A Internet difundiu mensagens eletrônicas de militares da reserva contra atitudes de companheiros, no exercício de atividades de Inteligência no passado, ou partícipes em fatos atuais, em várias ocasiões.
Numa destas difusões um e-mail indagou sobre uma suposta pretensão de ação “manu militari” por parte dos que se aglutinam sob um suposto “Sávio e Cia” e criticam os chefes militares por: inusitadas concessões de medalhas para homens que compactuaram com assassinatos de civis e militares na época da luta armada; atitude omissa e até desonrosa diante de certo tipo de acusação as Forças Armadas (um exemplo é o caso das fotografias do Herzog); omissão diante dos ataques da mídia ao Exército e, em particular, contra os que executaram missões na área de Inteligência; e a condução complacente e sem nexo no caso dos vencimentos dos militares.
O Sávio de “Sávio e Cia” sou eu, com 73 anos de idade... Os ignorantes, por propalarem o que não sabem, andam me supervalorizando no campo de supostas articulações de ação armada e fazem o jogo do campo adverso... Sem intenção malévola? Não sei não... Sinceramente, prefiro achar que é apenas falta de bom senso.
Pela indagação estapafúrdia de que “Sávio e Cia” parecem pretender uma ação manu militari os autores deslizam para a área do desconhecimento e fazem o jogo do Genoino e do Zé Dirceu que murmuram à socapa a existência de um imaginário clima de golpismo.
Manobra conhecida de chicaneiros da politicagem petista, comandados pelo praticante de falsidade ideológica e outras falsidades, apelidado Pedro Caroço, de codinome Comandante Daniel, da ALN, ou, se quiserem, José Dirceu, introdutor do Valdomiro, o da CPI dos “Bingos”, no serviço público, quando o Zé era Chefe da Casa Civil do Executivo.
Por obra e graça de um tal Bob, o Zé parece ter sido mais uma vez desmascarado (será?). Anteriormente o José Dirceu foi desmascarado por: Paulo de Tarso Venceslau; Cid e Cezar Queirós Benjamin; e Carlos Eugênio Paz, todos então no PT e seus antigos companheiros na ALN e no Curso de Guerrilha em Cuba, sendo perfeitos conhecedores de sua falta de caráter. Do que adiantou? Os denunciantes e os relatores da investigação partidária atiraram no vazio, sendo o processo suspenso, por ordem da cúpula petista, no “egrégio” Conselho de Ética (sic) do PT, apesar das conclusões das sindicâncias procedidas. Os fatos ocorreram em 1.997/98.
Retornando ao caso “Sávio e Cia.”. A mensagem eletrônica é de mau gosto e cheira até a uma linha de apoio ao Zé Dirceu, “Comandante Daniel”, e ao Genoíno, o “Geraldo”. Sempre assumi e assumo meus atos e afirmo não haver nem a tal Cia. nem ninguém conspirando comigo. Caso eu esteja comungando com as mesmas idéias de outros, sentirei orgulho de acompanhá-los caso julgue chegado o momento, como fiz desde antes de novembro 1.955. Além do mais, aos 73 anos de idade seria muito difícil, mas não impossível, tomar parte numa empreitada manu militari...
Há clima de insatisfação no meio militar? Não há como negar que ele existe, sem dúvida, lastreado na forma vil e matreira com que estão sendo conduzidos os problemas: de contingenciamento de verbas; dos vencimentos; da manutenção das Forças Armadas; e da criação amoitada de forças paralelas de Segurança Pública, sob controle do Ministério da Justiça, para cumprir cada vez mais as missões típicas de garantia da lei e da ordem. Até chego a pensar em coisa planejada pelos que propalam golpe, trabalham para desandar a confiança nas Instituições, sufocam a Nação com a corrupção e provocam a insatisfação progressiva das massas.
Estes oficiais afirmam ser filhos de militares. Pertenço à quarta geração de família militar e não só acompanhei o Movimento Cívico Militar de 1.964, que visava a reconduzir o país aos trilhos da Estado Democrático, combatendo os que queriam implantar aqui uma República Democrática Popular, no modelo marxista-leninista implantado na Europa Oriental, mas atuei antes, durante e depois, com muita honra. Quem bem me conhece bem sabe...
