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Artigos-->Desarmamento: 10 mentiras sobre o assunto -- 29/07/2005 - 10:08 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Desarmamento: dez mentiras sobre o assunto



por Peter Hof (*) em 28 de julho de 2005



© 2005 MidiaSemMascara.org





Primeira mentira: a campanha para recolher armas das mãos da população é um grande sucesso. Isto é o que vivem apregoando os jornalistas, as ONGs e alguns elementos do Governo. Trata-se de uma grande mentira. Senão vejamos: segundo os últimos dados, foram entregues 350 mil armas por assustados cidadãos de bem numa campanha iniciada em julho de 2004. O Ministro da Justiça trombeteou na imprensa que seriam recolhidas 500 mil armas. Depois o número reduziu-se para 400 mil, e agora patina em 350 mil. Segundo a revista Veja de 20/04/05, edição 1901, pág. 42, existem 8,7 milhões de armas ilegais no país. Somemos a isto os três milhões de armas legais registradas no SINARM. Assim, depois de um ano, foram recolhidas apenas 3% das armas existentes. Isso debaixo de intensa campanha por parte da imprensa, que tem alternado histórias de acidentes com armas de fogo, “por si só tristes e de partir o coração”, com ameaças de prisão sem direito à fiança. O leitor classificaria como um sucesso a Campanha Anti-Pólio do Governo se esta vacinasse apenas 3% das crianças brasileiras em idade de receber a vacina?



Segunda mentira: a campanha para recolher armas tem tido o entusiástico apoio de todas as faixas etárias e de todas as classes sociais. Segundo o jornal O Globo (19/10/04, pág. 16), 42% das pessoas que entregaram armas tinham mais de 60 anos, e 20% entre 50 e 59 anos. O que isto significa? Que quem está entregando suas armas são idosos, em especial viúvas, com medo das ameaças através da imprensa para quem cometer o pecado capital de ter uma arma em casa para sua defesa, somado à idéia de receber míseros 100 reais por uma arma que pode valer até 20 vezes mais. Para coroar, o mesmo O Globo de 15/06/05 publica que apenas 10% das armas recolhidas na campanha foram entregues por pessoas das classes A e B. Assim, este seria o perfil dos otários que caíram na conversa fiada do governo e da imprensa: idosos e pobres, que buscavam receber um dinheirinho que o governo agora reluta em lhes pagar. Pensando melhor, bem feito! Quem manda confiar nesse governo...



Terceira mentira: ter arma em casa não defende um cidadão da ação dos bandidos. No Brasil este número é difícil de se obter, pois ninguém é tolo o suficiente para declarar numa delegacia que expulsou a tiro alguém que tentava invadir sua casa. Neste país defender o seu lar e sua família pode dar cadeia. Mas a revista brasileira Magnum tem uma seção intitulada Resposta Armada onde, a cada edição, são mostrados casos documentados de cidadãos que escaparam de assaltos ou coisa pior por terem uma arma à mão. Nos Estados Unidos, a revista National Rifleman mantém uma coluna mensal de uma página inteira com inúmeras narrativas de cidadãos que puderam se defender contra assaltantes por terem uma arma à mão. O leitor pode ainda acessar o site http://old-yankee.com/rkba/armcit/. Lá encontrará uma farta e bem documentada relação de pessoas que evitaram problemas com o uso de suas armas de fogo.



Quarta mentira: é preciso desarmar os cidadãos de bem para acabarmos com as cem mortes por armas de fogo que ocorrem diariamente. O Governo e os antiarmas que batem tanto nesta tecla sempre “esquecem” de dizer que este é o total de mortes ocorridas - ou seja, aí estão incluídas mortes decorrentes da guerra do tráfico, assaltos, policiais mortos, execuções - o qual não vai sofrer alteração devido ao Estatuto do Desarmamento. A verdade, que todos os antiarmas desesperadamente tratam de ocultar, é que apenas 3,7% (três vírgula sete por cento) das cem mortes diárias são causadas por cidadãos sem passado criminal.



Quinta mentira: o cidadão de bem não precisa de arma, a função de protegê-lo é tarefa da polícia. Esta é uma combinação de mentira com piada de mau gosto. O tempo de resposta da polícia do Rio de Janeiro a um chamado 190 pode chegar até noventa minutos, isto quando a polícia atende. Além do mais, as polícias estão desaparelhadas, com veículos em mau estado e com pouca gasolina, e a situação tende a piorar com o corte de mais de 500 milhões de reais feitos pelo governo Lula no Orçamento de Segurança. Este dinheiro, que deveria ir para os governos estaduais, está servindo para aumentar o superávit primário. O jornal O Globo, com uma freqüência assustadora, publica cartas de leitores que pediram auxílio à polícia e estão até hoje esperando que esta os socorra.



