Horizonte sombrio. Cenário político conturbado; as mesmas facções disputando o poder sem concretizar a verdadeira independência desta Pátria, onde os campos têm mais flores do que a terra mais garrida, os bosques têm mais vida, e nossa vida de irmãos brasileiros, identidade ímpar no mundo, no seu seio, mais amores. Ó Pátria amada, seja mantida salva de todos os males, principalmente das ambições externas e dos conluios entre os que de fora nos exploram e os de dentro, que nos traem.
Apesar do grito estrondoso do povo heróico, que rompeu o silêncio e a tranqüilidade das margens do riacho Ipiranga, placidez hoje inexistente de norte a sul e de leste a oeste do gigante e impávido colosso, que tem devassada a sua rica natureza mineral e vegetal, da floresta amazônica ao pampa, do pantanal à terra roxa, que tem mais vida, mas que não atende em toda a plenitude aos filhos deste solo a despeito de ser mãe gentil e que o Todo Poderoso lhe pôs aos pés em berço esplêndido ao som do rico mar, que amplia em 50% o espaço econômico exclusivo, e do céu profundo, risonho e límpido, sem furacão e sem vulcão mas que por vezes é maculado por gente que não pensa como a gente, voraz como piranha a devorar a sua entranha, praticando uma política que não representa o Brasil do sonho intenso, nem do raio vívido de amor e de esperança.
Repete-se o céu embruscado a exigir um novo brado revigorado, mais forte e mais retumbante do que o de 1822, pois dos que o ouviram naquele instante não chegou a ecoar nas plagas mais além, das mais próximas às mais afastadas.
Como no passado, a oligarquia perambulante repousa hoje sobre dois partidos, PSDB e PT, primos "brigados", o primeiro em oito anos, responsável maior pela desnacionalização e o segundo - sem pretender ordenar o dano - faltando pouco para se atingir os 12 anos de estrago, pois indubitável a continuidade advinda do governo FHC para o sucessor, Lula, dos encontros saudosos das alianças da esquerda com a mesma raiz em São Paulo. Ambos partidos, que não negam a origem, com ex-guerrilheiros e terroristas, se lançaram ao encontro do capital que repeliam, abandonando estrategicamente as suas posições socialistas, para reforçados impingi-las.
Identificam-se até no desfrute do turismo internacional, onde Lula supera FHC e mais, há que se recordar da sua primeira viagem após a posse, onde pretendeu mostrar aos ministros o interior do Brasil para que o conhecessem, mediante ampla publicidade.
O PMDB do ex-presidente Sarney, não se pode esquecer, pois esteve atrelado ao PSDB/FHC/Serra/Alckmin/Aécio Neves e faz parte da continuidade com o PT/Lula. Interessante observar os discursos das tribunas e da propaganda gratuita diversos das votações alinhadas com o então governo FHC, valendo lembrar a grande aversão do PT ao ex-presidente Sarney, hoje unha e carne, so ex-presidente Itamar Franco, embaixador de ambos os governos FHC/Lula.
O PFL apoiou plenamente o governo FHC e já lançou o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, como candidato à Presidência em 2006, após o insucesso que teve na campanha anterior do mesmo nível com a senadora Roseana Sarney e ações da Polícia Federal, fato explorado na revista Veja de março de 2002, "A candidata que encolheu".
O PTB do deputado Roberto Jefferson e o PP do deputado Severino Cavalcante estiveram com FHC, e, estão com PT/Lula/PC do B/PSB da continuidade, mais o PL.
No outro extremo, o PDT do falecido Leonel Brizola e o PPS, sucessor do PCB, do senador Roberto Freire, que se alinharam com Lula e já debandaram. Mais à esquerda ainda o P-SoL, da senadora Heloisa Helena, lançada como candidata pelo novo partido.
Como se pode concluir pelas declarações da deputada na matéria, "Luciana Genro explica posição do P-SOL" no Pravda On line, de 7/12/2004, "Nossa aliança é com os movimentos sociais, o MST, MTL, os sindicatos, as entidades democráticas, populares e estudantis, a consulta popular, os setores de esquerda da Igreja. Nos partidos vemos possibilidade de aliança com o PSTU, o PCB, com setores de esquerda do PT, do PC do B, e algumas lideranças do PDT e PSB que não aceitam a linha majoritária das direções de seus partidos que são enquadradas por Lula ou pela direita", e mais do que se lê nas páginas www.marxismorevolucionarioatual.org, "Praxis, corrente marxista revolucionária do P-SoL" e do Revolutas, a linha do partido está muito bem definida.
Eis que as candidaturas com as origens nas siglas mencionadas ou vão significar o prosseguimento nocivo do enfraquecimento do Poder Nacional, com o nítido crescimento da centralização política de controle do Estado, demonstrada pelo atual governo, ou fazendo retornar ao mais alto escalão administrativo do País uma das personalidades já experimentadas nesses últimos 20 anos, com os mestres ou pupilos, ou mais inusitado, experimentar uma explícita aventura marxista-revolucionária.
A solução está na aliança entre os pequenos partidos não comprometidos com nomes desgastados ou envolvidos em desvio e, principalmente com siglas vinculadas ao internacionalismo, de qualquer cor, matiz ou tendência.
Esses mesmos partidos, que os grandes chamam de aluguel, são apontados para a opinião pública como maléficos e que, portanto, devem ser alijados do processo eleitoral. E, para manterem as privilegiadas posições, reduziram o período de campanha. Assim, como são mais conhecidos, dispõem de mais tempo de TV/radio e de mais verba do Fundo Partidário, pretendem diminuir a concorrência e evitar o surgimento de novas lideranças. Ironia do destino, espertamente, escondem a botija onde estão as suas mãos.
Os brasileiros elegeram como atributo do dirigente máximo a honestidade e o Brasil exige probidade, austeridade, autoridade, credibilidade, patriotismo e solução interna para os seus problemas econômico-sociais, sem isolamento do mundo.
Assim, nós nacionalistas apresentamos o nome do almirante Roberto Gama e Silva como o candidato que vai atender aos anseios da Nação brasileira e o belo, forte e impávido colosso vai refletir, projetar a grandeza de um Brasil, já!
Nacionalismo que tem sido alvo das esquerdas, que o vêem como adepto do nacional-socialismo hitlerista, e da direita que o acusa de comunista dissimulado, verde por fora e vermelho por dentro.
(*) O coronel Ernesto Caruso é secretário-geral do Partido Nacionalista Democrático
"Quando todas as armas forem propriedade do governo, este decidirá de quem serão as outras propriedades" (Benjamin Franklin).