Além do mais se enganam em relação à ausência de protestos contra os Comandos Militares, antes de 31 de março de 1.964. Caso leiam os livros desde o ciclo dos tenentes, na década 1.920-30, até a queda do Getúlio em 1.945 verão que os protestos foram patentes. Houve muitos protestos e prisões... Depois de 1.945, muitos atos de indisciplinada revolta contra a situação eclodiram, mesmo antes da ”novembrada” de 1. 955.
Caso houvesse Internet ela ficaria entupida de janeiro a março de 1.964. Os senhores devem estar lembrados dos lances finais que deram a maioria para os que souberam fazer a hora: a revolta dos graduados de 1.963 em Brasília; o comício da Central; a reunião do Automóvel Clube; a revolta aventureira dos marinheiros; e a Diretriz do Chefe de Estado Maior do Exército, Exmo. Sr. Gen Ex Humberto de Alencar Castelo Branco.
Os senhores devem recordar que o Gen Ex, Jair Dantas Ribeiro, Ministro do Exército, em 1.964, seu Gabinete Militar, assim como vários Comandos Militares, foram ultrapassados. Donde...
Nunca defendi uma ação militar contra o atual desgoverno que assola o país...
Não vejo condições materiais e lideranças capazes de executá-lo, no momento, tendo que enfrentar os Movimentos de Luta pela Terra treinados e preparados, e os enclaves do narcotráfico e outras organizações criminosas ou não (Movimentos Sociais, Associações e ONGs radicais) no Rio de Janeiro / RJ, São Paulo / SP e demais cidades de porte, capitais ou não.
Convém ler o livro “Noticias do Mirandão” de autoria do Fernando Molica, repórter investigativo da “Globo”, um romance dito de ficção, publicado pela editora Record, em 2.002. As expressões, as conversas e o enredo são por demais realistas e assemelhadas as atividades do narcotráfico aliado a certos setores de Movimentos ditos Sociais (Pastoral Carcerária, CEBs ligadas Teologia da Libertação CIMI, MST, “Sem Teto” e por aí em diante), Partidos e facções políticas Socialista-revolucionárias (UNE e UBES, por exemplo).
Os meus críticos citam fatos correntes como repetições parecidas com as do passado e parecem achar natural que os atuais Comandos das Forças e outros setores responsáveis pela garantia da lei e da ordem deixem tudo como dantes na Casa de Abrantes... É uma posição natural e constitucionalmente legal. Deus queira! Assumo minha atitude de crítica, sujeita aos riscos que bem conheço...
Caso o Lula, seus capangas e quaisquer outros tentem uma ação direta ou não contra o Estado Democrático de Direito, estarei contra, apesar da idade.
Observação – A mensagem eletrônica do Ten Cel Inf R/1, Saint-Clair Peixoto Paes Leme Neto, que não conheço, foi difundida na Internet e está transcrita a seguir. Muito pensei para respondê-lo, porém como está se tornando hábito a difusão de artigos deste tipo no correio eletrônico resolvi responder.
Aos amigos do Ternuma, do MSM e outros as minhas escusas. Polêmicas deste tipo desgastam e devem até ajudar os nossos adversos, sejam militantes, sejam “companheiros de viagem”, inocentes úteis, ou ainda “intelectuais orgânicos”. Porém não dá para agüentar... As outras mensagens eletrônicas eu respondi de forma descaracterizada e sem citar os autores, pela consideração que tenho pelo idealismo de UM deles.
E ainda por cima esta campanha pelo desarmamento cujo resultado poderá fortalecer: 1) a marginalidade; 2) o contrabando de forma específica; 3) as indústrias estrangeiras de fabricação de armas; 4) os interesses de Ford Foudation; e 5) futuras ações de luta armada locais ou não, caso venham eclodir, o que pelo andor da carruagem, não sei não... Deus queira que não.
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----- Original Message -----
From: jllfreitas
To: undisclosed-recipients:
Sent: Friday, June 03, 2005 9:51 AM
Subject: En:Fw: Carta ao comandante do EB
REPASSANDO
Prezado Amigo Marquinho
Tenho recebido inúmeras mensagens como essa, tecendo críticas aos chefes militares, onde se incluem os nossos estimados companheiros de turma que são generais. Como já diz aquele grande filósofo Zeca Pagodinho, “se chiar resolvesse, o sal de frutas não morria afogado”.