Sexta mentira: países que se empenharam em um programa de desarmamento dos cidadãos obtiveram um retumbante sucesso. A Inglaterra é o melhor exemplo. Esta é a mais perversa e goebelliana de todas as mentiras. Os antiarmas pegaram uma história, deram-lhe uma guinada de 180 graus e apresentam como sucesso o que foi e vem sendo uma fragorosa derrota. Basta ler o livro GUNS AND VIOLENCE - The English experience - escrito por Joyce Lee Malcolm (340 páginas, editado pela Editora da Universidade de Harvard, 2002, US$ 11,53). O livro, extremamente bem documentado mostra que a Velha e querida Inglaterra da literatura é hoje um país mergulhado numa violência sem precedentes. Apenas um exemplo pinçado do livro: entre 1989 e 1996 os crimes por armas de fogo, na Inglaterra, aumentaram 500% (quinhentos por cento).



Sétima mentira: os resultados no Brasil já começam a ser notados. Há uma sensível redução nos homicídios. Conversa fiada. Em São Paulo os repórteres da Folha contestaram as estatísticas oficiais em matéria publicada em 17/01/05. Mesmo assim houve uma redução nos crimes. Os antiarmas apenas “esquecem” outra vez de dizer que a ocorrência de homicídios dolosos na cidade de São Paulo e na Grande São Paulo vem caindo substancialmente desde o Primeiro Trimestre de 2000, três anos antes da vigência do Estatuto do Desarmamento (vide relatório Estatística da Criminalidade; Coordenadoria de Análise e Planejamento - Secretaria de Segurança Pública - São Paulo, 2005). O mérito, portanto, é da Polícia de São Paulo e dos investimentos em segurança feitos pelo Estado de São Paulo, e não como resultado do asinino Estatuto. No Rio de Janeiro, com uma diferente estratégia de enfrentar o crime, os homicídios com armas de fogo no primeiro trimestre de 2005, comparados com 2004, aumentaram em 10%, batendo em março o recorde histórico do ano de 1995. Aqui também aparece a mesma velhacaria: apresenta-se um número fechado (total de homicídios) e como sempre se esquecem de abri-lo em crimes evitáveis e não evitáveis pelo Estatuto do Desarmamento.



Oitava mentira: o Estatuto do Desarmamento não proíbe a posse de armas de fogo, ela apenas a regulamenta. Qualquer pessoa que se deu ao trabalho de ler a Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, mais conhecida como Estatuto do Desarmamento, sabe perfeitamente que as dificuldades criadas são tantas que o cidadão de bem não consegue cumpri-las, seja pelo aspecto burocrático seja pelo custo. Segundo um despachante que consultei, o custo para o registro de uma arma de fogo é de R$ 1.100 (300 para o governo, 250 de honorários do despachante, 250 de certidões negativas, 200 do psicotécnico, 100 para aluguel do stand para a prova prática em um clube de tiro). E como faz alguém que more em uma localidade onde não exista delegacia da Polícia Federal ou clube de tiro? O que acontecerá com uma pessoa que se aposentou e passa a receber esta miséria que o governo paga (exceto para aqueles aposentados classificados como “perseguidos políticos”)? Como se não bastasse, essa despesa e esse imenso aborrecimento devem se repetir a cada três anos! E se a pessoa por alguma razão não passar em qualquer exame durante a renovação, a arma será confiscada pela polícia. Pergunte a um advogado onde se encontra capitulada, na Constituição Brasileira, a figura do confisco para casos como esse.



