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Artigos-->Crônica cômica, se não fosse atônita -- 11/11/2005 - 12:09 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DIA DE CÃO



Caros conterrâneos,



Acordo às 04:00 Hs de uma manhã no dia 10 Nov 2005 e ligo o computador.Espero meia hora pela a abertura da página , que não vem , porque um amigo resolveu enviar um verdadeiro jornal por e-mail.



Saio para caminhar na Beira-Mar .Às 06:45 hs , um empresário amigo me interrompe pedindo socorro:" Fui assaltado, levaram meu celular e o bandido está mais adiante", declara.Poucos metros à frente deparo-me com o bandido de rosto no chão , dominado por transeuntes da alta-sociedade fortalezense.Peço um celular para ligar o 190 , mas ninguém tem , com medo de assalto.Mas o bandido tinha o produto.Procuro um policial mas , devido a distância, não me ouve. Encontro 05 ( cinco ) guardas-municipais batendo papo e peço ajuda.Que nada ! Riem da minha cara como se eu fosse mais um velho maluco e continuam conversando.



Recomeço minha caminhada tentando esquecer os fatos , num calçadão escorregadio devido à fina chuva que cai.Tropeço em um imenso buraco e me estatalo com a testa no cocô do cachorro da frente.Insisto na caminhada e deparo-me , já em frente ao Náutico , com uma família morando debaixo de uma castanhola e os filhos cheirando cola para quebrar o jejum. Mais adiante, cruzo com um travesti e duas prostitutas em frente aos hotéis mais chiques da cidade.Gente feia , fedorenta , suja , mal-nutrida , drogada ou faminta , enfim , o retrato dos governos petistas.

Insisto em completar meus 4 Km mas , novamente , tropeço em outro buraco e quebro o dedo do pé! Um amigo tenta ajudar-me , mas aproveita para denunciar que está construindo um prédio do INSS, ao lado do HGeF, mas encontra dificuldade devido à ação dos marginais.Nem perguntou se meu dedo doía.



Tento, ainda calmo, confortar-lhe dizendo que minha família já foi assaltada em nossa casa de praia , minha filha violentada na calçada do Náutico , e que nada aconteceu.E os morros do Rio de Janeiro ? Perguntou e respondí: joga gasolina de um avião e acende um fósforo embaixo.Não há solução.



Aproveitando um Sgt Bombeiro que fica na Praça dos Estressados tiro a pressão e acusa 16 X 10.

Ao resolver voltar para casa vou observando as ruas sujas , mal-cuidadas , mato crescente e o porteiro de um edifício limpando sua lixeira e jogando os detritos na calçada , como se fosse o único habitante da cidade.



Passo no Hospital Militar para confirmar a pressão e o médico é enfático: "outro início de manhã como este e você é um homem morto ".



As cenas acima relatadas passaram-se no chamado "Cartão de visitas da Cidade" e foram testemunhadas por centenas de cidadãos de classe média-alta e algumas "autoridades" que fazem a salutar caminhada diariamente na famosa Beira-Mar.





Paulo Cesar Romero Castelo Branco , cidadão , contribuinte e indignado.



Dionísio Torres - Fortaleza







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