Marquinho, o que o Sávio Costa e cia. desejam? A tomada do poder “manu-militari”? Isso só poderia ser feito pela pressão do povo, como em 1964! No dia em que, eventualmente, o governo Lula conseguir o repúdio da população e, principalmente da classe média (grande formadora de opinião); houver passeatas como a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” (São Paulo- 19 de março de 1964) ou como as dos caras-pintadas mais recentemente na era Collor, aí sim algo poderá e deverá ser feito. Caso contrário, esse tipo de atitude – solapa aos chefes militares – sempre será um desserviço às Forças Armadas e ao país.
Filho de militar, assim como você, acompanhei de perto os acontecimentos que antecederam a Revolução de 1964 e confesso que tenho a sensação de “dejà-vu” com várias coisas que ocorrem agora, como por exemplo: o Stédile não é uma nova versão (mais inculta) do Francisco Julião das Ligas Camponesas? Por sua vez, o MST não passa de uma releitura da ULTAB (União dos Lavradores e Trabalhadores Agrícolas do Brasil) e da MASTER (Movimento dos Agricultores sem Terra) da década de 60?O José Dirceu não lhe parece ser uma versão “Brizola-light”? E a corrupção que campeia solta em todas as esferas de poder e os esforços que são feitos para escamotear a verdade (vide caso Correios)? Não lembra as falcatruas dos antigos Parlamentares? Na área internacional, o Hugo Chavez não poderia ser comparado a Allende? O velho Fidel não continua o mesmo de sempre.
O atual processo de ler a nossa história pela ótica da esquerda também é velho, pois a antiga Divisão de Educação Extra-Escolar do MEC já fez isso em 1963, com a distribuição das cartilhas da famigerada “Coleção História Nova”, recorda?
Enfim, Marquinho, não vou me estender mais sobre as mazelas que atravessamos hoje e no passado para não me tornar prolixo e tedioso. Desejo apenas ratificar a minha opinião quanto à necessidade de nos mantermos unidos na caserna e prestigiarmos nossos chefes e companheiros, pois no passado foi essa união que nos salvou das garras do Marxismo. No dia em que a população em peso acender velas nas janelas em repúdio ao governo, como no dia 13 de março de 1964 (Comício da Central do Brasil), tenho certeza que brotarão vários lideres em nossas hostes para dar um BASTA a isso tudo!
Um forte abraço do amigo
Saint-Clair Peixoto Paes Leme Neto – Ten Cel Inf R/1
De: "Saint-Clair Paes Leme" saintpl@superig.com.br
Meu posicionamento a respeito do idealismo, é que o coloco no campo do subjetivismo pela sua tendência a atribuir caráter subjetivo à realidade, admitindo-o, porém, como força propulsora de ideais e utopias, as quais não raro sucumbem diante das realidades deste nosso mundo.
Valorizo o pensamento objetivo e racional, desde minha formação, em especial quando amadurecemos e enfrentamos as duras contingências vividas e as frustrações de vencedores vencidos em lutas fratricidas que não provocamos.
A disciplina militar prestante não se apreende Senhor na fantasia (parodiando Camões)...
Observação: os trechos em itálico adiante são de um idealista que critica a atitude dos que, como eu, se colocam contra as indecisões ou apatia de alguns Chefes Militares face às ações de elementos adversos do Governo e da mídia contra o estamento militar. Não o nomeei em razão de sua crítica não ter sido dirigida de forma direta à minha pessoa e por respeitar seu trabalho, mesmo discordando em alguns aspectos pontuais...
Quem cala consente, diz o adágio popular.
O IDEALISMO –
A minha inabalável crença nos valores do idealismo dos homens e mulheres que têm inculcado em suas almas de soldado a sedução irresistível da vocação pela carreira das armas, foi à razão precípua de meu posicionamento no artigo : "A LUCIDEZ E A PRUDÊNCIA".
Respondo.
A minha crença nos valores da Instituição Militar é um legado racional de suas tradições e dos homens que as projetaram no palco da História do Brasil. Esta a razão pela qual segui a trilha das quatro gerações que me antecederam na seara militar. Trilha que palmilhei, com orgulho, plena dedicação, senso de realidade e objetividade, que me permitiram saber colocar a Pátria, acima de tudo, mas não de todos, pois Ele tem lugar cativo na minha existência.
