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Artigos-->Césares nas arquibancadas -- 21/11/2005 - 15:52 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Césares nas arquibancadas



Ernesto Caruso, 17/11/2005



Quantos césares nas arquibancadas com o polegar para baixo, a condenar o Comandante do 20º BIB de Curitiba que teve escancarada uma janela indiscreta a mostrar ao mundo cenas de espancamento de companheiros recém-chegados dos cursos de formação de sargentos. O salutar trote de recepção, aproximação e integração aos mais antigos na organização militar, deturpado pelos reprováveis e condenáveis atos de sadismo, serve de escárnio à Instituição na costumeira orquestração da Rede Globo. Sim, orquestração, pois que se sucedem, nos programas noturnos e repetidos nos jornais matutinos...



Parece coisa combinada. A queima de documentos na Base Aérea teve mais de um laudo, de modo a valer o que acusa e condena a organização militar vinculando qualquer assunto ao regime militar, ultrapassado no tempo por período igual ao da sua existência, na gestão de governos completamente de civis — como gostam de dizer, produzidos pela sociedade civil organizada (horrível, desnecessária e empoada expressão) — postos em dúvida até por quem deles têm participado como desastrados, corruptos, incompetentes e destruidores do Estado Nacional, aumentando a miséria, o desemprego e o crime organizado, como parceiros e concorrentes, nas privatizações, nas gavetas, nas maletas, no mensalão, no mensalinho, no cuecão e na mão grande dos anões.



Até na comemoração dos 100 anos da Avenida Rio Branco, diferentemente dos outros canais, o ponto alto foi marcado pela condenação ao regime militar e exaltação ao comunista arquiteto.



A sintomática afinação entre os escândalos envolvendo o governo do presidente Lula e a necessidade de cortinas de fumaça, produzidas pela tv com exclusividade em rocambolescas ações policiais ou nos filmetes conseguidos como os da queima dos documentos ou das cenas de sadismo e masoquismo dos trotes. Por quê os maltratados não denunciaram os agressores? Será que entenderam como uma brincadeira de mau gosto, ainda que repulsiva aos nossos olhos incapazes de avaliar os danos causados? Cenas fortes de novela também nos comovem, apesar do sangue que não é sangue e do soco e tiro que não ferem.



Quanto à exoneração, afastamento e execração do Comandante da Unidade, mais uma atitude de governo, ansioso de publicidade em busca de credibilidade conseqüência da rapidez na decisão, do que propriamente uma ação de comando saneadora e equilibrada.



Faz lembrar do Governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho quando demitiu o Comandante Geral da Polícia Militar pela ausência daquele comandante no local do triste episódio ocorrido próximo à sede do Clube Militar na Rua Jardim Botânico, quando um tresloucado seqüestrara um ônibus e foi morto, assim como uma passageira. E fez mais. Demitiu o Comandante do Batalhão que dirigia as operações e que esteve diante do criminoso, arriscando a própria vida. No entanto, não manteve o mesmo raciocínio quanto ao Secretário de Segurança que "deveria" estar no local, bem como o próprio Governador, determinando para fazer isso ou aquilo.



Encontrar alguém "politicamente culpado" é que interessa. Bode expiatório para aliviar a pressão sobre os escalões mais elevados que fogem das suas responsabilidades diante dos infortúnios dos seus subordinados. Culpados são os agentes do crime e da transgressão, autores, co-autores e omissos.



Não é a primeira vez no meio militar. Os fatos se repetem. O afastamento do adido militar na Inglaterra e a do assessor e Diretor da ABIN, por conta de uma participação nas atrocidades da "ditadura militar". O recuo nas notas do CCOMSEX, quando da "mentira Herzog"; a apuração de uma denúncia de superfaturamento para aquisição de fardamento por órgão estranho ao Exército antes que a Diretoria de Auditoria desempenhasse o seu papel.



E, agora. Uma decisão de afastamento do Comandante sem apuração. Se julgado conveniente o inquérito poderia ser feito pelo escalão superior ao Batalhão, que es tá diretamente subordinado à 5ª Brigada de Cavalaria Blindada (Ponta Grossa-PR), tendo ainda o Comando da 5ªRM - 5ª DE (Curitiba), que está subordinado ao Comando Militar do Sul (Porto Alegre), este subordinado ao Comandante do Exército. Assim, entre o Coronel e este último, têm-se um General de Brigada, um General de Divisão e um General de Exército. Foram ouvidos? Qualquer desses poderia determinar a abertura do IPM ou cumprir a decisão do Comandante do EB efetivando uma ação externa, de forma isenta, sem qualquer influência sobre um encarregado do IPM, integrante do Batalhão.



Aí, sim. Seriam apuradas a participação, a omissão, ou isenção daquele Comandante, com as punições de todos os culpados, como costuma acontecer na caserna.



À reflexão: Será que o Reitor ou um Diretor da Universidade onde foi morto por afogamento — repito em letras "pequenas", MORTO, ASSASSINADO — na piscina um vestibulando de medicina, foi afastado?



Ou se fez um inquérito policial e em conseqüência, um ou vários julgamentos, como manda a lei?



Dos envolvidos a única punição se restringe à divulgação dos seus nomes pela Internet, todos médicos, onde exercem a profissão de salvar vidas.









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