Coitado do disponível ex-procurador-geral da República, Aristides Junqueira, e do bravo deputado Luis Eduardo Greenhalgh. O doutor Junqueira mais uma vez mete a mão em cumbucas conflitadas, como nos Precatórios de Santa Catarina. E o Grennhalgh, mal saiu da paulada de nascer bicho na eleição para a presidência da Câmara, recebe outra. Os dois tanto defenderam o PT e José Dirceu, como advogados, no assassinato partidário do prefeito Celso Daniel, de Santo André, que agora o crime caiu na cabeça deles. Então homem mais poderoso do País, José Dirceu providenciou para o crime ser considerado comum assalto e o chefe da Casa Jurídica do governo, ministro Nelson Jobim, tirá-lo do processo, por ter sido acusado pelo irmão do prefeito de ser, como presidente do PT, o destinatário do dinheiro corrupto. O legista Carlos Delmonte Printes, que fez o laudo logo depois do crime, declara que o prefeito foi "barbaramente torturado antes de ser assassinado". Ora, o doutor Junqueira e o deputado Greenhalgh (que segundo testemunhas, estava "em estado emocionalmente alterado" dentro do IML, "tentando interferir no exame"), com tantas lutas em defesa dos Direitos Humanos, por que não tomaram conhecimento das torturas no Celso Daniel?