Alguns homens em funções de Comando e Chefia que tinham ou pareciam ter inculcado em suas almas de soldados a sedução irresistível da vocação pela carreira das armas, ao longo do tempo mudaram suas crenças, fraquejando diante dos que, diuturnamente, atacavam e atacam as Forças Armadas, apelando do alto de seus cargos para a convivência dos contrários, escorados na força dos regulamentos e na ciência que têm do valor que damos aos nossos juramentos como militares. Porém aceitar omisso a conivência com atos espúrios e ser subserviente com os ataques de um revanchismo pertinaz é ato de adesão a padrões de baixo nível, aos quais nunca estive e não estou atado.
Difícil crer em inabalável crença...Somos humanos e falíveis...Só a fé postula a permanência na crença, mas até ela, a suprema aliada dos que crêem N’Ele, pode sucumbir, caso não afastemos os profanadores do Templo, permitindo os males da permissividade que a tudo corrói.
A lucidez pode ser afetada por crenças de valor, como o idealismo, fator subjetivo que pode deslocar o soldado fora da realidade e da necessária objetividade para julgar uma dada situação, onde a prudência excessiva pode se tornar caudatária de freqüentes omissões, ou mesmo orientadora de decisões imprudentes, postergando ações inadiáveis. Um misto de idealista e realista, com a sábia dosagem dos componentes, eis talvez a solução...Difícil, sim. Idealista? Realista? Não sei...
Cada um, diante da situação que se apresenta, dotado de livre arbítrio, assume os riscos de suas decisões, que o conhecimento lhe dita, que a experiência lhe aconselha e que o seu caráter lhe determina.
Nunca tive a propensão a idealizar a realidade ou a me deixar guiar mais por ideais do que por considerações práticas nas ações militares, e em conjunturas psicossociais, políticas e econômicas.
Assim é e assim será...
Sou SOLDADO por amor e vocação.
Respondo.
Marchamos juntos nesta estrada. Porém, o ser soldado freia, mas não impede a insurgência: 1) quer contra ordens julgadas ilegais, cabendo ao infrator o direito de defesa, caso enquadrado em transgressão ou crime militar e, caso comprovada a ilegalidade da ordem, a Lei poderá proporcionar ao injustamente acusado acionar judicialmente o indevido repressor; 2) quer o colocar-se contra ações que julgue infringentes a Lei Maior, ou prejudiciais a Instituição Militar, cabendo-lhe assumir a responsabilidade de seus atos se julgados transgressores das leis e da disciplina.
Sou um democrata por formação. Abomino a doutrina castradora das liberdades e direitos individuais do ser humano.
Mais uma vez, respondo.
Como amante do regime democrático defendo os princípios da democracia representativa, logo pluripartidária, com a permissível e cíclica alternância no Poder das Forças Políticas que juraram a obediência à Lei Maior e, desta forma, a plena garantia da Lei e da Ordem. Não é o caso do PT que na Constituinte de 1.988, assinou por mero ato formal, mas não jurou a Carta Magna promulgada, aí residindo boa parte dos meus receios...
Jamais estive em conjunção com crassas falácias nas políticas deste governo socialista.
Apoio, ainda que o governo pareça, mas ainda não seja socialista e acresço.
Nunca estive nem com crassos aspectos falaciosos, nem com os sutis aspectos deste governo travestido de democrata, cujo socialismo embutido nem o PT pode até hoje definir, mas que o conhecimento e a experiência nos facultou identificar como adverso aos militares, antevendo um cenário de possíveis ameaças contra o Estado Democrático de Direito.
Evidentemente, a minha visão de militar não comunga com posicionamentos que conduzam à quebra dos valores maiores da instituição Forças Armadas: Hierarquia e Disciplina.
Apoio em termos
Se considerarmos ao pé da letra seu pensamento, evidentemente, a sua visão de militar não podia comungar com os posicionamentos dos se opunham ao Ministro do Exército e aos Comandos Militares legalmente constituídos e defensores do Governo do Exmo. Sr. João Goulart, institucionalizado de acordo com a letra da Carta Magna de 1.946.
