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Artigos-->Apolônio de Carvalho, símbolo da esquerda -- 25/10/2005 - 12:20 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SÍMBOLO DA ESQUERDA



por Alceu Garcia, advogado



Na falta de coisa melhor para fazer, eu estava vendo o Fantástico na TV Globo outro dia, quando a apresentadora anunciou, em tom solene, o

funeral de Apolônio de Carvalho. O veterano militante comunista foi definido categoricamente como um símbolo da esquerda por ter lutado pela

liberdade e pela justiça. É curioso que as Organizações Globo, ao emitirem juízo tão

peremptório, tenham automaticamente se colocado no campo da opressão e da injustiça, visto que a empresa sempre se opôs, ao menos verbalmente, a

tudo que Apolônio representou. Mas não quero tratar aqui da incoerência do discurso da Globo. Prefiro investigar a veracidade da afirmação a

respeito do falecido. Teria sido ele efetivamente um campeão da liberdade e da justiça?



Não é o que se conclui do exame de seu currículo. Apolônio de Carvalho participou do fracassado golpe de estado comunista de 1935, no Brasil,

planejado e comandado por emissários da União Soviética. Não há obviamente nenhum mérito em servir a um dos regimes mais brutais e injustos que já existiu, sem mencionar as dezenas de brasileiros assassinados pelos golpistas.



No capítulo seguinte de sua biografia, Apolônio aparece na guerra civil espanhola (1936-1939), lutando do lado esquerdista. As facções que

compunham esse grupo, a stalinista, a trotskista e a anarquista, além de rivalizarem na prática de massacres inomináveis contra a população

indefesa, sobretudo os católicos, empenhavam-se ferozmente na eliminação uma das outras. Certamente a liberdade e a justiça não teriam prevalecido na Espanha se a esquerda tivesse vencido a guerra. De nada adianta argumentar que a

direita espanhola foi auxiliada pelo nazi-fascismo. Quem combate por Stalin não pode censurar quem recebe ajuda de Hitler.



A cereja do bolo biográfico de Apolônio de Carvalho é a sua participação na resistência à ocupação nazista da França. Pelo menos

nesse episódio, dizem os apologistas de Apolônio, é preciso admitir que o brasileiro estava do lado da liberdade e da justiça. Não é verdade.

Apolônio, para variar, integrava o grupo comunista da resistência francesa. Acontece que os comunistas eram aliados dos nazistas quando a França foi ocupada pelos últimos em 1940. Inclusive foram instruídos por Moscou a

sabotar de todos os modos possíveis o esforço de guerra francês, o que equivale a dizer que os comunistas foram cúmplices da submissão da

França. Somente depois da invasão da União Soviética pela Alemanha, em 1941, os

comunistas realmente lutaram contra o nazismo, não em nome da liberdade e da justiça, evidentemente, mas em nome do comunismo.



Encerrada sua tournée internacional, Apolônio voltou a concentrar suas energias no Brasil. Seus feitos por aqui demonstram que ele nada mudara

desde 1935. Tornou a promover atos de guerrilha e terrorismo contra o governo militar nos anos 70 do século passado, em mais uma tentativa

fracassada de comunizar o país. A seguir, foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores, que dispensa comentários.



Examinando a carreira de Apolônio de Carvalho, é correto reconhecer que ele foi um homem coerente e corajoso. Mas a coerência e a coragem

são virtudes "cegas", vez que, em si mesmas, não conduzem necessariamente a fins virtuosos. É perfeitamente possível, e até comum, a coerência no erro e a bravura a serviço de causas odiosas. É o caso do nosso homem. Durante toda a sua vida, sua bravura e coerência estiveram a serviço do comunismo, a causa mais injusta e opressiva que se pode imaginar.











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