Nona mentira: o ‘lobby da armaria’ está cheio de dinheiro e vai jogar pesado. Interessante que o ‘lobby da armaria’, como jornal O Globo, num maroto esforço para desmoralizar aqueles que defendem o direito a autodefesa nos chama, não recebe um tostão de organismos internacionais enquanto o Viva-Rio refestela-se em generosas contribuições anuais do Governo Inglês (2,5 milhões de reais/ano). Uma prova disto está nos anúncios de página inteira que os antiarmas publicaram em O Globo de 24/6/05 e 6/7/05. Segundo me informou a funcionária da área comercial de O Globo, um anúncio deste tipo, que o jornal classifica como De Opinião, custa ‘apenas’ R$ 390.312,00 (Trezentos e noventa mil trezentos e doze reais). Assim, os dois anúncios somados totalizaram R$ 780.624,00 (Setecentos e oitenta mil seiscentos e vinte e quatro reais). Sobre esse valor é preciso ainda acrescentar o custo de produção que também não é barato. Isto só para pressionar (neste caso O Globo não considera lobby) os deputados para que votassem o referendo para este ano. Imaginem a quantidade de dinheiro que esse pessoal tem para despejar durante a campanha! E aqui vale abrir um parêntesis: em uma mesa redonda na TV Câmara (30/6/05), da qual participaram os deputados Josias Quintal, Alberto Fraga, o delegado federal Wilson Damásio, o professor Bene Barbosa (Viva Brasil) e o senhor Antonio Rangel (Viva Rio), o professor Bene, cuja ONG defende o direito do cidadão se defender com uma arma de fogo, contou que o Viva Brasil, dentro de suas modestas disponibilidades financeiras, havia doado 10 coletes a prova de bala para a polícia. Cada colete custa R$ 2.500,00. Os antiarmas gastaram 780 mil reais com dois anúncios, apenas para apoiar a definição de uma data para o referendo. Este valor equivale ao custo de 312 coletes. Pergunto ao leitor: o que traz mais benefício para a segurança dos policiais, e por extensão dos cidadãos: 312 coletes ou dois anúncios de jornal? Talvez os antiarmas não tenham grande apreciação pela vida dos policiais...



Décima mentira: o Estatuto do Desarmamento representa um passo avante para a sociedade brasileira e por isto deve ter o apoio de todos os brasileiros, sem exceção. Se isto é verdade por que Deputados e Senadores se auto-excluíram das restrições à posse e porte de armas de fogo? Por que decidiram continuar gozando de um privilégio que cassaram de toda a população brasileira? Se desarmar o cidadão é tão importante assim, não deveriam Suas Excelências dar o bom exemplo sendo os primeiros a abrir mão desse odioso privilégio?





(*) O autor é administrador de empresas e escritor.



***



Comentário:



Félix Maier



Lendo o texto do Sr. Hof (que em alemão significa "alto" - um nome "à altura" do escritor, como se vê), está comprovado que as armas entregues foram, em sua maioria, pura velharia, que deveria ter tido melhor destino do que o mostrado na imprensa, quando alucinados "ociólogos" do Viva Rio martelaram sucatas com extremo furor em frente às câmaras de TV. Deveriam ter ido para um museu. O maior crime, nesta opereta bufa, como se vê, foi não terem as armas velhas, muitas de valor histórico, sido recolhidas para a criação de um Museu das Armas.



A população ordeira não é burra. Ela até entregaria sua arma, desde que traficantes e bandidos em geral fossem desarmados primeiro. A população ordeira mostrou que é sábia, ao não entregar as armas de verdade, aquelas que funcionam pra valer, apenas a sucata que oprimia a consciência de algumas velhinhas e de alguns pobres extremamente necessitados em obter um dinheirinho extra.



Se até o MST entrou na campanha do desarmamento, o mesmo messetê que prometeu, através de Stédile, liquidar com todos os fazendeiros do Brasil ("somos mil contra um" - disse o facínora), se o mesmo messetê promove bandidagem de toda ordem no campo, com seqüestros, toturas, roubos de cargas, incêndio de plantações, queima de casas, caminhões e tratores, e nada acontece, está mais do que provado que todos os fazendeiros deveriam ter direito de possuir armas em casa para defender suas propriedades. Ter uma arma, neste caso, de preferência um fuzil, é um direito humano fundamental, por mais que a mídia chame os seguranças de fazendeiros de "cangaceiros". Cangaceiros são todos os integrantes do messetê e o governo que os apóia.



Aliás, a arma não mata. Ela não faz nada por si própria. Não foi com uma arma que Caim matou Abel. O que mata é o ódio, a vingança, a cupidez que estão dentro da alma humana. Para matar, não há necessidade de se ter uma arma. Mata-se com uma pedra, com uma corda no pescoço da vítima, com um porrete, com uma faca e até com as próprias mãos. Será que o Viva Rio irá pedir o fechamento da Tramontina, exigindo que a empresa só fabrique facas de plástico?



Quem mais mata no Brasil são os bandidos e os policiais. Pois que o governo desarme os bandidos e faça uma limpa na polícia antes de vir com esse papo de desarmamento da população honesta e trabalhadora. Depois que tivermos segurança nos moldes da Suíça, depois que a bandidagem do messetê for extirpado do País, depois que for mudado esse governo comunofascista em ascensão no Brasil por um governo realmente democrático, aí sim poderemos entregar todo nosso armamento sem temer represálias de espécie alguma.



Parabéns, leitor, por não ter entregue sua arma. Guarde-a em casa para dar o primeiro tiro na cara do ladrão quando este tentar invadir sua residência. E dê um segundo tiro para o alto. Na delegacia você dirá que deu primeiro um tiro para cima, para expulsar o invasor.











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