Caso o senhor tenha participado do Movimento Cívico Militar de 1.964, conspirando, o senhor comungou na fase conspiratória com posicionamento que contribuiu, temporariamente, para a quebra dos valores maiores da instituição Forças Armadas, ainda que o Movimento eclodisse, tendo como uma de suas razões principais a preservação destes mesmos valores.
Caso tenha aderido após a eclosão, ou permanecido silente, mantendo uma posição disciplinada dentro da estrutura militar vitoriosa, o senhor compactuou a posteriori com os que comungaram com comportamentos contrários a sua posição idealista.
Lênin recomendava e Gramshi (Gramsci) impunha em seus cadernos operacionais: gerar a cizânia para mais facilmente desintegrar a única força capaz de impedir o avanço da implantação do comunismo.
Adiciono.
Tanto Lênin quanto Gramsci são contra as Forças Armadas de uma democracia por vê-las como instrumentos de defesa do Estado Burguês. Nem idealistas e muito menos racionalistas podem compactuar com a geração da cizânia para desintegrá-las. Por isto mesmo a reação contra os que, na esfera do Governo, se omitem e contribuem para o seu desgaste material, bem como permitem diuturnas ofensas que ferem o pundonor militar.
Discordar das opiniões e dos posicionamentos de nossos comandantes, dentro dos princípios da respeitabilidade, e, internamente, para a busca de soluções para as nossas aspirações, não entendo como indisciplina ou quebra da hierarquia.
Mas, lançar escritos com ofensas tisnadoras da honra e da probidade de nossos superiores são manifestações que, ingenuamente, prestam um desserviço às nossas instituições.
Depende, est modus in rebus.
Há muito tempo seguimos os princípios da respeitabilidade e da lealdade, aturando uma pretensa convivência dos contrários, argüida por sucessivos Comandantes da Força, vendo:
- o lado adverso atuar de forma direta e indireta contra os militares que se dedicaram a manutenção da garantia da lei e da ordem no passado;
- a concessão de medalhas do Pacificador e da Ordem do Mérito Militar para antigos terroristas sem a pública e explícita justificativa do ato, que macula a memória dos que foram mortos ou feridos nas ações contra organizações de luta armada onde atuaram certos recipiendários das comendas, em lutas que não provocamos;
- a retração vergonhosa no caso da Nota do CComSEx, expedida contra a farsa montada pelo Correio Brasiliense e, após, explorada na seara governista e pela mídia no caso das fotografias do Herzog;
- o aceitar constantes contingenciamentos de verbas destinadas ao EB; e
- a quase inação diante do problema do reajuste dos militares.
Aos companheiros que se posicionaram em relação ao meu artigo, concordando ou discordando com inteligentes e talentosas manifestações, presto a minha continência!
Saio convicto de que encontraremos os caminhos dentro da congruência de nossos atributos de soldado e dos princípios da Instituição.
Discordei de seu artigo e não respondi buscando juízos. Não coloco em dúvida atributos de soldado e nem alinhavo os vários princípios que regem as Instituições Militares, aos quais estou atado por quatro gerações e sempre defenderei...
Finalizo com este escrito encontrado em documentos de estadistas ingleses: "metade da lógica dos maus governos encerra-se neste dilema sofístico: se o povo caiu em turbulência, não está nas condições de ser livre; se se mostra quieto, não deseja a liberdade".
Deve ter sido um trabalhão selecionar os trechos de documentos de estadistas ingleses para compor este pensamento, cujo significado ficou nebuloso para minha pessoa. O povo brasileiro: se cair em turbulência o bicho pega, se ficar quieto o bicho come? É isto? Se o povo não fica quieto, reage, entra em agitação ( turbulência) não pode ser livre? É isto? Se ficar ordeiro não deseja a liberdade? Como é que fica?
O poeta escreveu: “Não pode ser escravo, quem nasceu no solo bravo da brasileira região”. Não será!
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3ª Resposta
Os Bestiolas
No nosso convívio com as pessoas encontramos personalidades diversas que estabelecem conosco as mais variadas formas de relacionamento. O tempo este fator de juízo impar é, sem dúvida, o elemento principal para aquilatarmos traços do caráter de qualquer de nossos interlocutores, tais como: educação; idoneidade; franqueza; lealdade; cultura; a justa prudência; e a humildade sem subserviência, para citarmos alguns. Mas qualquer que seja o tempo, o juízo dever-se-á firmar na nossa capacidade de aquilatar as limitações no julgar, que nos são inerentes por sermos humanos, portanto falíveis.
