REPASSO, DEPOIS DE CONFIRMAR A VEROCIDADE DOS FATOS COM O PRÓPRIO CEL FORNARI. (Cel Ustra)
O dia 25 de agosto de 2005, em Brasília, revestiu-se da maior solenidade.
Na comemoração do do Dia do Soldado, na Capital Federal, com toda a pompa e rígido esquema de segurança, presentes o Vice-Presidente/Ministro da Defesa, os Comandantes das três Forças Armadas, Ministros de Estado, grande número de Oficiais Generais, agraciados e seus familiares, foi entregue a Medalha do Pacificador.
Um fato extra chamou a atenção. Depois do dispositivo pronto, um idoso senhor, apoiado em uma bengala, vestindo roupas escuras e gravata preta, portando em seu peito a Medalha do Pacificador, atravessou toda a frente do dispositivo até o local onde estava a autêntica espada do Duque de Caxias. Com lágrimas nos olhos, retirou a medalha do seu próprio peito, elevou ao alto, à frente, à esquerda e à direita.
Depois de beijá-la, colocou-a no seu antigo estojo e a depositou aos pés da coluna onde estava a espada de Caxias. Voltou, passou silenciosamente pela frente do dispositivo, indo sentar-se na arquibancada de cimento à frente do palanque.
Ao ser perguntado o porquê da sua atitude de devolver a Medalha do Pacificador, o senhor respondeu que essa medalha havia sido aviltada, humilhada, desonrada, deslustrada, desconsiderada, desprezada e vilipendiada, em flagrante desrespeito à figura do insígne patrono do Exército, o Duque de Caxias, por já ter sido distribuída à pessoas desqualificadas para tal honraria.
Disse mais, que, como ele havia recebida essa medalha, com muita honra, em cerimônia militar, resolveu devolvê-la, tambèm, numa cerimônia militar.
Esse senhor de 74 anos, com 43 anos de serviço, prestados ao Exército, é o Coronel de Infantaria Reformado/Inválido, Cícero Novo Fornari.
Os seus colegas, seus ex-alunos, seus ex-cadetes e ex-comandados o conhecem muito bem e podem abonar a sua conduta.
Nem tudo está perdido...
(Texto recebido via e-mail do coronel Ustra - sexta-feira, 26 de agosto de 2005 23:53:04)
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Obs.: Nos últimos anos, a Medalha do Pacificador foi constantemente vilipendiada, ao ser concedida, sem critério algum, a tipos desprezíveis como o antigo terrorista José Genoíno, membro do PC do B destacado para a Guerrilha do Araguaia. Há dois anos, eu também tinha em mente devolver essa medalha, porém fui demovido da idéia a pedido da minha família e de amigos. Entendo a revolta do coronel Fornari e louvo sua coragem. Porém, não podemos nos desfazer de homenagens que o Exército nos prestou por causa de meia dúzia de salafrários que também conseguiram ostentar no peito a outrora honrosa comenda. Não somos como eles, coronel Fornari! Nós sempre defendemos a liberdade. Eles sempre defenderam os ideais de bandidos como Fidel Castro (F.M.).
