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Artigos-->As provas contra a Venezuela -- 13/09/2005 - 11:40 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As provas contra a Venezuela



por Andres Oppenheimer em 10 de setembro de 2005



Resumo: As agências de inteligência americanas alegam que devido ao fiasco dos informes sobre armas de destruição em massa no Iraque, seria contra-producente que Washington tornasse públicas todas as suas provas contra Chávez.



© 2005 MidiaSemMascara.org





Após vários meses de vagas sugestões de funcionários norte-americanos de que a Venezuela estaria dando ajuda econômica e militar a grupos violentos na América Latina, o governo do presidente George W. Bush está começando a soltar alguns detalhes. A grande pergunta é: por que Washington – se tem tanta informação como diz – não dá a conhecer um informe completo?



Em uma entrevista televisiva pré-gravada que será exibida proximamente, o sub-secretário de Estado a cargo de assuntos latino-americanos, Roger Noriega, me disse que “há armas com a estampa das Forças Armadas da Venezuela que estão nas mãos de grupos irregulares que operam na América Latina”.



Na Colômbia?, lhe perguntei. “Sim, definitivamente”, respondeu Noriega, um conservador linha dura que estará deixando seu posto para integrar-se ao setor privado no fim do mês. Acrescentou: “E talvez outros (países)”.



Segundo funcionários norte-americanos, encontrou-se rifles FAL com o selo das Forças Armadas da Venezuela nas mãos de guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) tão recentemente, como a semana passada. Asseguram que há fotografias destes rifles, que têm aparecido periodicamente nos últimos dois anos, e que a imprensa colombiana já reportou alguns desses casos. Os números de série dos rifles estão raspados para dificultar se rastreamento, asseguram os funcionários. Não existe consenso entre os funcionários norte-americanos sobre se o contrabando de armas às FARC é produto da crescente corrupção dentro das Forças Armadas Venezuelanas ou uma política de Estado do presidente Hugo Chávez.



A declaração de Noriega sobre os envios de armas venezuelanas às FARC, é a acusação pública mais detalhada que escutei da boca de altos funcionários dos Estados Unidos, sobre o presumível apoio militar de Chávez a grupos violentos.



No mês passado, Nicholas Burns, o terceiro funcionário de mais alto grau do Departamento de Estado, disse a The Associated Press que a Venezuela tem ajudado os guerrilheiros das FARC com “armas”, porém não especificou de quais armas se tratava, nem que evidências existiam de que vieram da Venezuela.



Anteriormente, o secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, expressou sua preocupação pela possibilidade de que a compra de Chávez de mais de 100.000 fuzis AK-47 da Rússia, resulte no desvio de algumas destas – ou as que forem substituídas – para grupos violentos em outros países. Todavia, Rumsfeld esclareceu que a sua [declaração] era só uma especulação.



Do mesmo modo, funcionários norte-americanos afirmam que estão preocupados com o plano anunciado por Chávez de construir uma fábrica de munições para produzir balas de 7.62 mm utilizadas pelos rifles russos que a Venezuela está adquirindo. A maioria dos bandos rebeldes latino-americanos têm rifles do ex-bloco soviético, porém muitas vezes carecem de munições, afirmam.



Roger Pardo-Maurer, um alto funcionário do Departamento de Defesa, me assinalou em uma entrevista separada que “uma vez que comecem a fabricar estas munições na Venezuela, poderia ser impossível deter o fluxo de munições para bandos ilegais armados na região”.



Segundo os funcionários norte-americanos, também existem amplas evidências de que a Venezuela está dando dinheiro ao candidato presidencial da esquerda radical na Bolívia, Evo Morales, e a grupos de ultra-esquerda no Equador. Também há “montanhas” de provas de que a Venezuela está dando refúgio a guerrilheiros das FARC e ao Exército de Libertação Nacional da Colômbia, tal como se comprovou quando caçadores de recompensas capturaram na Venezuela o “chanceler” das FARC, Rodrigo Granda.



Chávez nega dar dinheiro e armas a bandos violentos e o candidato boliviano Morales nega estar recebendo este tipo de ajuda. E vários chanceleres latino-americanos me disseram nos últimos meses que não levam muito a sério as acusações dos Estados Unidos contra Chávez, porque o governo de Bush nunca lhes mostrou provas para sustentá-las.



Então, o que Bush está esperando? Segundo dizem alguns funcionários em privado, a CIA e a Agência de Inteligência do Departamento de Defesa recusam-se a desclassificar a informação sobre a Venezuela, em que pese contínuos requerimentos dos setores políticos do governo.



As agências de inteligência estariam argumentando que, em meio ao ceticismo internacional sobre os informes de inteligência dos Estados Unidos, após o fiasco das armas de destruição em massa no Iraque, seria contra-producente que Washington desse a conhecer publicamente todas as suas provas contra Chávez.



Minha conclusão: o governo de Bush teria que decidir-se por uma coisa ou outra. Ou bem Chávez é um mentiroso compulsivo, cujo apoio a bandos violentos na América Latina deveria ser exposto ao mundo para que todos vejam, ou então teria que ordenar a todos os funcionários norte-americanos que não falem mais do assunto. Do contrário, as asseverações a conta-gotas soarão cada vezes mais vazias, e o governo Bush perderá ainda mais credibilidade na região.





Fonte: http://www.miami.com/mld/elnuevo/news/columnists/andres_oppenheimer



Tradução: Graça Salgueiro





"Quando todas as armas forem propriedade do governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades." Benjamin Franklin



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