Para o homem de bem a árdua busca do julgar pleno de isenção é um caminho natural. Difícil é o juízo isento de qualquer dúvida, em particular nos casos em que as emoções afloram e os assuntos se entremeiem com matérias de cunho emocional das áreas política, psicossocial e econômica alicerçadas em bases ideológicas variadas.
Não fogem deste cenário os julgamentos pessoais de oponentes e mesmo de amigos quando, nas discussões, as divergências assomam quando aqueles mesmos ingredientes interagem e as vaidades despontam, rumando a troca das idéias para um fútil bate-boca e demonstrações de ego, real ou aparente, do saber ou aparentar saber mais. O diálogo passa num zás à discussão agressiva... E o respeito mútuo entre adversos ou nas amizades pode se perder num blablablá inconseqüente.
Na atualidade assistimos na Internet, por vaidades, por interesses de prismas variados, até mesmo políticos, talvez devido à proximidade de eleições, companheiros sem conhecimento ou não, porém ávidos de aparecer como “donos da verdade”, defensores pontuais da História ou do nome da Instituição Militar, atacando posicionamento de companheiros de forma desabrida e sem compostura
Este proceder dá certa razão aos que se julgam atingidos por “fogo amigo”, o que poderia ser evitado, sem dúvida alguma, caso a manifestação de desagrado fosse mais educada, pessoal e discreta ainda que firme e serena.
Por qual razão o camarada e guerrilheiro “Geraldo” ficaria constrangido com a presença do Lício, sentado lá no fundo do cenário, como silente observador. Nenhum dos elementos que ele delatou estava lá. Aí sim haveria constrangimento... Quem levantou a presença e criou o estranho tumulto? Tão comentado e tão pouco conhecido em seus preâmbulos? A presença do Coronel Lício feria dispositivo normativo? Não, pelo que se sabe, exceto aspectos de caráter subjetivo em relação à testemunha e aos militares seus pretensos algozes...
Podemos julgar inoportuna a presença, mas jamais julgar que houve ilicitude no ato coibido de forma grosseira e sem educação pelos senhores parlamentares intervenientes.
Os ciosos militares defensores da Instituição e da Pátria, em tempo de paz e normalidade constitucional, ao agitar as bandeiras da honra e da ética militar, pelo tom usado e pela educação demonstrada, deram aos conhecidos Lando, Mercadante, Ideli (PT e CEBs da vida) as homenagens e honras militares indevidas... Os ciosos causaram tanto ou mais mal à Instituição do que aqueles que foram alvos de suas críticas acerbas, os quais em épocas pregressas foram militares, sendo um deles ferido em combate na garantia da lei e da ordem.
Alguns dos ciosos, freqüentadores da Internet onde dão vaza aos seus complexos e falso conhecimento militar dos “anos de chumbo” meus pêsames. São bestiolas e só!
Há os que NUNCA foram vistos em atividade de inteligência no tempo de figuras de projeção que citam, e que afirmam ter exercido atividade no CIEx. Um dos gajos imaginem, não conhecia, nem conhece o Azamba, uma das figuras mais conhecidas de todos os tempos por trabalhos conjuntos em áreas urbanas e rurais, com o Centro e nas áreas de todas as agências dos Comandos Militares de Área. Não me conhecia também. E de permeio as suas estultícias me acusa de forma sub-reptícia de torturador. Como o consideram tanso e meio lelé eu sou obrigado a achá-lo um pobre coitado que reside em Recife.
Senhor! Daí-me paciência ele não sabe o que faz.
Será que está relacionado na CI do Centro? Tenho minhas dúvidas...
Bloqueei o acesso de bestiolas no meu PC.
SEM MAIS, VEJAM SE ME ESQUECEM E PROCUREM CONHECER BEM ANTES DE ESCREVER OPINANDO SOBRE PESSOAS QUE NÃO CONHECEM.
(*) Coronel da reserva do Exército, é articulista de Ternuma e Mídia Sem Máscara.