição ao aborto, independentemente da situação da gestante ou do feto que traz no ventre, está permeada por um expressivo ataque à honra da apelada, à sua moral e à sua reputação profissional e pessoal, haja vista a qualificação que lhe fora destinada e aposta abaixo da sua fotografia (“antropóloga abortista”).
[..]
Esse comportamento, evidentemente, não condiz com a salutar e irrenunciável liberdade de expressão, que deve vicejar e estar amalgamada como dogma constitucional no ordenamento jurídico de qualquer país que viva sob as bitolas dos enunciados que guarnecem o estado democrático de direito.
[..]
Desse modo, estando patente que a apelada fora indevidamente atingida em sua honra, decoro e dignidade pelas indevidas imputações que lhe foram endereçadas pelo apelante, sendo que a causa originária dos fatos lesivos fora o injurídico procedimento por ele adotado, o que lhe provocara, irreversivelmente, abatimento psicológico e dor, assiste-lhe o direito de ser indenizada quanto aos danos morais oriundos das ofensas que sofrera.
[..]
Voto do vogal
É importante lembrar que [...] estamos diante de um caso de intolerância religiosa em pleno século XXI, em pleno ano 2005. Essa foi a expressão usada por S. Ex.ª, que ratifico integralmente e tomo a liberdade, concessa venia, de fazê-la minha também.
[...]
E espero, sinceramente, que, daqui para a frente, comportamentos intolerantes, que nos remetem aos tempos medievais da Santa Inquisição, não se repitam em novas ações que exijam a intervenção do Poder Judiciário, porque, no que depender particularmente de mim, e creio que de S. Ex.ª e da eminente Presidente, tais condutas serão severamente rechaçadas.
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Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Telefax: 55+62+3321-0900
Caixa Postal 456
75024-970 Anápolis GO
http://www.providaanapolis.org.br
"Coração Imaculado de Maria, livrai-nos da maldição do aborto"
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Comentário:
Félix Maier
Quem pratica pederastia é o quê? Pederasta! Quem pratica roubo é o quê? Ladrão! E quem pratica o aborto de bebê é o quê? Além de assassino de bebê é abortista, porca miséria!
Aos poucos, vai vencendo em nossa sociedade o conceito do "politicamente correto", que, no uso de eufemismos e circunlóquios vazios, solapa valores agregados à sociedade durante séculos, tentando transformar assassinas de bebês em pessoas que teriam "direito de dispor do próprio corpo". Que "direito" é esse que atenta contra a vida de um ser humano já perfeito, que teve o início da vida gerado na concepção, que é um corpo totalmente distinto da mãe, não apenas um de seus membros, que pode ser arrancado e jogado fora sem quaisquer conseqüências, uma vida que deveria ter direitos ainda maiores que os adultos por ser o mais frágil e inocente de todos os seres humanos?
Em 2000, eu já havia escrito um texto sobre o assunto em Usina de Letras(http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=424&cat=Ensaios&vinda=S). Na ocasião, tratei da ONG "Católicas pelo direito de decidir", filial da "Catholics for a Free Choice" (CFFC). Obviamente, tal grupo não pode se considerar "católico", simplesmente porque a doutrina da Igreja não permite o aborto. Daí eu ter dado outro título ao grupo abortista, "Católicas pelo direito de matar", título muito mais condizente com as loucuras assassinas que aquele grupo feminista prega.
Além da bobagem expressa no julgamento do Tribunal de Justiça do DF, que simplesmente criminaliza a definição de uma palavra, foi iniciada no Brasil a censura que Lula da Silva pretendia impor com sua "Cartilha politicamente correta", proposta por "Numerário" Miranda, mas que foi exemplarmente rejeitada por intelectuais como Arnaldo Jabor e João Ubaldo Ribeiro, e assim, colocada em banho-maria até uma próxima oportunidade de ataque petista.
A continuar nesse rumo, o Brasil definitivamente começou a entrar nas trevas da mais ridícula e nefanda intolerância, tornando-se membro de nações retrógradas como Cuba, China, Irã, Coréia do Norte, Arábia Saudita e o Afeganistão dos tempos dos talibãs.