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Artigos-->Choques depois de Gaza -- 07/11/2005 - 12:22 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Choques depois de Gaza



Nahum Sirotsky – De Israel



O fato da Assembléia Geral das Nações Unidas ter aprovado, por unanimidade, a fixação de 27 de janeiro como Dia do Holocausto, dia para que todos os países-membros jamais esqueçam o genocídio cometido na Europa nos anos quarenta do século passado, foi um grande ato. Todos concordaram em condenar todas as formas de racismo e etc. e etc. Foi um grande feito dos que promoveram a idéia 60 anos após o fim da II Guerra e da derrota da tropa nazista que construíra e administrava o Campo de Concentração onde haviam massacrado e queimado cerca de um milhão e 500 mil seres humanos, no caso, judeus na sua absoluta maioria. Foram um total de seis milhões os massacrados. Pronto. Agora o mundo reconhece o crime que ainda é negado por gente cujos ódios e preconceitos sustentam com total fanatismo, o genocídio de judeus europeus e de sua multimilenar cultura.



Em Jerusalém existe uma instituição, o Yad VaShem, onde estão colecionados cerca de três milhões de nomes. Nem todos os mortos constam. Incontáveis registros foram destruídos.



Nunca mais, se dizia depois da guerra, diante dos horrores cometidos e cuidadosamente fotografados por seus autores. Como se diz, palavras o vento leva. Houve outros. Vários. Assim, os tutsis foram massacrados pelos utus, tribo rival, africanos ambos, questão que está sendo discutida nestas horas em Jerusalém com a participação de sobreviventes. Matança de um milhão por todos os meios imagináveis. Ao ser humano não falta imaginação. Regiões do Iraque são diariamente transformadas em matadouros.



O ano tem 365 dias, cada um deles dedicados a fatos heróicos ou covardes, sagrados ou pecados. A Carta das Nações Unidas é um compromisso de respeito às leis da convivência entre estados, povo, nações, religiões. Há 60 anos que não existe uma guerra mundial, um recorde histórico, porém, no tempo, aconteceram incontáveis guerras entre estados e civis. Não houve um só dia de paz entre os homens.



Há menos de 45 dias saudava-se a retirada de colonos israelenses da Faixa de Gaza como um grande passo na correta direção de uma paz entre israelenses e palestinos. Ficou-se nas esperanças. As relações voltam a se complicar. Tem havido mortes de lado a lado.



Não tenho visitado a área palestina. Mas cito Khaled Duzdar, co-diretor da Unidade de Questões Estratégicas do Centro Israelense-Palestino de Pesquisas e Informação em Jerusalém. É a tradução da apresentação dele feita no pé de um artigo publicado no “Daily Star”, excelente diário em língua inglesa de Beirut, capital do Líbano. Não excplica tudo, mas, explica muito. O titulo é: “Mahmoud Abbas dança com lobos que o podem engulir” (“Mahmoud Abbas is dancing with wolves, and they may swallow him”) de 1/112-2005.



Não devo traduzir tudo pois o jornal tem os direitos, o copyrigth. A essência é grave denúncia de um intelectual palestino respeitável e conceituado. Mahmoud Abbas também é conhecido pelo seu pseudônimo de Abu Mazen. Ele é o presidente da Autoridade Palestina, o governo eleito dos palestinos.



Duzdar lamenta que os fatos estejam confirmando suas previsões de há tempos de que, sem que a ordem fosse imediatamente estabelecida, a situação na zona palestina chegaria a caótica. No momento a anarquia “pode levar a situação semelhante a que aconteceu na Somália, onde facções e milícias fazem o que querem, as vilas e cidades estão divididas em áreas controladas por senhores feudais que se comportam como vândalos, e há uma ausência de lei e ordem”, escreve. E diz que as forças de segurança palestinas violam as leis e que a anarquia já chegou ao caos. Que as forças da lei já chegam a empregar táticas de insurgentes iraquianos. E que ninguém pode se apresentar como “resistência armada” quando armas palestinas são empregadas contra alvos palestinos. Afirma que a zona palestina é controlada por milhares de milicianos armados em que desafiam a Autoridade Palestina e ameaçam a unidade do povo. Acusa o Fatah, que é vinculado a Abu Mazen, de responsável .Grupos militantes usam o nome do Fatah e se transformaram em gangsters. Urge desarmá-los. São bandidos.



O Hamas, (organização islâmica) acusa veemente, tenta convencer ao povo de que sua guerra é que forçou os israelenses e sairem de Gaza e pretende criar uma autoridade paralela acima da Autoridade Palestina. Ele escreve que a resistência do Hamas a decisões de Abu Mazen equivale a choque entre a Autoridade nacional e grupos que atuam fora da lei. Não há mais motivo para grupos armados em Gaza pois “as forças de ocupação não mais estão lá”. A desesperança e o sentimento de insegurança do povo é pior agora do que nos tempos da ocupação. O palestino acha que o comando das forças de segurança é de corruptos. E conclui que “parece que o presidente Mahmoud Abbas dança com os lobos quando tenta negociar com grupos palestinos para restabelecer a ordem pública. O respeito à lei nacional não deve ser negociável. E tem de começar já.



Acontece que não se passa dia sem choques entre tropa israelense e grupos palestinos como o Jihad, o Hamas e outros tantos. Tais caminhos só levam a mais choques.



A Assembléia Geral das Nações Unidas votou o dia em memória do Holocausto num momento em que vivem sob o receio de atentados e desordem. Há confrontos nos subúrbios de Paris. Londres chora vítimas de atentados. Da Austrália chegam notícias de que o governo tem informações sobre intenções de ataques terroristas. Há notícias semelhantes de todos os cantos. Há poucas semanas, reunião da quase duas centenas de chefes de governo e de Estado realizada em Nova Iorque, a Cúpula do Milênio, concordou na condenação do terrorismo.









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